Última chance

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-Pronto! Agora Frederic só precisa ler e pronto! Maicon estará encrencado. –disse Verônica.

-Maravilha! Agora chame Cowley, precisamos contar à ele sobre o pai! –disse a General.

-Na verdade eu queria fazer isso sozinha! Se eu puder, é claro! –disse Verônica.

Erika fitou-a por um breve momento. Sentou-se novamente, e acendeu um cigarro.

-A vontade. –disse.

-Erika não gosto que fume!

-E eu não me importo. Amanhã podemos estar mortos mesmo! –disse a General.

-Tudo bem, mas não será por causa disso que irá morrer! –disse Verônica, tirando o cigarro das mãos de Erika.

-Sua... Poxa, saia daqui antes que eu enfie essa faca na sua barriga! –disse Erika, irritada.

-Sem problemas... Ou eu queimo seu olho com essa porcaria. Não se lembra de Saito? A namorada, a mãe...

-Não lembro de coisas que não me interessam! –disse Erika, virando o rosto para a irmã.

-Nossa... Luke tinha razão. Amarga e fria... Eu vou falar com Cowley.

Verônica seguiu até a barraca de Cowley, onde por sorte, ele estava sozinho. Ela cutucou seu ombro, fazendo-o despertar de súbito.

-Shh... Venha comigo! –disse Verônica.

Cowley a seguiu obedientemente até a parte de trás do acampamento, longe de possíveis ouvidos curiosos.

-Eu descobri a verdade sobre seu pai. Ele é inocente! Maicon forjou tudo e colocou a culpa no seu pai! –disse.

Rick permaneceu calado e pensativo por um tempo, mas logo abriu um enorme sorriso de orelha a orelha.

-Ele é inocente?! Oh céus... Ele não fez nada... Eu sabia! –disse Rick, em uma mistura de choro e riso.

Verônica sorriu ao ver a alegria de Rick. Ele fitou a General por um bom tempo.

-Eu nem acredito que fez isso por mim... Obrigado de verdade! Sei que isso não traz meu pai de volta, mas limpa a memória dele e é tudo o que eu preciso! –disse Rick.

-Não fiz por você, fiz também por todos nós. Maicon é um traidor, ele deve morrer. Já me certifiquei que Frederic e Hector fiquem sabendo. –disse a General, rispidamente.

Cowley sentou no chão, olhando para o céu. Verônica se sentou ao lado dele.

-Vamos morrer não vamos?! –indagou Rick.

-É só tempo que sabe... –respondeu.

Verônica respirou fundo. Por algum motivo, a lua brilhava mais naquela noite.

*

De manhã todos os soldados se reuniram, preparados para o inevitável. Ninguém tinha certeza se seriam atacados hoje, mas estariam rondando, observando e protegendo.

Todos seguiram para a cidade de Golden, onde se separaram e ficaram esperando. Menos Erika. Ela seguiu até a colmeia, determinada a matar Maicon. Verônica segurou seu braço, impedindo-a.

-Não! Não faça isso! Deixe Frederic cuidar disso! –disse Verônica.

Erika chutou a perna de Verônica, fazendo-a cair inesperadamente. Erika continuou até a colmeia, enquanto Rick ajudava Verônica a se levantar.

-O que deu nela? –indagou Rick.

-Ela é doida! –disse Verônica.

-Isso eu já percebi! –retrucou.

Guerra das NaçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora