Capítulo 30

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Brunna chegou em casa animada, tinha comprado presentes para todos e estava feliz com isso. Abraçou os familiares e depois foi brincar com Luisa.

- Neném, estava morrendo de saudade de você.

Como Cacau arrumou um trabalho de fim de ano e dona Mia tinha ido à rua, ela ficou com a menina por um bom tempo. Tinha um carinho tão grande por ela que só o fato de se separarem já lhe apertava o coração. Estavam brincando na sala quando Mirian voltou.

- Ela não dormiu?

- Que nada, ta acesa aqui.

- E você deve estar cansada filha, chegou de viagem e nem cochilou.

- Estou não, dormi no ônibus.

- Vou pedir um favor então. Fique mais um pouco com ela que eu estou nos preparativos do Natal.

- Fica tranquila que esse favor eu faço com prazer.

O natal na casa de Brunna sempre fora mais uma reunião familiar. Seu pai tinha muitos irmãos e todos vinham para a o sítio comemorar a data. Mirian já não tinha mais nenhum irmão vivo e por isso se juntava à família do marido. No dia vinte e quatro as tias se juntaram para começar a cozinhar os pratos da ceia. Brunna ficou por conta de Luisa, pois Cacau trabalhou até tarde no comércio. Pouco antes de chegar o restante da família, a morena chamou os pais e lhes deu o presente de Natal.

- Espero que gostem.

- E quem não gosta de presente? – Mirian falou.

Brunna entregou os presentes e os pais abriram. Jorge ganhou um kit portátil de ferramentas e Mirian um perfume.

- Pai, espero que seja útil.

- Nossa, bastante! – se animou.

– Vou levar comigo, tem tudo aqui dentro dessa malinha.

- Olha que beleza! Vou usar hoje na ceia. – Mirian falava do perfume.

- Que bom que gostaram. – Brunna falou satisfeita.

- Não precisava ter se incomodado, nem ter gasto seu dinheiro com a gente.

- Que isso, vocês fazem tanto por mim. Não custa nada retribuir.

Jorge olhou para Mirian e voltou-se para o guarda-roupa, pegou um envelope e entregou a filha.

- Brunna, conversei com sua mãe e achamos melhor não lhe dar um presente, mas sim um dinheiro para você poder comprar o que quiser. Assim você vê o que ta precisando. Não é um dinheirão, mas dá pra comprar uma coisinha. Brunna teve pena dos pais, mesmo estando apertados, queriam agradar.

- Não precisa disso gente, deixa que agora eu dou os presentes. – sorriu.

Abraçaram-se e depois foram para a sala. Brunna veio trazendo um presente para Luisa. Entregou a caixa toda colorida, deixando a menina entusiasmada. Luisa rasgou o papel e desembrulhou a caixa. Era uma boneca do tamanho dela e quando apertava a cintura, ela falava. Puxou a boneca pelos cabelos e foi arrastando pela casa. Achou graça da animação da menina. Os parentes logo chegaram e num instante a casa estava cheia. O papo era animado e a conversa rendia. A família de Jorge gostava de vinho e quando se juntavam, após alguns goles, só contavam piada e casos engraçados. As risadas eram ouvidas de longe. Na hora da ceia, se reuniram em volta da mesa, rezaram e depois comeram. Fizeram um amigo oculto e na hora de entregar os presentes era uma farra. Foram dormir bem tarde e ainda combinando de fazer um churrasco no dia seguinte.

Em Mauá Silvana preparou a mesa como sempre fazia todo ano, Bete cozinhou e Ludmilla, Rômulo e Renatinho ficaram na sala conversando. Quando deu a hora, todos foram para a sala de jantar. Sentaram-se à mesa e fizeram uma prece, depois comeram. Bete ficava sempre animada com Natal, após o jantar, se juntaram perto da árvore de Natal e Ludmilla entregou os presentes. Havia comprado no dia em que tinha saído com Brunna. Rômulo também entregou presentes e por estar com raiva da prima, não entregou o dela. Renatinho também levou presentes para Bete e Silvana e para Ludmilla deu um livro. Passado o feriado do Natal, Brunna foi para a casa na cidade e nas horas vagas aproveitava para estudar. Passeou com a sobrinha e se encontrou com alguns amigos, saiu com eles e matou a saudade de todos.

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