Sakamoto

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-COWLEY, COWLEY... –gritava a General.

Rick parou de correr quando suas pernas vacilaram. Ouviram mais bombardeios do lado oeste da cidade.

-Que merda é essa Rick? –indagou Verônica.

-Não consigo encontrar minha irmã... Nara, ela sumiu! –disse o recruta, ofegante.

Verônica ajudou-o a levantar.

-Vamos acha-la! –disse Verônica.

Erika seguia com Hector até John, que estava junto de várias crianças e os recrutas. As crianças ainda choravam e gritavam pelos pais.

-John... O que houve? –indagou a General.

-Não temos mais munição. Usei todas as armas que encontrei no caminho, mas estamos em desvantagem. Não dá pra ganhar isso General... Eu sinto muito! –lamentou-se John.

Erika praguejou, jogando Hector contra John.

-John... Cuide deles e de Hector, tudo bem?! –ordenou Erika.

-O que você vai fazer? –indagou Hector, preocupado.

-Vou matar esse desgraçado! –disse Erika, pisando duro.

O caos era visível. Erika parou em frente aos soldados inimigos, com as mãos para cima.

Os soldados apontaram as armas para ela. Um homem alto e de cabelos negros veio em sua direção. Ele sorriu malignamente.

-Finalmente... General! Vejo que seu timezinho de porcos não deu conta do recado! –debochou Sakamoto.

Erika cuspiu em seu rosto.

-Vai pro inferno! –disse, ríspida.

Sakamoto limpou seu rosto, fitando a General.

-Eu fiz da sua naçãozinha um inferno! Contemple meu triunfo! –disse.

-O que você quer mais? Já me rendi e você me tem bem na sua frente. O que você ainda quer? –indagou Erika.

Sakamoto andou dramaticamente de um lado para outro.

-Quero as duas pulguentas mortas. Onde está sua irmãzinha? –indagou Sakamoto.

Erika respirou fundo.

-Ela não está aqui. Provavelmente está ajudando o meu... Timezinho! –caçoou Erika.

Sakamoto se afastou lentamente, pegando um facão enorme que reluzia no sol quente.

-Que tal fazermos isso de um jeito justo?! –sugeriu Sakamoto.

Erika pegou seu facão, que não chegava aos pés da enorme arma que Sakamoto tinha em mãos.

-Bom... Parece justo! –disse Erika.

*

-Ela também não está aqui! –disse Rick, desesperando-se.

Verônica e Rick correram durante quarenta minutos, sem sucesso.

-Rick... Ela não está aqui. –disse Verônica. –Ela não está em lugar nenhum.

-Não vou desistir, me mate se quiser! –disse Rick, que não teve mais forças para correr e sentou pesadamente no chão.

Verônica sentou-se ao seu lado.

-Rick... Onde mais podemos procurar?

-Não... Você está certa! Não dá mais pra fingir que ela está viva! Ela se foi e a culpa é minha por não tê-la protegido. –lamentou-se Rick.

Guerra das NaçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora