Capítulo 43

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Ludmilla acordou cedo, ou melhor, nem dormira direito. Tomou um banho frio, vestiu uma roupa toda preta e quando saiu deu de cara com a mãe no quarto.

- Essa cara de choro é o que?

Ludmilla contou tudo à mãe e disse que tomaria uma decisão cortando o mal pela raiz. Chegou em seu escritório e pegou Rômulo chegando também.

- Bom dia Ludmilla. – falou sorrindo.

- Vem na minha sala que quero falar com você. – falou serio.

Ele a seguiu e mal entraram ela se virou e falou sem rodeios.

- Está demitido!

- O que?! – arregalou os olhos.

- Está demitido! Não vou repetir.

- Você não pode me demitir!

- Por que não? O escritório é meu e aqui trabalha pra mim quem eu quero e quem quer me ver bem, o que não é o seu caso. Sabe Rômulo, sempre achei que você seria um excelente parceiro. Gosto do seu trabalho, do profissionalismo, mas você não tem caráter pessoal. Não sei por qual motivo tem interferido tanto na minha vida nos últimos anos. Por acaso gosta de Brunna?

- Que isso! Sabe que não, sou gay ora bolas. – falou nervoso.

- Então sinceramente eu não entendo, se dissesse que gostava dela eu até perdoaria. Com que intuito você envenena nosso relacionamento então, eu não sei. É desde o início e quando nos separamos você pareceu gostar.

- Claro, você a enganou e traiu. Quando ela descobriu, eu fiquei aliviado.

- Não por isso, mas gostou de nos ver separadas. Por que hein?

- Você não a ama, você envolve as pessoas e depois as joga fora. Fez isso com Brunna e ela não merece ser enganada de novo. Ela merece alguém melhor, como Vera, por exemplo, é uma pena que o relacionamento delas não tenha ido pra frente.

Ludmilla ouviu aquelas palavras como uma facada no estômago, Brunna não havia falado sobre o relacionamento dela com Vera. Rômulo percebeu a gafe, mas tentar consertar não dava mais.

- Some daqui, vou pagar o que você tem direito e quero te ver longe da minha vida. Você fala que não tenho coração, mas só envenena as pessoas e vai acabar sozinho por isso.

- Vou procurar meus direitos sim, você vai saber disso na justiça. – ameaçou.

- Me processe mesmo Rômulo e nunca mais conseguirá emprego em lugar nenhum do país.

O rapaz engoliu em seco e saiu nervoso batendo a porta, por pouco não passa por cima de Thaissa. Recolheu suas coisas e foi embora. Ludmilla ligou pra mãe e contou tudo.

- Fico com pena de tia Bete, ela vai ficar muito triste.

- Calma filha, Bete sabe entender as coisas, eu converso com ela. Thaissa bateu na porta e Ludmilla pediu que entrasse.

- Bom dia. – sorriu a menina.

- Thaissa, senta aí que vamos conversar.

Como pediu, a menina sentou e aguardou assustada o que a chefe tinha pra falar.

- Acabei de demitir Rômulo por razões que eu explico depois. Então você agora está responsável pelos processos que ele estava advogando. Fique tranquila que te dou todo o suporte que precisar e vou contratar mais uma pessoa para trabalhar com você. Thaissa estava atônita, mal conseguia se mexer. Ludmilla levantou da cadeira onde estava e sentou no sofá, encostou a cabeça e botou as duas mãos na testa num gesto preocupado.

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