Capítulo 4

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Guilherme

Acordei sentindo meu corpo pesado e dolorido, respirei fundo e consegui levantar da cama, para minha sorte o quarto tem banheiro então decidi tomar um banho aqui mesmo, me despi ficando apenas com a cueca.

Quando ia tirá-la a porta do quarto foi aberta e vi a filha da Madalena que estava tremendo e pálida como se tivesse visto um fantasma, me deu vontade de rir, parece que nunca viu um homem, ou talvez por eu ser patrão da sua mãe, ela parece o tipo de garota santinha do interior, a moça de família, deve estar achando que eu sou um enviado do demônio, me segurei para no rir com esse pensamento.

— Meu Deus do Céu ... me perdoe ...eu não sabia que o senhor estava aqui .. me perdoe por favor — gaguejou tremendo enquanto cobria o rosto com as mãos, mas mesmo com o rosto coberto dava para ver que ele estava totalmente vermelho.

— Não tem problema — disse finalmente após ficar viajando.

— Não vou mais atrapalhar, desculpa mais uma vez — disse pronta para sair.

— Espera — falei me aproximando dela.

— Sim senhor — ela já não estava com as mãos no rosto mas não olhava para mim, seus olhos estavam fixos no chão, como se fosse o lugar mais interessante para olhar comigo quase pelado na sua frente.

— Como você se chama? — perguntei mais próximo, mas com uma certa distância, não quero que ela pense que sou um estuprador.

— Cecília senhor — falou e e eu assenti com um pequeno sorriso sem mostrar os dentes.

— Humm, Cecília, prazer, e seja bem vinda — Ela sorriu de lado e me olhou pela primeira vez mas por poucos segundos — pode ir — falei sem querer parecer grosso e ela não esperou nem mais um segundo e saiu voando, me permiti rir, ela é engraçada.

— Ai ai ai — ri — Cecília — fechei a porta, tirei a única peça de roupa que ainda me restava e andei até o banheiro, bem que ela poderia ter chegado um pouquinho mais tarde, comigo já pelado, seria bem mais divertido.

Tomei um banho demorado, meu corpo ainda estava dolorido, mas nada que eu não pudesse aguentar. Graças a Deus não trabalho hoje.
Terminei o banho e peguei uma toalha que estava no banheiro e enrolei na minha cintura, peguei minhas roupas e caminhei assim até o meu quarto. Lívia ainda dormia.

Me vesti tentando não acorda-lá, como não tinha planos de sair de casa hoje, vesti algo simples, uma calça jeans e uma blusa polo preta. Quando saí do closet dei de cara com Lívia já acordada mexendo no meu celular que eu nem sei como deixei aqui.

— O que está fazendo no meu celular? — ela me olhou assustada.

— Nada, eu só estava vendo a hora — assenti, não tenho nada comprometedor no celular, então não tenho nenhum problema com ela mexendo, mesmo não gostando de ver pessoas se metendo nas minhas coisas brigar com a Lívia logo pela manhã não está nos meus planos e duvido que esteja algum dia, eu sou uma pessoa calma, mas me estresso rápido demais.

— Tudo bem, coloca na carga depois por favor — não esperei ela responder e saí do quarto.

Estou faminto, desci para tomar café, e espero que dessa vez eu consiga.

A Filha Da EmpregadaOnde histórias criam vida. Descubra agora