Capítulo 46

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Cecília

É o dia da tal festa da Manuela. Não estou nem um pouco animada para ir, mas se eu não for ela me mata.
Jennifer disse que tem outros planos para hoje, então não poderá ir, e eu sei muito bem que planos são esses, mas não posso obrigada-la.
Manuela, mesmo tentando fingir, ficou feliz por saber que Jennifer não poderá ir. Eu, pelo contrário, sei que isso vai acabar comigo pegando vela da Manuela com o Leandro, mas mesmo assim ela insiste para que eu vá.

Está quase na hora, mas ainda estou jogada na cama encarando o teto. Manuela disse que passaria aqui às 22h e faltam apenas quarenta minutos para isso.

Suspiro. Já tenho a roupa que pretendo usar arrumada, então, vou para o banheiro e todo um banho não muito rápido, mas não longo. A água quente descendo por meu corpo faz ele relaxar completamente e desejar voltar para o quarto, me deitar e dormir.

Sabendo que não posso satisfazer esse desejo, volto para o quarto enrolada na toalha e passo creme hidratante pelo corpo, visto-me e faço uma maquiagem bastante leve, quase não se nota.
O meu look é um vestido vestido vermelho de manga colado no corpo. Nos pés calço uma sandália de salto não muito alto, na cor preta.
Deixo o cabelo solto e para finalizar, passo meu melhor perfume.

Falei com minha mãe sobre essa festa logo que Manuela me falou, confesso que foi na esperança de que ela não me deixasse ir e eu tivesse uma justificativa para não ir. Mas foi o contrário, ela disse que não tem nenhum problema, pelo contrário, devo aproveitar, apenas evitar situações de risco, como beber do copo de um estranho, ficar sozinha, etc. Queria que ela fosse tão liberal quanto ao assunto Guilherme Maldonado.

[...]

Finalmente CecíliaManuela reclama depois de ficar apenas cinco minutos esperado. Reviro os olhos e sigo para fora do prédio com ela.

— Você está linda — ela diz quando estamos em frente ao seu carro.

— Você também — ela está usando uma saia jeans colada que vai até a metade da coxa, e o que me parece um body quase transparente e nos pés, tênis.

A viagem até a balada é feita sem muita conversa, ambas cantarolamos a música que está tocando é uma vez ou outra trocamos algumas palavras sobre assuntos aleatórios.

Pergunto sobre Leandro e ela diz que ele já está lá e vamos nos encontrar com ele e mais um amigo. Pronto, eu devia esperar mesmo, ela vai querer me empurrar para alguém.

Isso só me faz lembrar do canalha do Peter e automaticamente sinto meu corpo se arrepiar de medo. Não diria trauma, mas nunca vou me esquece daquele dia.

Prefiro espantar esses pensamentos ruins e voltar a dizer os versos da música, mesmo que de forma errada, mas não me importo. Manuela sorri comentando sobre como sou péssima cantando, mas ela está muito longe de ser melhor.

Quando chegamos no local, mesmo com uma fila enorme do lado de fora, não precisamos esperar. Manuela e seus contactos.

[...]

— Vamos, eles estão ali — Manuela diz apontando para onde vejo apenas Leandro.

Não questiono, sigo-a e vamos até Leandro.
— Boa noite meninas — ele diz sorrindo.

— Boa noite — respondo também com um sorriso.

— Boa noite amor — Manuela diz e dá um selinho nele, pronto, modo vela activo. — Cadê ele?

Deve estar falando do tal amigo. Que ele tenha desistido de vir.

— Deve estar atrasado, ou deve ter se esquecido — ele diz.

— Ou talvez ele não queira vir — completo.

— Claro que ele quer — Manuela parece irritada, mas ela suspira — Vamos beber algo. — diz.

[...]

Passou quase uma hora. Manuela parece irritada com algo, Leandro tanta acalma-la e eu? Estou apenas observando.

— Eu não acredito que ele nem se deu ao trabalho de vir — Manuela diz irritada.

No mesmo momento em que ela termina de falar, vejo da entrada alguém que sinceramente não esperava ver aqui.
O lugar onde estou sentada me permite ver quem entra ou sai, mas claro, não estava prestando atenção nisso até ele surgir, eu reconheceria o Guilherme mesmo se ele estivesse com o rosto coberto, ou talvez não, mas isso não interessa.

Ele parece procurar por alguém. E quando nossos olhos se cruzam percebo que sou eu quem ele estava procurando.
Ele é o amigo da Manuela?

Guilherme caminha em nossa direcção e eu sinto minhas mãos trêmulas. Minha respiração acelerada e engulo em seco sem conseguir desviar os olhos dele.

— Finalmente nem? Pensei que não vinha mais — Manuela reclama assim que o vê. Leandro beija sua bochecha a puxando, isso para a impedir de continuar falando besteira.

— Eles precisam conversar, vamos ali — diz Leandro e Manuela revira os olhos, mas concorda.

Quando eles se afastam nós dois apenas nos olhamos. Só agora percebo que o som está muito alto, pois vejo por seus lábios que Guilherme diz oi, mas não consigo ouvir.

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Maratona❤️

A Filha Da EmpregadaOnde histórias criam vida. Descubra agora