Bem vindos ao exército?

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Isabella não conseguia parar de tremer, mas não podia deixar que os soldados se aproximassem mais. Puxou o gatilho. O soldado gritou, derrubando a arma no chão. Por um momento, Isabella se alegrou, porém o soldado se levantou com a mão no ombro.

-Ele morreu? –indagou Sara.

O soldado pegou a arma do chão, sem se importar com o ferimento no ombro. Isabella se apressou para atirar novamente, mas o soldado atirou primeiro. Ela se escondeu novamente, Sara estava ao seu lado, tremendo.

-Ele está vivo? –indagou Sara.

-Ele... –mas Isabella não respondeu nada. Outro soldado apareceu, apontando a arma para Sara. Isabella estremeceu.

-Não por favor! –implorou Sara.

Isabella mirou no soldado, porém sentiu algo na cabeça.

-Levante-se, devagar! –ordenou o soldado.

O rifle estava apontado na cabeça de Isabella. Ela se levantou, com cautela, observando Sara em desespero.

-Boa garota! –debochou o soldado. –Agora largue a arma.

Isabella deixou a arma cair no chão. Ela sabia que ia morrer. Não tinha escapatória.

-Você! Levante-se também! –disse o outro soldado à Sara.

A jovem ergueu o tronco, levemente, porém se jogou no chão pegando a arma que Isabella jogara. Sem pensar, puxou o gatilho, mas errou. O soldado não teve piedade.

-NÃO! –gritou Isabella.

A arma caiu das mãos de Sara. Ela estava imóvel, com os olhos abertos de pânico.

Isabella soluçava. Ela não cumpriu a promessa. Sara estava morta.

-Vire-se! –ordenou o soldado.

Isabella virou-se, lentamente. O seu destino não seria diferente do destino de Sara. Ela fechou os olhos, esperando pelo pior. Mas nada aconteceu. Ela abriu os olhos de novo, quando percebeu que os soldados abaixaram suas armas.

-Sabe... Seria um desperdício matar uma garota tão linda como você! –disse um dos soldados, acariciando o rosto de Isabella.

Ela estava errada. O destino dela seria muito pior.

-Não por favor... Apenas me mate! –implorou a jovem.

-Eu sou Gabriel. Esse é Dilan. Não se preocupe querida. –sorriu Gabriel, sarcasticamente.

Dilan pegou as pernas de Isabella, jogando a jovem nas costas. Ela se debatia. Os dois seguiram até uma barraca.

-Não... Isso não, por favor, isso não! –implorava Isabella.

Lágrimas de desespero brotavam em seu rosto. Dilan a jogou na cama improvisada dentro da barraca. Ela fechou os olhos novamente. Seu coração batia muito rápido. Quando Dilan se aproximou de Isabella, a jovem ouviu um enorme estouro.

Ela gritou, assustada. Dilan caiu, morto. Outro estouro e Gabriel também caiu morto. Isabella olhou para a entrada da barraca.

-Oh céus... Oh céus... Obrigada, muito obrigada! –agradeceu Isabella, aliviada.

O garoto ajudou Isabella a se levantar. Os dois saíram de dentro daquela barraca.

-Você está bem? –indagou o menino.

-Minha colega... Ela está morta. –lamentou Isabella.

-Sinto muito. Eu me chamo Carlos.

-Isabella.

Guerra das NaçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora