Capítulo 6

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Todos olharam assustados, até mesmo Rômulo que já conhecia bem sua prima.

- Calma Ludmilla.

- Quero saber onde ela está.

- Está no quarto dormindo, por favor, não acorde... – Larissa não teve tempo de falar nada. Ludmilla passou por ela e entrou no quarto, fechou a porta e deixou todo mundo chocado.

- Que deu nela? – Larissa perguntou.

- Estou sem palavras. – Rômulo falou pasmo.

- Deixa ela conversar com Brunna. Ludmilla é boa nessas horas, fala coisas animadoras. – Renatinho tentou disfarçar.

- Então ta né. Alguém quer um suco ou café.

- Eu quero.

- Eu também. Cada um foi respondendo tentando mudar a conversa e despistar Larissa. Ludmilla agachou na beirada da cama e acariciou os cabelos da morena. Tinha o semblante tranquilo, mas o nariz estava vermelho de tanto chorar. A negra sentiu um aperto no coração. "Meu Deus o que é isso!? To ficando louca!" Tanto alisou os cabelos de Brunna que ela acordou.

- Ludmilla... – seus olhos encheram de lágrimas.

- Oi meu anjo, calma. Eu estou aqui. – abraçou-a aconchegando-a em seu colo.

– Quem fez isso com você? Te machucaram?

- Não. Mas levaram meu dinheiro. Eu não percebi o garoto se aproximando, tinha acabado de falar com minha mãe no telefone, estava distraída. Eu não... – recomeçou o choro.

- Calma, não chore. – Ludmilla beijava o topo de sua cabeça. – Pelo menos você está bem, isso é o importante. – a afastou um pouco e falou sério.

– Você viu quem fez isso?

- Não, ele saiu correndo, só depois que achei minha bolsa jogada no chão.

- Se eu pego um filho da puta desses, não sobra nem a alma pra ir pro inferno. Brunna voltou a chorar e Ludmilla a abraçou.

- Quer sair pra dar uma volta? Brunna hesitou e Ludmilla insistiu.

- Vamos, você distrai e daqui a pouco esquece. Prometo te trazer de volta sã e salva. Brunna ouviu vozes do lado de fora e perguntou:

- Quem está lá fora?

- Os meninos e sua amiga Larissa. A bailarina se surpreendeu, ainda mais por Ludmilla estar dentro do quarto dela. Pensou no que Larissa estaria achando disso.

- Vamos? Vou te levar pra um lugar bem legal que conheço, tenho certeza que vai gostar. Brunna se levantou e esfregou os olhos parecendo uma criança. Olhou para o espelho:

- Nossa, eu to horrível!

- Está linda. Troque só de roupa, porque sair de pijama não seria uma boa. Apesar de eu achar que está uma graça. – Ludmilla se referia ao pijama rosa com borboletinhas que Brunna usava.

– Vou me virar e você troca de roupa, pode deixar que eu não olho. A morena ficou desconfiada, mas escolheu um vestidinho prático e rapidamente trocou pelo pijama. As duas saíram do quarto e Brunna foi recebida com

sorriso pelos garotos.

- Ah, acordou a bela adormecida. Eu desconfiei que Larissa tivesse te dado um chá de apagão. Você não acordava mais. – Renatinho brincou.

- Eu dei foi água com açúcar mesmo.

- E aí Brunna, se sente melhor? – Pedro perguntou.

- É, vai passar, não tem mesmo o que fazer. – respondeu triste.

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