Conhecendo a culpa

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A culpa normalmente vem quando se foi feito algo que não nós orgulhamos, ela fica presa na nossa consciência e não sai enquanto nós não pagamos o preço suficiente para se livrar dessa culpa. Digamos que, devemos seguir a lei da troca justa mesmo que custe o nossos verdadeiros sentimentos.

Ele apagou o cigarro no braço da poltrona. Estava pensativo, tenso, preocupado com a coisa que iria mudar completamente sua vida. Seu namorado estava estudando para se torna alguém na sociedade. “Namorado” ele sorriu enquanto pensava nessa palavra engraçada, Eren era seu namorado há alguns meses, o mundo não sabia, apenas pessoas que confiavam.

Naquela manhã ele decidiu que iria deixar Eren ir viver a vida dele.

Não queria que o garoto que ele tanto amava entrasse em depressão de novo se soubesse que ele o deixaria. Bem pelo contrário, queria que Eren fosse viver sua vida como um jovem normal e deixasse ele para trás como um sapato velho.

Levi amava Eren, amava tocá-lo, amava seu cheiro de algodão doce e seu sorriso de criança marota. Gostava de foder ele até ficar roxo, como fez varias noites seguidas após melhorar de sua crise, queria poder passar o resto de sua vida com ele como se todos os dias fossem morrer pelo amanhecer e tivessem que aproveitará toda noite.

-Tenho que deixá-lo viver sua vida pacificamente...Eren não merece passar o resto de seus dias com alguém como eu. Ele tem um grande futuro, só conseguirá chegar lá se corta o peso em seus ombros. Que no caso, sou eu.

-Tchi! -Eren espirrou alto o suficiente para que todos na sala ouvissem. Ficou sem graça e afundou a cabeça no livro.

-Você está bem? -Sasha perguntou no seu lado.

-Sim...Apenas senti um pressentimento ruim.

Eren olhou perto de seu lápis um bilhete, olhou em volta e um garoto do outro lado da sala o fitava. Eren sabia quem era aquele garoto, ele já tinha ouvido falar sobre toda a sua carreira. Sua família era rica e ele era popular entre as garotas.

Eren pegou o bilhete desconfiado e leu.

Ouvi falar de você e gostaria de te conhecer, tenho algumas propostas a ti fazer, jovem Eren Jaeger.

Eren corou e virou o papel, o número de telefone dele estava no verso da folha. Rapidamente guardou o bilhete no bolso do casaco.

-Como assim cara? -perguntou para si mesmo.

Trim, trim, trim!

Eren se levantou rapidamente da cadeira e fugiu da sala sem dar atenção a um de seus colegas que o chamou. Ele andou entre os corredores e sempre olhando para trás para se certificar que aquele garoto que o mandou o bilhete não estava seguindo.

Ele passou pela área de alimentação e atravessou a rua até a estação de metrô. Ele comprou sua passagem e deu sorte de pegar um vagão vazio. Enquanto colocava os fones de ouvido, olhou os sapatos do passageiro a sua frente. Caros.

Sapatos de gente rica.

Ele levantou a cabeça e fitou o garoto do bilhete. Estava ali, olhando para ele com um sorriso amigável porém descontraído. Eren apertou as golas de seu casaco e olhou seus pés como se fossem as coisas mais importantes de sua vida. Nervosismo.

O garoto do bilhete se levantou e sutilmente sentou do seu lado. Ele tinha uma postura refinada e cheirava a perfume caro.

-Olá Eren. -ele cruzou as pernas e virou o rosto na direção do olhar de Eren, que tirou os fones e retribuiu o “Olá” do garoto com um sorriso. Encheu os pulmões de ar e tentou relaxar. Era só um estranho da sua turma, já tinha passado por coisas muito piores com Levi.

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