Capítulo 16

46.2K 3.1K 475
                                    

Cecília

Está tarde, devíamos ir embora — comentei sem olhar para ele que estava deitado do meu lado, não transamos, apenas dormimos juntos, senti o aconchego do seu peito, nossos corpos juntos e nossas respirações misturadas. Senti algo que nunca senti antes, uma sensação de bem-estar tão grande e diferente, que se pudesse, ficaria assim com ele para sempre, só para me sentir assim.

— Você está certa, mas confesso que gostaria de ficar assim com você por mais tempo — disse sorrindo e retribui o sorriso me levantando.

— Mas vejo que a senhorita não vê a hora de se livrar de mim — sorri e olhei para ele que vestia sua camisa.

[...]

À minha mãe eu disse que ia dormir com a Manuela, e o Guilherme, bom, a Lívia está viajando então ele não deve satisfações a ninguém.
Novamente me sinto mal, o que eu estou fazendo, ficando com um homem casado?! Porquê Deus, porquê eu fui me interessar logo por um homem casado?!

— Me deixa antes e depois eu vou, não podem nos ver chegando juntos — informei.

— Tudo bem — assim fizemos, desci do seu carro e ele tentou se despedir com um selinho mas desviei meu rosto fazendo com que ele beijasse minha bochecha, estava sentindo culpa, remorso!

Guilherme me olhou sem entender mas não falou nada. Saiu com o carro numa velocidade normal e eu parei um pouco, para dar um tempo e para pensar na burrada em que eu estou me metendo! Se essa mulher, a Lívia, desconfiar que eu beijei o marido dela, ela acaba com a minha vida, mas pior, ela acaba com a vida da minha mãe!

Essa minha "aventura" irá colocar a minha mãe em risco! Mas mesmo sabendo disso tudo, eu não consigo parar de pensar nele, de imaginar seus lábios novamente com os meus, pensar em como seu sorriso é lindo, sua barba tocando minha pele.

Deus, me acuda!

[...]

— E aí? O que achou? Como foi? — minha mãe perguntou em um tom simpático e eu sorri a olhando.

— Foi legal, a Manu é legal, e ela me apresentou alguns amigos dela — comentei lembrando do Leandro e do Peter.

— E aí? Gostou de algum menino? — ri com o seu tom, se minha mãe soubesse que eu estava gostando sim de alguém, mas não era um amigo da Manu e muito menos um menino.

— Eles não eram exactamente meninos — ela me olhou — São homens, com mais de 20 — ela sorriu de lado.

— Ah, sei — ela não aprecia chateada, minha mãe sempre foi a mãe legal.

Se eu me envolvesse com um homem mais velho, a senhora....? — ela me olhou entendendo minha questão.

— Mais velho como? Com 20 e tal? — assenti.

— Desde que não seja casado — disse num tom divertido e eu engoli em seco, mas tive que fingir uma risada.

— Sabe, eu vou te confessar uma coisa — disse num tom amigável, está quase na hora do jantar e estamos de bobeira no seu quarto, não há nada para fazer e às vezes é bom conversar com minha mãe.

— Eu tenho uma conta poupança, você sabe, e quando você terminar sua faculdade eu vou parar de trabalhar, e não vejo a hora de ter netinhos — confessou com os olhos brilhantes e eu sorri, nunca pensei em filhos, me casar, sei lá, acho que ainda é cedo para pensar nisso, mas vejo que minha mãe já está fazendo planos.

— Ahh, mãe, enfim, até lá ainda temos muito tempo — ela sorriu.

— Claro meu amor, só depois que você se formar, não quero que você sofra com injustiças da vida, ninguém te respeita se você é mulher, ainda mais quando não é formada — sorri de lado pensando no quanto minha mãe já teve que batalhar, não vejo a hora de poder dar a ela uma vida confortável, mas acima de tudo enche-la de orgulho. A abracei e na mesma hora ela retribuiu.

— Vou servir o jantar do Sr. Guilherme — disse quando nos afastamos.

— Eu vou ajudar, só vou pegar uma blusa de manga no meu quarto — ela assentiu.

Caminhei até ao meu quarto e quando abri a porta me assustei com a presença de nada mais nada menos que  Guilherme Maldonado sentado na minha cama, parece que alguém gostou desse canto da casa, ele se levanta quando me vê. Fechei a porta com pressa com medo que alguém o visse aqui, nem sei o que diria à minha mãe.

— O que você está fazendo aqui? — perguntei com o tom de voz baixo.

— Eu queria saber se está tudo bem? — perguntou se aproximando.

— Está tudo bem — falei.

— Humm, você desviou o rosto quando eu quis te beijar mais cedo — suspirei me lembrando do episódio.

— Eu só, sei lá, não podemos continuar assim, não podemos continuar nos beijando, nós não podemos ter nada, eu, eu.... eu não quero ser sua amante — falei sem conseguir olhar para ele.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, mas sentia seu olhar sobre mim, até que ele decidiu se pronunciar.

— Aceita sair comigo amanhã? — perguntou me surpreendendo, olhei para ele depois de alguns minutos sem fazê-lo e ele me encarava como quem diz "eu estou falando sério".

Amanhã eu vou para faculdade e não sei o que inventar para minha mãe — tentei me afastar do seu corpo que insistia em se aproximar de mim.

— Eu vou te pegar na faculdade e você diz que teve que fazer um trabalho — suspirei vencida e assenti, neste momento já estávamos com os corpos praticamente colados.

— Não posso sair daqui sem fazer isso — nem me deixou processar direito e atacou meus lábios bum beijo veloz que demonstrava sua necessidade, quando dei por mim estava retribuindo na mesma intensidade.

— Não posso sair daqui sem fazer isso — nem me deixou processar direito e atacou meus lábios bum beijo veloz que demonstrava sua necessidade, quando dei por mim estava retribuindo na mesma intensidade

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Momento Spoiler:
Teremos uma grande revelação no próximo capítulo!

O que acham que é?

Não passem sem deixar o voto e o comentário (isso pode fazer o capítulo chegar mais cedo)!!

A Filha Da EmpregadaOnde histórias criam vida. Descubra agora