Cecília
Dias depois
Os dias passam. Nem muito rápido, nem muito lento. Passam apenas como dias normais, vinte e quatro horas.
Apesar da bagunça que é minha vida, estou me dando bem na faculdade. Graças a Deus, tenho boas notas em quase todas disciplinas. E as que não são tão boas, não são nenhum desastre.
Mamãe continua distante, mal trocamos algumas palavras. E me sinto um lixo por isso. Mas o pior, é que isso devia me fazer querer distância do Guilherme, mas pelo contrário quero ele cada vez mais.
Claro, nesse tempo não aconteceu NADA entre a gente, mas não posso negar meus sentimentos.[...]
Como outro dia qualquer, acordo com o som do despertador. Sem demora, arrumo meu quarto e tiro minha roupa substituindo-a pela toalha.
Pego a escova e caminho em direcção ao banheiro.Depois de um banho quente, volto para o quarto onde passo creme hidratante em todo corpo, visto uma calcinha de algodão rosa bebê, um sutiã branco e por cima, um vestido simples, meio rodado e com mangas curtas.
Pego minha mochila e vou directo para a saída, sem passar pela cozinha.
Caminho em passos apressados até ao ponto de ônibus que é meio distante.
[...]
O ônibus não para muito longe do campus. Mas mesmo assim, a caminhada é de se ter em conta.
Entro na sala de aulas. Atrasada. Mas o docente é daqueles que não liga. Então vou directo para o meu lugar sem olhares ou sermões.
Me sento e vejo que Manuela ainda não está. Mas na mesma hora em que esse pensamento me invade, a porta da sala é mais uma vez aberta e Manuela entra.
Também vem directo se sentar do meu lado. Com simples olhares, nos cumprimentamos e prestamos atenção à aula que não demorou a terminar.
[...]
Quando a última aula do dia terminou, Manuela e eu fomos até a biblioteca, onde cada uma lia um livro. Até ela começar a me olhar como se me chamasse para uma conversa.
— É sobre a Lívia — Manuela disse baixo, para não chamar atenção da chata da bibliotecária. Eu, revirei os olhos ao saber o assunto da conversa.
— O que é? — perguntei baixo, fechando o livro.
— Eu disse que ia te ajudar a se livrar dela, fazer com que o Guilherme possa finalmente se divorciar e ficar com você — ela disse animada.
— Eu não quero mais isso Manu, eu... — suspirei — O Guilherme e essa coisa toda só bagunçou minha vida.
— O quê? — ela disse meio alto mas logo colocou a mão na boca — Você só está confusa — disse baixo — Você ama ele, não ama? — eu não respondi — Cara, Cecília, eu... — a interrompi.
— Não quero falar sobre isso, assunto encerrado — ela revirou os olhos.
— Você é medrosa demais — ela disse chateado — Chegou até aqui e vai desistir só porque está com medinho? — ela me olhou, mas eu desviei meu olhar encarando uma prateleira de livros.
— Eu não quero decepcionar minha mãe — eu disse baixo — Mais do que já fiz.
— E a sua mãe? Ela nunca viveu um amor desses? Cara, a gente não escolhe por quem se apaixona. Ela não pode impedir isso.
— Eu é que não quero mais — eu disse sério.
Ela bufou e se levantou.
— Você vai se arrepender daqui a alguns anos por ter encontrado o amor é não ter vivido. Sua mãe com certezas viveu a sua história de amor, agora é a sua vez, e se ela te ama mesmo ela não vai te impedir, ou não deveria. — ela fez uma curta pausa — Mas se nem você é capaz de lutar por esse amor, não posso condenar a sua mãe. Porque sei que você só está usando-a como uma razão para a sua covardia e falta de coragem, esse seu medo que te impede de ser feliz. — Depois destas palavras, Manuela saiu pisando fundo, chamando atenção de algumas pessoas. Mas com certeza ela não se importava com nenhuma delas.
Eu não consegui mais prestas atenção. Depois de dez minutos arrumei minhas coisas e deixei a biblioteca.
Não sabia se voltava para casa ou ia para algum lugar. Mas para onde?!
Decidi que precisava de um tempo pra mim, um tempo sozinha, só com os meus pensamentos.[...]
Sinto a arreia penetrar meus pés descalços enquanto eu caminho em passos lentos.
A praia está com um número considerável de pessoas, mas não posso dizer que está lotada. Minhas sandálias estão nas minhas mãos e minha mochila pendurada no meu ombro direito.
Me aproximo da água para senti-la novamente nos meus pés.
E fico assim até não ver as horas passarem.[...]
Quando volto para casa já são vinte horas. Vou directo para o meu quarto. Depois de tomar um banho e vestir um pijama confortável, durmo.
Estou sem fome, ou melhor, preferi comer algo na rua._________
Votem e comentem por favor!
Ainda tem muito por acontecer nessa história.
Conto com o apoio de todos vocês.
Beijos❤️
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A Filha Da Empregada
Teen FictionGuilherme Maldonado é um dos maiores empresários do país! Sempre teve tudo, dinheiro, mulheres, carros, luxo, festas, viagens e curtições. Mas o que sempre faltou foi o amor verdadeiro. Com a perda prematura dos seus pais, Guilherme se transformou n...