Capítulo 25

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5k🎉
Amo vocês!
Obrigada ❤️

Cecília

Vi de longe o carro do Guilherme, automaticamente olhei para os lados procurando ver se ninguém estava me observando. Quando tive certeza de que ninguém iria me ver indo até o carro do chefe da minha mãe que é também um homem casado, prossegui.

Ele abriu a porta para mim, estando dentro do carro. Sentei do seu lado e suspirei.

Você está bem? — perguntou com a voz preocupada.

Guilherme, a gente não usou camisinha  — disparei já não aguentando. Ele arregalou os olhos e passou as mãos pelo cabelo.

— Merda — murmurou.

Ficamos em silêncio, não conseguia olhar para ele, mas sabia que ele também estava com os olhos virados para outro lado.

— Me perdoa, eu devia ter lembrado, eu não sei como eu fui me esquecer — disse Guilherme depois de longos minutos naquele silêncio infernal — Mas eu tenho meus exames em dia, então, não te transmiti nenhuma doença — disse sorrindo nervoso.

— Eu posso estar grávida Guilherme — falei baixo e ele engoliu em seco tão alto que deve ter doído.

Ligou finalmente o carro e saiu dirigindo enquanto mal nos olhávamos.

— Nós precisamos comprar um desses testes de gravidez — disse finalmente, já estávamos à quilômetros do campus.

— Ou a tal pílula do dia seguinte! — falei lembrando disso, seria com certeza uma hipótese.

— É, mas isso não deve ser 100% eficaz!

— Mas podemos tentar.

— Você está certa, mas quero que saiba que se, por acaso você, digo, se... — se atrapalhou com suas próprias palavras — se você estiver grávida Cecília, eu não vou te abandonar!

— Mas você é casado — falei baixo.

— Eu largo tudo por você Cecília.

Sua voz é firme, mas ao mesmo tempo não consigo confiar, não consigo acreditar que o homem com a vida feita arriscaria tudo por mim ou por um filho bastardo.
Suspiro!
Porquê isso acontece comigo?
Conheço meu ciclo e estou nos dias férteis. Droga, droga, droga.
Porquê esquecemos a maldita camisinha.

Sinto uma mão sobre a minha coxa e olho para Guilherme que também me olha. Paramos num sinal vermelho.

— Vai ficar tudo bem — com certeza ele estava tentando me confortar, mas nem ele acredita nisso. Talvez fique tudo bem, mas primeiro teríamos que passar por uma grande turbulência, e sinceramente não sei se somos capazes de aguentar.

Sorri de lado tentando não transparecer a dúvida, medo e angústia que estava sentindo. Porém, sabia que ele percebia isso.

[...]

Paramos numa farmácia, Guilherme se ofereceu para descer e comprar a pílula. Aguardei no carro e logo depois ele voltou.

Com a pílula e uma garrafa de água. Tomei.

— Falei com a farmacêutica e ela disse que mesmo estando no seu período fértil as chances de engravidar não são de 100%, mas que podemos fazer um teste daqui a uma semana — assenti, ele segurou minha mão me fazendo olhá-lo.

— Eu estou aqui Cecília, nós vamos passar por isso juntos. Sei que é cedo para um bebê, mas se vier um, estaremos juntos ... se você quiser claro — sorri, Guilherme já provou várias vezes que é um homem incrível, mas a cada dia ele me surpreende mais, faz toda diferença ele me apoiar, e não achar que a culpa é minha, que sou uma interesseira ou que engravidemos para prendê-lo, como muitos homens costumam dizer quando a mulher/amante fica grávida.

— Obrigada — ele sorriu e beijou minha testa.

— O que acha de almoçar comigo?

— Eu prefiro ir para casa Guilherme.

— Você está bem Cecília? Não fica assim? Não temos certeza de nada ainda.

— Eu sei, mas eu estou com medo!

Não por mim.
Mas e minha mãe?
O que ela acharia se soubesse que eu estava com um homem casado? Ou que engravidei dele?
E minha faculdade? Como vou estudar tendo um filho e sem ter um emprego?
O que será da minha vida se eu estiver grávida.

Guilherme pode até querer ficar comigo, mas ele tem uma mulher que não irá facilitar a vida dele e muito menos a minha.

Ele não disse nada, apenas me abraçou, e ficamos ali, dentro do carro que não estava em movimento, em silêncio, mas seu abraço me fazia sentir bem, com certeza as palavras não seriam capazes de me transmitir tanto conforto.

Depois de alguns minutos Guilherme colocou o carro em movimento.
Minutos depois estávamos no condomínio, Guilherme me deixou um pouco antes da mansão, e voltou para empresa.

Cheguei e logo dei de cara com Lívia, tentei passar por ela, mas fui impedida.

— Oi Cecília — disse com deboche.

— Boa tarde senhora Lívia — ela me olhou com superioridade enquanto eu dizia seu nome com cinismo.

— Isso mesmo, eu sou a senhora dessa casa! E quem quiser mudar isso vai ter que lidar com as consequências — disse próximo ao meu rosto — eu sou capaz de tudo pelo meu casamento Cecília — assenti.

— Parabéns por isso — falei impaciente e sai deixando ela, estava cansada disso.

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Maratona de 3 capítulos para comemorar as 5k leituras.
Beijinhos.
Votem!

A Filha Da EmpregadaOnde histórias criam vida. Descubra agora