Capítulo 12

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Guilherme

— E quem é homem para mim? — ouvir essa pergunta me fez engolir em seco. Olhei para baixo sem saber o que responder.

— Eu não sei, mas ele não é — ela apenas assentiu.

Não falei mais nada e saí daquele lugar que eu nem sei como fui parar, ver ela com o Davi me deixou enfurecido, por um momento eu achei que eles tivessem algo, mas agora vejo, que Davi só está fazendo o mesmo que eu, tentando ficar com ela, e me sinto um lixo por isso, Cecília é uma garota tão pura, tão meiga.

— Onde você estava? — ouvi a voz da Lívia me importunado.

— Estava caminhando no jardim — menti.

— Hum, podia ter me chamado — sentou no meu colo, e me fez lembrar que há minutos atrás eu desejava outra mulher sentando em mim.

— É — olhei para me celular mesmo não tendo nada interessante nele.

— Você está diferente — olhei para ela.

— Diferente como? — perguntei.

— Sei lá, distante, parece que tem algo te preocupando — tem sim, tem.

— O trabalho, não está nada fácil — ela assentiu.

— Guilherme, Amor — pelo seu tom manhoso já posso deduzir que vem algum pedido por aí.

— Hum — murmurei.

— A semana de moda em Milão, você vai comigo? — olhei para ela e revirei os olhos, não sei o que tem de especial nessa tal semana de moda, ela sempre quer ir e gasta uma fortuna.

— Eu tenho muito trabalho Lívia, não — disse sem rodeios.

— Mas eu posso ir nem? — suspirei e assenti — Eu não queria ir sozinha — olhou para baixo.

— Então não vai, ué — isso sempre fica disponível na internet, não precisa ir pra lá.

— Eu tenho uma ideia, eu posso ir com o Davi, libera ele na empresa — revirei os olhos.

— Ok — ele não faz falta, e assim ele fica longe da Cecília.

— Ahh meu amor, obrigada — me abraçou.

— Agora eu preciso dormir — afastei seu corpo do meu e fui em direção à cama, me deitei e fechei os olhos, nesse momento um rosto angelical surgiu nos meus pensamentos, Cecília.

No dia seguinte, acordei com o som despertador que marcava exactamente 06 horas da manhã. Levantei indo para o banheiro onde me higienizei e saí para o closet vestindo um terno azul escuro e sapato preto.

Saí do quarto em direção ao meu escritório e peguei alguns documentos que levei para revisar aqui em casa, mas acabei não tendo tempo, dei uma vista de olhos por mais ou menos uma hora. Quando terminei coloquei tudo numa pasta e desci para a sala onde meu café já estava na mesa.

— Bom dia — cumprimentou Madalena.

— Bom dia — falei me sentando na mesa.

Não demorei a me alimentar e quando terminei  fui até ao meu carro e dirigi em direção à empresa.

Qual foi do surto ontem? — mal cheguei na empresa e Davi já está me importunando, agora eu entendo porquê ele e a Lívia se dão tão bem!

— Que surto? — eu sabia muito bem do que ele falava.

— Quando você chegou e me viu quase beijando a empregadinha — revirei os olhos.

— Não fala assim dela — falei sem paciência e ele assentiu.

— Ela é bem gostosinha — disse mordendo o lábio, revirei os olhos mais uma vez.

— Nem ouse, se afaste dela, não é para o teu bico — ele riu.

— E para o teu? É? — lembro que Cecília fez a mesma pergunta.

— Não, não tenho nenhum interesse por ela, mas não quero que você iluda a garota, ela é filha da Madalena e você sabe a consideração que tenho por ela — ele deu de ombros.

— Mas e se ela quiser? Aí eu posso nem?! — suspirei.

— Faça o que quiser — fingi não me importar, mas eu sabia que só de imaginar ele a tocando meu sangue ferve! E eu sei muito bem que não é por consideração, aquela garota está mexendo demais comigo.

— Lívia me falou sobre Milão — suspirei já ficando irritado, ele não faz nada e ainda quer me impedir de fazer meu trabalho.

— Uhum — murmurei tentando prestar atenção nos papéis na minha mesa.

— Seria legal se fossemos os três, porquê não quer ir? — olhei para ele sem paciência.

— Porque eu trabalho Davi, eu trabalho — ele levantou as mãos em forma de rendição.

Finalmente ele me deixou em paz e se retirou da sala, continuei fazendo meu trabalho. Consegui me concentrar e tirar toda distração da minha mente, Lívia, Davi, e principalmente Cecília.

Escutei alguém bater na porta e permiti sua entrada.

— Sr. Maldonado, a reunião está quase começando — informou minha secretária.

— Tudo bem, estou indo — na mesma hora arrumei os papéis que estavam na minha mesa, o contrato está pronto, agora é só esperar para ver se os investidores concordam com todos os termos.

— Você vai comigo — pedi a ela que assentiu.

— Você vai comigo — pedi a ela que assentiu

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A Filha Da EmpregadaOnde histórias criam vida. Descubra agora