O estádio de Quadribol, montado para a final da Copa Mundial, era gigantesco e em nada comparado ao campo que havia em Hogwarts, e Dallas estava extremamente impressionada com a quantidade de bruxos e bruxas que existiam ao redor do mundo e nem ao menos ⅓ desta população deveria estar ali.
— Quanto mais teremos que subir? — Dallas perguntou porque ela tinha a sensação de que, se subissem mais, chegariam ao teto máximo de altitude de vôo de um boeing e nem todo o exercício do mundo estava evitando que as suas pernas ficassem cansadas o que, sinceramente, era vergonhoso, pois Judith ia à frente do grupo, toda serelepe e só faltava rodopiar a cada degrau subido e cantarolar uma canção qualquer. — Que drogas vocês dão para ela? — Dallas perguntou, sem fôlego, quando viu Judith disparar em uma corrida degraus acima. — Eu quero.
Patrick riu, mas não respondeu. Dois minutos a mais de subida e Liam finalmente disse a palavra abençoada:
— Chegamos.
— Graças a Deus! — Dallas exclamou e usou o seu último resquício de forças para subir mais três degraus e então passar por alguns espectadores já sentados e trajados com as cores de sua seleção, antes de finalmente alcançarem os seus assentos, onde ela largou o corpo de forma desleixada, nada condizente com a educação de lady que recebeu da avó. Antes da partida começar, deu-se a apresentação dos mascotes das seleções e a Irlanda, claro, trouxe os tradicionais Leprechauns, que dançaram e distribuíram moedas de ouro para a multidão que debatia-se querendo catar a maior quantidade de dinheiro possível.
— Esse pessoal esqueceu que este dinheiro vai desaparecer? — Patrick comentou ao seu lado e Dallas deu de ombros. O ser humano era um bicho estúpido quando a questão era dinheiro, sempre foi. E então as mascotes da Bulgária entraram em campo. Ao menos duas dúzias de Veelas que começaram a cantar e a dançar sob o olhar apreciativo e hipnotizado da multidão. Dallas viu Patrick debruçar de forma perigosa no guarda-corpo e ela reagiu rápido, o segurando pela mão e o puxando de volta para o assento.
— Patrick, não! — disse enfática, em tom de ordem, e o olhar vidrado que havia no rosto dele desapareceu em instantes. Aurora riu, porque ela também teve que segurar um Pietro que começou a declamar vários poemas de amor para as Veelas que nem o ouviam.
— Pietro, qual é, desista. — Aurora ainda ria, mas sob a sua expressão divertida havia uma sombra de preocupação. Pietro era o dobro do tamanho dela, com muito mais massa muscular e força e por mais que a auror o segurasse pelo braço, ele conseguia soltar-se toda vez. Aurora já estava considerando largar Pietro e sacar a varinha para estuporá-lo, correndo o risco de neste meio segundo em ele estivesse solto, o homem se arremessasse da arquibancada, querendo alcançar as Veelas, quando Dallas o chamou em tom de ordem:
— Pietro! — a voz da garota ecoou ao redor deles como se amplificada e com um suave tom que lembrou um tilintar. — Sente-se! Agora! — Pietro plantou a bunda tão rápido na cadeira que Aurora suspeitou que ele aparatou.
— O quê... o que aconteceu? — ele perguntou ao piscar repetidamente, acordando de seu transe, e Aurora suspirou aliviada porque as Veelas finalmente pararam de cantar, ocupadas demais em discutir com os Leprechauns e em transformarem-se em aves enormes, para continuar a hipnotizar a multidão de espectadores.
— Encanto Veela. — Liam disse com uma risada e ao dar tapinhas consoladores nas costas de Pietro. — Mas a pergunta é: como você conseguiu fazer com que Patrick e Pietro te obedecessem? — continuou e lançou um olhar curioso para Dallas, que deu de ombros.
— Encanto Veela. — ela respondeu.
— Oh! Você deve ser uma descendente direta para ter um Encanto tão poderoso em tão tenra idade. — Liam disse com a animação que todo estudioso adquiria quando ficava de frente com algo fascinante.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre Extremos
Fanfiction15 anos atrás eu escrevi uma fanfic sobre Dallas Winford, uma trouxa que descobriu ser uma bruxa, que foi para Hogwarts, que viu-se sorteada para a Sonserina e que apaixonou-se por Harry Potter e enfrentou um dilema: qual caminho a seguir agora com...