Guerra das Nações

Final

Erika subiu na torre de Rainskill. A General girou a válvula do alarme com o maior orgulho. De repente todo o barulho, os tiros, as lutas... Tudo cessou. O alarme contemplou a vitória! A vitória de Stevenston.

Erika desceu, juntando-se à John e os recrutas. Verônica e Rick estavam conversando, distraídos.

-General! Mais uma vitória, mais uma vez que você venceu! –parabenizou John.

-Não... Mais uma vitória NOSSA! –corrigiu Erika.

Hector subiu no palco da praça, ou no que tinha restado dele...

-Muitos foram massacrados hoje, muitos fugiram, muitos estão feridos... Esse dia não será esquecido! Jamais! Frederic foi assassinado e Maicon... Era um traidor que foi executado. Konnor era inocente e estou amargamente arrependido do acontecido. Karin, o fiador, desapareceu no minuto que ouviu a palavra guerra. Assímia perdeu tanto quanto nós, mas como sempre, receberemos ajuda deles. Por favor, quem estiver disposto, os aviões irão levar vocês até a região segura de Assímia! –disse Hector.

Muitas pessoas seguiram desesperadas para junto dos soldados que os levariam para um lugar seguro. Os soldados inimigos se renderam e foram retidos e obrigados a ajudar na reconstrução de todas as cidades que foram atingidas. Não apenas Golden.

Em poucas horas não havia mais nenhum cidadão em Golden. Os que foram afetados pela praga foram cautelosamente levados ao centro de contenção de Assímia. O restante do país ainda estava sendo esvaziado.

-Hector... Como ficam as pesquisas sobre o Efeito dominó agora? –indagou Erika.

-Teremos que deixar isso de lado por enquanto. Não temos mais ninguém afetado... Vou falar com Theodore para que a pesquisa seja movida para lá, já que quase todos os nossos cientistas morreram! –disse.

Erika deu um leve tapinha nas costas de Hector.

-Vai fazer o que agora?

-Bom... Primeiro vamos reconstruir esse país! –disse Hector, seguindo até um avião.

Ele iria para Assímia buscar ajuda para... Bom, tudo! Erika chamou os recrutas para parabeniza-los.

-Vocês foram ótimos! Pensei que pelo menos um de vocês teria morrido! –disse Erika.

Alyss respirou fundo. Cuidar das crianças enquanto eram atacados foi a tarefa mais difícil de sua vida. Fred e Isabella ainda estavam se recuperando das lesões.

-Parabéns. Nós... Vamos ter uma folga. Vocês tem uma semana de folga. Vão ficar ou vão para Assímia?

Os três se entreolharam.

-Vamos para Assímia procurar nossas famílias e depois voltaremos para ajudar! –disse Alyss.

-Tudo bem... Boa sorte! –disse Erika.

-Você... Não vem? –indagou Fred.

-Não. Não tem nenhum outro lugar aonde eu gostaria de estar! –disse a General.

-Erika... Talvez em algum canto de Assímia esteja Luke e talvez, Saito. Não gostaria de revê-los? –indagou Verônica.

Erika fitou a irmã.

-Verônica... Não tem nenhum lugar onde eu gostaria de estar do que em casa! –disse a General. –Vai ficar comigo?

Verônica sorriu.

-Mas é claro que sim. Você é minha irmã e sempre estaremos juntas! –disse Verônica.

-Ótimo. Cowley, o que vai ser? –indagou Erika.

-Nara... Onde ela está?

-Ela foi com aquele soldado, Paul. Eles foram para Assímia. –disse Alyss.

Rick suspirou, pensando em tudo o que lhe aconteceu em tão pouco tempo. Ele precisava de uma folga. Mas não seria agora.

-Eu vou ficar! –disse, com firmeza.

-Mas e a sua irmã? –indagou Isabella.

-Isabella... Pode tomar conta dela para mim? Eu acho que eu peço muito isso, mas... Não tem nenhum outro lugar onde eu gostaria de estar! –disse Rick, olhando para Verônica, que lhe deu um sorriso.

-Claro que posso. Vou cuidar dela! –disse Isabella.

-Lamento pelo seu pai... –disse Rick.

Isabella suspirou.

-Sinto pelo seu também!

Os três recrutas se despediram e entraram no avião, rumo à Assímia.

Erika seguiu até o acampamento, aliviada por tudo o que acontecera.

-Ela nem vai me agradecer por ter tirado o colete de Sakamoto? –zangou-se Rick.

-Ela vai... Mas não agora! –disse Verônica.

-Como está seu ombro?

-Dolorido. Será que restou algum médico por aqui?

-Talvez no acampamento... Melhor irmos.

-Rick...

Rick sorriu. Ele se lembrou da noite em que Verônica lhe dissera que seu pai era inocente. Eles ficaram observando a lua durante minutos, até que um doce beijo os envolveu, mas não falaram disso desde então.

-Relacionamentos nas forças armadas são proibidos. –disse Rick.

-Está usando minha própria regra contra mim? –indignou-se Verônica.

Rick sorriu novamente. Dessa vez foi ele quem beijara a General, antes tão temível e sem coração. As pessoas podiam mudar, e Rick viu isso. Verônica retribuiu o beijo, o doce beijo da tarde de guerra.

-Esse é... O cenário mais romântico que eu já vi! –debochou Rick.

Haviam milhares de corpos espalhados pelo chão, e o cheiro de sangue predominava.

-É... Não consigo pensar em nada melhor. –sorriu Verônica.

Os dois seguiram até o acampamento... Juntos.

Erika estava observando o céu. A noite estava caindo... Ser uma General era a coisa mais difícil que já fizera na vida, mas ela se orgulhava disso.

Afina de contas, ela era a melhor nisso...