Abril, 2020 - London, UK.Like wolves, we've run wild,
Let passion get too much
And let ourselves get burned by the fire.
Summer
Me movimentei de modo lento na cama sentindo a luz do dia invadir o cômodo.
Por que eu não fechei a cortina na noite anterior?
Me levantei e segui até a cortina a fechando e voltando para a cama. Por um momento eu quase tornei a cair no sono, porém no instante seguinte uma coisa chamou minha atenção. O cheiro do quarto era familiar e eu sabia exatamente onde havia o sentido antes: Harry.
De uma hora para outra lembranças da noite passada invadiram minha mente e eu abri os olhos de maneira brusca e me virei na cama devagar. Ao meu lado Harry dormia tranquilo. O peito subindo e descendo lentamente, o lençol cobria apenas da sua cintura para baixo e eu fechei os olhos com força na tentativa de quando os abrisse aquilo fosse apenas um sonho. Mas era real. Ele estava ali. Havíamos dormido juntos.
Por longos minutos eu me mantive deitada o encarando. Era uma visão angelical a dele. Parecia estar imerso em bons sonhos e eu quis toca-lo. Mexer em seus cabelos que estavam uma bagunça, beija-lo até que acordasse coçando seus olhos e sorrindo pra mim. Fingindo não querer acordar e me abraçando, enquanto seu rosto afundava em meu pescoço. De todas as coisas sobre nós, acordar com ele era a qual eu mais sentia saudade.
Porém, como a ótima sabotadora que eu era, minha mente me fez divagar a todo o sofrimento que o término com Harry podia me causar. Como doía perde-lo e eu havia acabado de ganha-lo de volta. Estávamos nos tornando amigos de novo e eu não queria perder aquilo. Não de novo.
Minha terapeuta me daria uma bronca, assim como Letícia, disso eu tinha certeza, mas naquele momento eu só sentia medo. Medo do quanto meu coração batia acelerado por ele, medo do quanto doeria perde-lo de novo, medo de tudo que sentia por Harry… medo do quanto ainda o amava.
E por medo eu me levantei de sua cama. Tirei a camisa que vestia que era dele e busquei por meu vestido o encontrando a beira da cama. O olhando uma última vez eu saí do quarto e peguei meu tênis pelo corredor, seguindo para o andar de baixo e depois para a rua.
Eu sei, havia sido pura covardia minha e Harry não merecia aquilo, e se ele desistisse de ser qualquer coisa meu depois daquilo a culpa seria toda minha. Mas você já sentiu medo? Um medo irracional, que não tem motivos? Um medo que te faz correr na primeira oportunidade, por mais que não seja a coisa certa a se fazer? Era aquilo que eu sentia.
Por mais que o tempo tivesse passado eu não sabia o quanto ainda sentia por Harry. Óbvio, eu tinha tremedeiras e palpitações perto dele, mas isso era normal, por que esse é o efeito dele no mundo. Mas sentir o toque de Harry de novo, ainda dentro do táxi, na minha mão, abraça-lo, beija-lo e sentir nossos corpos juntos. Olhar em seus olhos enquanto sorrisos íntimos eram trocados, dormir em seu peito, vestir sua camisa, tudo isso havia me feito notar - ou apenas admitir o que eu insistia em negar - que eu ainda o amava. O amava de todo o coração. O amava a ponto de sentir o coração doer.
Eu amava Harry como nunca havia amado ninguém. E apesar de ser lindo e poético, amar ele me dava medo. Por que eu temia ser quebrada de novo.
E por aquela razão, eu havia saído pela porta da frente dele e seguido rua a baixo, parando apenas em uma padaria para comprar café da manhã e segui para a minha casa. Torcendo para que tudo que eu pudesse fazer ao chegar lá, fosse deitar em minha cama pelo resto do dia e me esconder do mundo.
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Can I still be the one? [ Harry Styles ]
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