Meus sogros são fodas!

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Salvador, maio de 2020.

Mari's POV

     Finalmente conseguimos um tempo para visitar a minha família. Depois que passamos três dias na casa da mãe da Bia, eu sugeri que viéssemos passar o resto da semana em Salvador e ela concordou na hora, porém agora a caminho da casa dos meus pais Bia está muito ansiosa.

- Amor, não precisa ficar assim. - Falei apoiando minha mão em sua perna que não parava de balançar. - Eles não mordem. - Brinquei.

- Eu sei, mas estou com medo deles não gostarem de mim. - Respondeu apreensiva.

- Eles já te amam Bia. - A tranquilizei.

- Amar de longe é fácil, pessoalmente é que tudo muda. - Nunca vi a Bia tão insegura assim.

- Para de bobeira. - Pedi entrelaçando as nossas mãos.

   Chegamos ao prédio dos meus pais, falei pra  Bia que ficaríamos com eles, mesmo o apartamento sendo pequeno, eu queria ficar lá e ela concordou. Descemos na portaria, eu  peguei nossas malas e a Bia nossas bolsas e as sacolas com presentes, ela insistiu em trazer algo para os meus pais, uma caixa de bombons caríssima, sem açúcar, sem glúten e sem lactose para a minha mãe e uma garrafa de vinho para o meu pai. O porteiro liberou a nossa entrada e subimos, assim que chegamos no andar dos meus pais Bia estava com uma cara de medo absurda.

- Estou nervosa. - Confessou respirando fundo. Parei a sua frente e a fiz olhar pra mim, sorrimos, a gente se entende com o olhar, a beijei, queria que ela sentisse que nada mudaria entre nós, mesmo que meus pais não gostassem dela, o que com certeza não seria o caso, o amor que eu sinto por ela nunca mudaria.

  Toquei a campainha e logo a porta se abriu a nossa frente, minha mãe nos recebeu com um sorriso enorme.

- Oi véia. - Falei brincando com a minha mãe e ela já foi logo me abraçando, que saudade que eu estava da minha baixinha.

- Chegaram. - Meu pai falou se aproximando da porta. - Oi Bianca. - Deu um abraço carinhoso na Bia. - Finalmente nos conhecemos, como você está? - Perguntou.

- Ela é pequenininha. - Minha mãe pontuou ainda abraçada a mim.

- Eu vou bem e o senhor? - Bia respondeu timidamente.

- O Senhor está no céu, pode me chamar de Alfredo ou Fredola, só não pode me chamar de senhor. - Falou todo brincalhão. - E que linda você hein, muito mais do que o último namorado da Mari. - Meu pai é muito bobo, pelo menos ele fez a Bia sorrir.

- E eu não ganho abraço. - Reclamei.

- Claro que ganha meu amor. - Falou me abraçando.

- Vem aqui bonequinha. - Minha mãe abraçou a Bia. - Que linda. - A elogiou.

- Obrigada. - Bia agradeceu sem jeito.

- Meu Deus como você é pequenininha. - Minha mãe deve ter pensando que a Bia seria da minha altura.

- Falou a gigante. - Meu pai brincou com minha mãe. - Ela é maior do que você. - Ele alfinetou.

- Vão começar a brigar aqui na porta mesmo? - Chamei a atenção deles. - Deixa a gente entrar pelo menos. - Falei pegando as malas que estavam encostadas na parede.

- Entrem. - Minha mãe falou. - Bia, o apartamento é bem pequeno, mas é igual coração de mãe, sempre cabe mais um. - Minha mãe falou assim que entramos.

O reality terminou, mas a nossa história apenas começouOnde histórias criam vida. Descubra agora