Conhecendo a paixão

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-Então quer dizer que você é gay?

-Descobri isso ontem, tive minha primeira relação sexual desse gênero. –Eren anotava alguma coisa sem eu caderno, que Connie não podia decifrar.

-Sempre te achei muito afeminado. –Connie termina seu milk-shake, eles estavam matando o tempo ali na área de alimentação.

-Ele é o amor da minha vida e eu quero passar o resto dos meus dias perto dele. –Eren apoiou a cabeça nas costas das mãos, ele olhou sonhador além de onde Connie podia entender.

-É aquele cara que veio te buscar naquele dia? –retrucou a resposta de Eren, que confirmou acenando com a cabeça. –Sempre achei estranho morar de graça na casa de um homem mais velho sem segundas intenções.

-Realmente nós éramos amigos mais...não preciso explicar o resto, não é? –Eren deu uma mordida em seu hambúrguer, depois tomou um grande gole em seu refrigerante.

-Soube que o Armin vai voltar semana que vem –Connie se espreguiçou na cadeira. –e digamos que ele quer muito te ver. Você é o melhor amigo dele enato é normal que isso aconteça.

-Estou ansioso para vê-lo...ele é o meu porto seguro, alguém que eu morreria para salvar. –Eren disse calorosamente enquanto observava as nuvens, estava um lindo dia, ensolarado.

-Tchu! –Levi espirou enquanto terminava seu e-mail para Zoe, estava respondendo as fotos enviadas do casal de gêmeos. Idênticos á Erwin Smith.

Parecem dois filhotes de rato albino, meus parabéns e felicidades. :D

Ele sentiu alguma coisa escorrer de seu nariz e rapidamente levou a mão até o local onde saia o liquido descontroladamente, cada vez em maior poção. A mão se ensanguentou e ele saiu correndo desesperado até o banheiro, ligou a pia e limpou o rosto, o nariz não parava de sangrar.

-Que merda é essa? –ele pegou seu quite dentro do armário da pia e se alto medicou. Colou um algodão na narina que estava parando de sangrar lentamente, mediu sua pressão e checou seus batimentos cardíacos. Tudo nos conformes; estranho demais.

Ele pegou um par de roupas limpos e se dirigiu ao banheiro, encheu a banheira com água quente. Assim que se despiu sentiu um calafrio em sua espinha e pulou rapidamente na banheira quase cheia. Observava a água e lembrou-se das coisas que fizera com Eren essa manhã, um sentimento bom mais quente.

Seu corpo esquentava de acordo com temperatura, apoiou a cabeça na borda da banheira e relaxou. Enfraqueceu-se e quase cochilou.

-Qual será o meu problema Deus? –ele borbulhou algumas bolhas na água. –Justo agora eu vou ter que preocupar o Eren, só pode ser sacanagem.

Após terminar seu banho ele vestiu um par de roupas moletom e se deitou na cama, sentia-se fraco e impotente. Tentou levantar-se mais suas pernas doíam, queria um chá e poder fumar um cigarro. Alcançou o telefone e abriu a lista telefônica, tinha a ideia de chamar um médico mais lembrou-se que era médico. Se autodiagnosticou com gripe e ligou para Eren.

Chamando...

-Levi? –a voz despreocupada de Eren sútil no máximo de volume no ouvido dele, fazendo-o recuar com o telefone para longe da orelha e fazendo sua cabeça doer.

-O-Oi Eren, está na sala? –ele foi direto.

-No momento eu estou lanchando com o Connie, estávamos discutindo uma palestra incrível! –Eren disse animado do outro lado.

-Parece divertido. –seu peito doía. –Hoje eu não vou te buscar, tudo bem pra você vir sozinho?

-Sim, mas, aconteceu alguma coisa com você? Sua voz está estranha. –Eren perguntou preocupado.

-Estou normal seu idiota, apenas tenho alguns problemas para resolver. –tentou gritar mais seu ar falhava.

-Tá então, depois não diga que eu ao me preocupo. –Eren disse desconfiado do outro lado da linha.

-O que você quer para o almoço?

-Sabe, hoje vamos fazer diferente, eu vou levar o almoço! –Eren disse empolgado.

-Estou ansioso pra te ver. –deixou as palavras escaparem e uma fina cascata de lágrima escorregou em seu rosto. A dor o consumia e sua visão se tornava borrada.

-Eu te amo, sabe disso não é? –Eren disse sapeca.

-Sei... –ele desligou e colou o celular cuidadosamente sobre a cômoda.

Se enrolou como uma bola em seu cobertor e tentou cair no sono, inutilmente pois tossia o tempo todo. Estava suando frio, algo não estava certo em seu corpo. Desconfiava que a profecia de seu amigo se cumprisse e ele não passasse desse ano, mil pensamentos negativos fluíam em sua mente e cada vez mais o jogavam no abismo. Quando pensava o pior o rosto de Eren aparecia em sua mente e uma faísca de alegria surgia em seus olhos, queria ele perto de si e sentir o calor de seus braços, acariciar a pele macia contra seus corpos se chocando.

-Não estou em condições de te fuder encima da mesa... –sussurrou enquanto se atracava em um travesseiro. –Meu pau tá tão duro que eu poderia fuder você travesseiro.

-Por que vai embora agora? –Connie perguntou enquanto Eren pagava a conta e escolhia alguns pratos.

-Meu homem está com algum problema e eu sinto que ele precisa de mim. –Eren disse enquanto pedia duas refeições.

-Seu “homem”...? –Connie ficou de boca aberta com a citação do vocabulário de Eren.

-Realmente alguma coisa está acontecendo em casa, meu instinto diz isso, além do mais o Levi nunca seria tão dócil desse jeito. –Eren pegou as compras e se apressou deixando Connie para trás.

O metro estava cheio e Eren demorou para chegar em casa, quando passou pela porta e viu a casa toda fechada adivinhou que Levi não estava nada bem. A temperatura estava muito quente e o frio que habitava as paredes não estava presente.

-Levi cheguei! –Eren correu com as compras pelos degraus e invadiu o quarto de Levi. Um lado cortinas cobriam a janela e deixavam um aspecto neutro no quarto, Eren avistou o corpo do homem coberto até o pescoço. Ele chegou perto e viu que Levi o encarava.

-Por que veio pra casa cedo? –perguntou indiferente. Eren se aproximou e colou a sacola encima da cômoda, ele sentou na beira da cama.

-Senti que tinha algo errado. –Eren disse calorosamente. –Além do mais estava com saudades. –Eren depositou um beijo gentil nos lábios de Levi, ele sentiu a respiração quente e o corpo do homem fervendo.

-Não chegue perto. –ele se virou e Eren tocou em seu pescoço.

-Deus, você está pegando fogo. –Eren tocou mais uma vez. –Sua febre tá forte.

-Eu vou melhorar, é só uma gripe. –ele tossiu.

-Eu vou cuidar de você. –Eren virou o corpo de Levi, estava molenga.

-Tem certeza? –ele perguntou com um olhar desacreditado.

-Absoluta. –Eren correu até o banheiro e pegou um quite de farmacinha que Levi tinha, encheu um copo com água e deu para ele. –Isso vai ajudar.

-Você está cuidando de mim por quê? –disse sarcástico enquanto tomava o comprimido.

-Ué, por que eu te amo. O que mais seria? –Eren retrucou e Levi resmungou.

-Nunca passei por isso antes... –sussurrou.

-Além do mais, se você não melhorar logo, quem vai me comer encima da mesa do jantar? –Eren disse rindo.

Levi deu um breve sorriso.

-Sinto em te decepcionar mais meu pau está saudável.

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