Liberdade.

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São Paulo, abril de 2020

Bia's POV

   Passamos a madruga inteira acordadas, primeiro fizemos um amorzinho bem gostoso, e realmente esquecemos do mundo por algumas horas, depois a nossa curiosidade tomou conta e tivemos que pegar nossos celulares e ver o que as pessoas estavam falando da gente. As páginas de fofoca do Insta não falavam de outra coisa e a filha da mãe da fofoqueira que me chantageou jogou a matéria na net logo depois que eu publiquei meu vídeo, ela ainda teve a cara de pau de falar que apenas pediu uma entrevista exclusiva e eu que fui grossa com ela, sendo que nem respondi essa louca, a minha vontade era responder agora e xinga-lá de tudo que é nome, mas não iria dar palco para essa maluca.

- Amor, estão me chamando de passiva no twitter, olha essa calúnia. - Mari falou indignada me mostrando alguns posts.

"Mari é a passiva da relação, estou passada. Bia é cadelinha só em público, no privado ela vira pitbull"
"Mari provoca, provoca e no fim quem come é a Bia. Que orgulho da minha fav"
"Eu sabia que a cadelinha virava pitbull entre quatro paredes"
"Olha a pegada da Bia, deixou até a Mari tonta. Bia pega eu"
"Mari ficou molinha com a pegada da Bia, imagina essa passiva na cama"

   Os comentários das kengas sobre o vídeo do elevador eram os melhores e olha que eu ainda nem tive coragem de entrar lá, as vezes eu tenho medo daquelas loucas, mas sabendo que estou sendo aclamada, depois vou dar um oi e agradecer a aclamação.

- Pelo menos minha reputação será reparada. - Falei me sentindo orgulhosa.

- Reparada o que Bianca? Você é muita mais passiva do que eu, fica quieta. - Falou irritada.

- Não fica chateada, eu te amo assim mesmo. - A provoquei.

- Vai se foder, eu podia gravar e mandar pra elas a ativona que você é gemendo igual uma cadela no cio enquanto é fodida. - Mari irritada é muito engraçado.

- Amor, não é errado ser passiva, acho melhor você aceitar essa sua condição e seguir em frente. - Mari estava bufando e eu estava adorando tudo isso.

- Provoca, Bianca, depois você não aguenta. - Falou bem séria.

  A Mari ama me provocar, principalmente quando estamos em público, ela me faz passar sufoco, mas quando eu provoco ela apela rapidinho, e se tem uma coisa que eu amo ver nesse mundo é a Mari brava, o sotaque dela fica mais forte e ela fala firme, minhas pernas ficam bambas e se abrem rapidinho pra ela.

- Eu já aguentei meu bem, a única vez que você me deu uma canseira na cama foi na nossa primeira noite juntas, quis me impressionar, depois nunca mais. - Eu estava mentindo, ela sempre me da canseira, mas eu quero ver ela brava.

- Como é que é? - Perguntou indignada.

- Isso mesmo que você ouviu. - Debochei.

- Tudo bem. - Falou calmamente.

- Como assim tudo bem? - Perguntei confusa, eu já estava esperando ela avançar em mim e a gente transar o resto da madrugada.

- Eu sei que você está tentando me provocar e ainda está mentindo, porque ontem mesmo você pediu arrego. - Debochou da minha cara.

- Não é verdade. - Nem eu acredito nas minhas mentiras.

- Ok. - Continuou a mexer no celular calmamente.

- Você está concordando que eu não pedi arrego ontem? - Agora eu fiquei confusa.

- Sim. - Essas respostas monossilábicas dela me irritam.

O reality terminou, mas a nossa história apenas começouOnde histórias criam vida. Descubra agora