Conhecer a neve

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-Ah! -Eren gritou espantado. Ele acordará suando frio e assustado, em sua volta o quarto estava claro e à coerente de ar fria corria entre sua cama e janela aberta. As roupas sujas que antes estavam no chão já não estavam ali e às cortinas abertas que estavam fechadas na noite seguinte pareciam ter sido abertas bruscamente.

Automaticamente Eren se levantou e andou até o banheiro para fazer sua higiene matinal, ele se olhará brevemente no espelho e analisará as marcas roxas em seu corpo. Vestiu sua roupa mais discretas, quase escondendo seu corpo inteiro com uma calça solta e uma camisa longa com uma gola alta. Ele desceu lentamente a escada e segui até a cozinha, assim como imaginou, Levi estava preparando o café.

Eles não tocaram uma palavra. Eren sentou-se na mesa e esperou Levi servi o café na mesa, ele logo se juntou a Eren para o desjejum mais parecia incomodado com a presença de Eren. Eren encheu sua xícara de café e pegou um prato, colocou uma torrada com geleia e um pão francês recheado no prato, com o café na mão ele se direcionou para o balcão e terminou sua refeição.

Levi observou tudo atentamente e não ligou quando Eren se mudou para um lugar bem longe dele. Observou seu jardim e respirou fundo o cheiro que vinha da natureza. Ele já estava certo de que Eren não ia quebrar o silêncio, ele era teimoso e seu orgulho estava ferido, então Levi supôs que o papel de vilão era novamente dele.

-Uma hora ou outra você vai ter que falar comigo. -Levi disse discretamente.

Eren olhou de canto e ignorou as palavras de Levi como se ele fosse um pedinte na frente da igreja e Eren se passasse por um empresário milionário. Um a zero para Eren. Na mente de Levi ele não queria se reaproximar mais Eren estava vivendo na sua casa e ele ainda era o mandante ali.

-Se eu lhe ferir os sentimentos peço que me perdoe e compreenda a situação. Eu sou o dono dessa casa e eu que mando aqui, então apenas nós falaremos quando você decidir ir embora. -ele comeu um pedaço de queijo.

-Uma semana, é o tempo que preciso. -Eren disse seriamente, surpreendendo Levi que não esperava aquela resposta, não nessa hora.

-Entendo. -disse compreensivo. Eren levantou-se e subiu as escadas.

Ele vai tomar banho, pensou. Nem se preocupou de lavar os pires de Eren e nem se irritou com os farelos de pão que ele havia deixado espalhado pelo balcão.

Levi ficou um bom tempo fumando no mesmo lugar que havia tomado café da manhã, ele se aprenderá na proposta que recebeu na noite anterior e estava pensando seriamente em recusar e viver sozinho como Gabriel disse.

Esse é o bloqueio. Ele estaria fazendo aquilo que Gabriel disse que aconteceria, morrer sozinho. Se aquele garoto descobrisse que Levi era pai e casado, morreria de raiva pela felicidade dele. Essa hipótese fez Levi pensar seriamente em aceitar a proposta da amiga. Pouco tempo depois Eren passou rapidamente com uma mochila, iria estudar.

-Esse maldito nojento! -Eren gritou quando passou pela porta. Ele estava com sua habitual calça jeans e par de tênis, uma camisa manga longa preta e um casaco vermelho. Estava fazendo o possível para esconder qualquer vestígio de violência em seu corpo. Quando pegou o metrô se pôs a ouvir músicas que faziam parte de suas crises de tristeza, músicas depressivas que não ouvia à muito tempo. Elas o fizeram lembrar de todas as coisa ruins que Levi fez com ele, lembrou-se do primeiro assédio, do estupro, da declamação e do espancamento. Ele estremeceu e depois afastou os pensamentos ruins. Tinha que tomar decisões difíceis que fariam sua vida mudar definitivamente.

Quando chegou na diretoria certificou-se de falar com a maior autoridade ali, era um assunto pessoal e queria que ninguém soubesse, nem seus colegas de classe e muito menos seus amigos.

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