Refletindo

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Âmbar Smith


Dirijo frustrada pelas ruas de Buenos Aires. Tudo o que eu queria era ficar sozinha um pouco para absorver as novidades de Simon.

Sei o quanto essas turnês significam para ele e para os meninos mais eu ainda me sinto insegura. Simon é bonito, carismático, canta e toca bem e deve ter dezenas de mulheres aos seus pés enquanto eu sou apenas uma mulher grávida.

É claro que eu sei que Simon me ama incondicionalmente e que nunca me trairia ou me trocaria mais eu não posso evitar me sentir assim. Eu cresci e as minhas inseguranças quanto ao meu corpo também.

E também é claro que eu sei que esse é o sonho dele, essa é a carreira dele e que eu não poderia ser uma megera e impedi-lo de ir e, se fosse possível, até ir em alguns shows com ele e Tom. Além de existir aquelas mínimas chances dele largar tudo depois de descobrir que eu estou grávida apenas para acompanhar minha gestação. Fora o fato de que eu faço questão de que nos casemos antes dele ir embora por quatro meses.

Quando paro no semáforo vermelho é que percebo que Simon tem que fazer isso é eu tenho que apoiá-lo e que também preciso deixar de cerimônias e contar para ele sobre o novo bebê que estamos esperando.

Decido ir até uma confeitaria e encomendar um bolo escrito "Parabéns Papai!" para comemos de sobremesa hoje à noite e comemoramos as duas novidades. Eles me informam que levaria cerca de três horas para ficar pronto e eu decido dar uma volta na praça na frente.

Quando finalmente me entregam, eu o coloco com cuidado no banco do passageiro e entro no do motorista e vou para casa. Pelo horário, sei que Tom já chegou da escola e Simon já comprou comida para o jantar e que está me esperando preocupado.

Durante o trajeto, um carro me fecha do nada e bate no meu carro. Eu desço furiosa porque, com o impacto, o bolo acabou caindo e estragando.

Eu só não esperava o que aconteceu a seguir.

- Você comprou sua carteira de motorista? - Pergunto para o cara que caminha tranquilamente com um sorriso no rosto. - Por que me fechou?

- Para te sequestrar. - Ele diz e eu sinto alguém me segurar por trás.

- O que? - Falo me debatendo. - Me solta.

- Alguém vai ficar muito feliz, Chefe. - O cara que me segura diz e eu me debato com mais força. - Essa é teimosinha e são dessas que eu gosto.

- Fica tranquilo Pivete que logo ela vai ficar caladinha. - O Chefe diz se aproximando de mim com um pano branco e um vidro de clorofôrmio.

- E eu vou poder comer ela? - Pivete pergunta e eu sinto meu coração completamente acelerado.

- Se a nossa Imperatriz deixar, você terá uma escrava sexual. - Chefe diz.

- Não, por favor! - Imploro. - Me deixa ir. Eu não tenho nada que possa ser útil para vocês.

- Mais sua família pagará rios de dinheiro por você. - Chefe sorri. - Agora fica tranquila e dorme neném.

Ela coloca o pano branco sobre o meu rosto e eu tento lutar.

Só que acabo desmaiando.

Where Do Broken Hearts Go - Prove You Wrong 2Onde histórias criam vida. Descubra agora