Se isso não é a melhor coisa que temos, eu não sei o que é.

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Thomas Michael Alvarez

Treze anos depois...

Respiro fundo sorrindo escutando os sussurros dos meus pais enquanto eles entram no meu quarto. É meu aniversario de dezoito anos e eu sei que eles querem ser os primeiros a me dar parabéns.

- Ele cresceu tão rápido. – Minha mãe diz baixo e eu sei que seus olhos azuis devem estar cheios de lágrimas.

- Cresceu mesmo. – Meu pai diz e eu sei que ele está abraçando minha mãe. – Ele foi o primeiro fruto do nosso amor.

Continuo fingindo dormir enquanto meus pais se sentam na minha cama delicadamente, o que me faz lembrar de todas as noites em que eles fizeram isso.

- Bom dia. – Falo me levantando e assustando minha mãe que me olha brava enquanto meu pai ri.

- Bom dia Filhote. – Meu pai diz. – Feliz aniversário.

- Obrigada Pai! – Falo e abraço meu pai.

Ainda consigo me lembrar claramente da primeira vez que eu vi meu pai. Eu o expulsei do pequeno apartamento em que vivia com a mamãe em Madrid e ele ainda me perdoou. Desde então, ele tinha virado um dos meus heróis e tinha se empenhado em ser o melhor pai do mundo.

Olho para a minha mãe que está com seus olhos azuis cheios de lágrimas e a abraço fortemente. Ela funga e soluça no meu peito e eu acho que meu coração vai explodir de tanto amor que eu sinto por ela. Minha mãe tinha lutado tanto e me amado tanto que eu não saberia dizer o que seria de mim sem ela. Ainda conseguia me lembrar de quando ela foi seqüestrada pela louca da Silvana ou em como sentimos um grande alivio quando recebemos a noticia que ela morreu em um acidente em um iate no mar do Caribe.

- Você cresceu tão rápido. – Ela diz. – Agora está grande demais para o meu colo. – Ela funga mais uma vez.

- Eu nunca estarei grande demais para o seu colo mamãe. – Beijo seus cabelos loiros e ela limpa os olhos na minha camiseta.

- Eu te amo tanto Tom. – Ela diz olhando nos meus olhos. – Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida.

- Você é a melhor coisa das nossas vidas. – Falo sorrindo. – Da vida do papai, do Danny, da Lisa. – Faço uma pausa e ela sorri. – Da minha.

- Exatamente meu Amor. – Meu pai se junta ao nosso abraço. – Você sabe que estaríamos perdidos sem você.

E estaríamos mesmo. Quando mamãe publicou seu primeiro Best seller e precisou fazer uma viagem de divulgação durante uma semana, papai ficou encarregado de cuidar de mim, Danny e uma Lisa de apenas seis meses e ele jurava aos quatro ventos que isso não era nenhum desafio para ele o que fazia mamãe rir de desdém. Quando ela voltou, papai a fez jurar que na próxima viagem ela levaria todos com ela. Mamãe deu de ombros e sorriu dizendo que era obvio que levaria sua família com ela.

- FELIZ ANIVERSÁRIO TBAG! – Danny, meu irmão do meio de treze anos, grita entrando no quarto com Elisabeth Marie Alvarez, Lisa, de cinco anos correndo na frente e se jogando em minha direção para que eu pudesse a pegar.

Quando mamãe descobriu que estava grávida pela terceira vez, nem ela e nem papai esperavam. A verdade é que depois do nascimento de Daniel, os dois sossegaram e se preocuparam em apenas nos criar. Então, quando a intoxicação alimentar de todo mundo (que foi gerada devido a comida de Tia Luna diga-se de passagem) se curou e a da mamãe não, papai se preocupou e a levou em um medico que confirmou a gravidez de pouco mais de um mês. Eles voltaram pra casa chocados. Eu tinha quatorze e Danny tinha nove anos quando eles nos contaram que teríamos mais um irmãozinho.

Where Do Broken Hearts Go - Prove You Wrong 2Onde histórias criam vida. Descubra agora