No dia seguinte Ludmilla foi trabalhar e deixou Brunna no apartamento dela.
No escritório, Rômulo tentava entender o comportamento de Ludmilla.
- Não entendi o motivo daquela sua cara num dia lá no sitio da família de Brunna.
- É que ela não queria... namorar.
- Claro, na casa dos pais, você ficou doida?
- Eles não iam ver.
- Ludmilla, entenda, Brunna ainda é nova, não tem esse jogo de cintura que você tem. E já pensou se os pais descobrem? Botam ela pra fora de casa.
- Você acha? Queria mesmo te perguntar se percebeu algo lá.
- Deles não muito, mas pelo jeito dá pra notar que eles são conservadores demais. E a cunhada é mais cismada, não fala muito, mas observa pra caramba.
- Ela falou algo?
- Não, mas ficou de olho. E o que você achou da viagem? Não tive tempo de perguntar antes.
- Eu gostei.
- Só? Esperava mais empolgação.
- Ué, dizer que gostei, não é empolgado?
- Ludmilla, te conheço. Quando você gosta mesmo não para de falar sobre o assunto. A negra parou um pouco, respirou fundo e depois falou pausadamente.
- Eu gostei da viagem, adorei conhecer a família de Brunna. Só não gostei de não ter privacidade com ela. Mas isso acho que é porque me acostumei ao ritmo daqui. Fiquei pensando nas coisas que me falou.
- Que coisas?
- Nas diferenças que temos de família, financeira, de maturidade. Eu sei que Brunna ainda é muito inocente, às vezes imatura.
- Ela mudou um pouco.
- Sim, concordo, mas ainda age como se fossemos um casal de adolescentes.
- De repente é porque ela ainda se sente uma e não é você quem vai mudá-la. Isso se muda vivendo, crescendo e aprendendo. Você sabe disso, o que não sabe é se vai ter paciência. Porque agora está tudo bem, ainda é tudo muito novo, mas quando caírem na rotina eu quero ver se vai aguentar.
- Por que você pragueja meu relacionamento?!
- Não estou praguejando. É uma advertência, todo casal passa por crise, sabe disso. Quando você enjoava, trocava de namorada.
- Não eram namoradas, eram no máximo ficantes.
- Mas trocava. Sinceramente não sei o que você viu nela, Brunna não é nem seu tipo físico. Você normalmente gosta de mulher mais alta, e no estilo perua. Ela não tem nada disso.
Rômulo saiu da sala deixando Ludmilla pensativa. Realmente Brunna não era em nada parecida com as mulheres que ficava, mas ela a amava. Adorava seu jeito, mas em algumas coisas realmente eram diferentes. Muitas vezes a indecisão da garota a deixava inquieta e até sem paciência. Brunna aproveitava as horas em que Ludmilla estava trabalhando para tocar dançar. E quando a negra estava em casa, as duas conversavam, namoravam e sempre faziam amor. Brunna nunca se sentiu tão feliz e para Ludmilla tudo era diferente e novo, aqueles momentos eram únicos. Vez ou outra comentava sobre a volta as aulas de Brunna e do tempo que não poderiam mais ficar juntas. Brunna percebeu até irritação nos comentários da promotora, mas sempre dava um jeito de agradá-la.
Uma segunda a noite, Ludmilla chegaria em casa mais tarde, pois não trabalhara no escritório de manhã por conta de uma audiência. Brunna aproveitou a última semana de férias e se dedicou a dar atenção a negra. A banda retornou aos shows e Renatinho conseguiu agendar todas as quintas em outro bar. E alguns sábados em um clube. O volume de shows aumentou a renda dos músicos e Brunna pode até guardar dinheiro. As aulas voltaram e por conta de trabalhos e provas Brunna dormia algumas noites no apartamento com Larissa.
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Melodia
ФанфикLudmilla é uma mulher linda, rica, bem sucedida, cobiçada. Brunna é uma jovem talentosa, meiga, que está lutando para subir na vida. Está estória é uma adaptação de um conto de Lisa Bee, que conta que o amor supera qualquer coisa.