Penúltimo capítulo

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Capítulo 59

Cecília

Dois anos depois

Meu coração está acelerado, minhas mãos suando e meus lábios não conseguem parar de formar um sorriso. Estou feliz.
Aconteceu tanta coisa que eu não sabia se conseguiria me formar. Se conseguiria vencer mais essa etapa na minha vida.

Mas aqui estou eu, ao lado de mais algumas dezenas de pessoas. Todos vestidos a rigor. Todos sorrindo e olhando para a plateia, onde estão as pessoas mais importantes de suas vidas.
E eu faço o mesmo. Guilherme, minha mãe, Jennifer, Leandro e Manu que se formou no ano passado, estão todos sentados juntos e sorrindo para mim.

[...]

— Parabéns minha filha, você é meu maior orgulho — ouvir isso faz com que eu me sinta bem. Passei os últimos anos lutando para não decepciona-lá, a pessoa mais importante da minha vida. E saber que consegui, é mais satisfatório que qualquer outra coisa.

— Obrigada mamãe, eu te amo muito — nos abraçamos, mas não ficamos muito tempo porque logo Manuela chega e me puxa para onde o pessoal está.

A cerimônia terminou, estamos todos em casa agora. Não quis nada demais, apenas uma coisa para os mais próximos. E aqui estamos nós, desfrutando de um merecido descanso.

Um descanso de tudo.
Pensei que depois da morte da Lívia tudo seria simples, mas não, não foi e duvido que algum dia será.
Mas a vida é assim, a cada dia surge um novo desafio, uma nova tarefa, um novo motivo para melhorar.
Nunca será simples, ou normal demais, sempre haverá algo novo, algo desafiador. E é passando por tudo isso, vencendo uma vez atrás da outra, que podemos saber quem nós realmente somos, o que faz parte de nós, o que realmente sentimos, do que estamos dispostos a abrir mão e aquilo que queremos para o resto de nossas vidas.

[...]

— Eu tenho um presente — diz Guilherme.

Finalmente estamos sozinhos. Na nossa cama, juntos, como queríamos desde o início. O início disso tudo. Só queríamos um ao outro, e nada mais.

— O que é? — pergunto curiosa.

— Você precisa se levantar — murmuro mas obedeço, me levanto e fico em pé do lado da cama, ele também se levanta, vai até ao closet e volta com uma mão escondida atrás do seu corpo.

— Fecha os olhos — nego com a cabeça mas fecho.

Não consigo conter o sorriso ansioso, ouço ele se aproximar mais e depois não ouço mais nada, até que ele diz:

— Pode abrir — não espero que ele diga uma segunda vez.

Quando abro os olhos, coloco automaticamente minha mão sobre minha boca e arregalo mais ainda os olhos ao vê-lo ajoelhado na minha frente com uma aliança nas mãos.

— Acho que eu já tinha falado isso, só estava esperando você se formar, nada mais nos impede, eu preciso que você seja oficialmente a minha mulher. Eu te amo Cecília, te amo de forma imensurável, você é a pessoa mais importante para mim, antes mesmo de pensar em mim, eu penso em você, quero te fazer feliz, ser o pai dos teus filhos e tornar cada dia da sua vida ao meu lado, o melhor de todos. Casa comigo?

— É claro meu amor. Eu também te amo com toda a força do meu coração, quero partilhar todos momentos da minha vida com você para sempre, até que a morte nos separe.

— Até que a morte nos separe — concorda e coloca a aliança no meu dedo. Se levanta e cela nossos lábios dando início a um beijo calmo e delicado, cheio de amor, carinho e todos os sentimentos mais lindos do mundo.

[...]

— Meu Deus do céu, que aliança mais linda filha — mamãe diz enquanto admira a jóia no meu dedo.

— Eu estou tão feliz mãe — confesso.

— E de pensar que eu quase arruinei isso — ela suspira — Eu não tinha noção do quanto vocês se amam. Mas vendo esse amor todos os dias eu agora sei que vocês foram feitos um para o outro, e que apesar de tudo pelo que passaram parece que o amor só cresce a cada dia. — faz uma pausa — Te ver feliz é o maior motivo da minha felicidade meu amor — me abraça.

— Sabe, eu acho que foi tudo que passamos que fortaleceu nosso amor. Aprendemos a lidar com o pior, aprendemos a superar. E mesmo se um dia isso acabar, tenho certeza de que ficará no coração de ambos para sempre — digo.

— Vira essa boca para lá, não vai acabar nunca — Manu diz entrando ao lado de Jennifer e todas rimos.

— É tão lindo... — Jennifer diz quando chega perto e segura minha mão para analisar a aliança — Só eu que não consigo um cara decente — diz e todas rimos. Ela nos olha tentando fingir seriedade, mas acaba rindo também.

A Filha Da EmpregadaOnde histórias criam vida. Descubra agora