Os raios de sol que entravam pela janela fizeram Eren despertar incomodado com a claridade, ele resmungara e se cobrira até a cabeça. Falhando com a tentativa de voltar a dormir, observa ao seu redor. Estava sozinho naquele quarto esquisito. O lugar onde antes tinha o corpo macio de Gabriel agora estava vazio e arrumado.
Eren se sentou na beira da cama e reparou no bilhete a cima da cômoda, era com certeza a caligrafia de Gabriel. Elegante e bem escrita.
“Não quis te acordar, você estava tão fofinho dormindo. Tive que para resolver alguns problemas, pode ficar o quanto quiser e apenas não mexa nas minhas coisas. Sinta-se à vontade para comer qualquer coisa que encontrar na cozinha.”
-Ok então.
Eren se espreguiçou e saiu do quarto em direção ao banheiro. Ele fez sua higiene matinal e usou a escova que estava encima da pia, ainda na embalagem. Com certeza ele iria usar a de Gabriel mais, como o conhecia muito bem, comprou uma só para Eren não usar a sua.
-Que filha da puta, nem confia em mim, quer saber? Vou sacanear.
Ele abriu pegou a escova de dente de Gabriel e tirou da embalagem que a deixava limpa de germes, era branca e parecia nova em folha, só que não era. Eren aproximou a escova perto de sua boca e lambeu a superfície. Ele riu e colocou de volta no lugar.
Ele seguirá pela cozinha e abriu a geladeira. Farta de tudo que conhecia e não conhecia, assim como imaginava, Gabriel cuidava da saúde e mantinha estoques de comida. Eren pegou o galão de leite e encheu um copo, ele pegou um mamão e um pão francês, passou geleia de morango e levou tudo numa bandeja. Ele ligou a TV e começou a assistir oque estava passando no momento. Assim que terminou seu café da manhã ele limpou tudo e foi explorar o resto do apartamento, ele encontrou uma sala com uma academia montada. Havia um armário com roupas de exercício, Eren tirou seu short e vestiu uma bermuda laranja que era exatamente do seu tamanho.
Ele pegou a esteira e começou a descarregar sua energia correndo. Perdido em seus pensamentos ele tentou disfarçar seu tédio e mútua vontade de fazer uma coisa errada. Ficou lá, pelos próximos vinte e quatro minutos.
O suor que saía de seu corpo fazia-o lembre-se de Levi quando ia caminhar nas manhãs de sábado, também se lembrava quando das noites alucinantes que tiveram juntos e deram amor um para o outro. Ele sorria enquanto às boas memórias vinha em sua mente como um vento frio de inverno no meio da lareira, não eram apenas rosas mais os pequenos brotos que floresceram davam uma boa memória a se lembrar.
O rosto sem graça e sua voz rouca quando se falaram pela primeira vez naquele quarto de hospital, ele com seu jaleco branco impecavelmente limpo e passado, a caneta corretamente presa no bolso do peito e os cabelos bem arrumados. O melhor despertar da vida de Eren fora quando viu Levi pela primeira vez.
Ele saiu da esteira para tomar água e recuperar o fôlego. Olhou para seu braço, as veias saltitantes, a pele avermelhada. Porquê ainda estava vivo? Ele era um sobrevivente de várias tentativas de suicídio para quê? Acabar um garoto depressivo. Não. Eren deixaria seu lado sofredor para sempre e aprenderia a ser alegre e feliz.
Ele fitava seu braço. O sangue, seu sangue. Não era apenas seu sangue que corria ali, era o de Levi também. Querendo ou não, eles estariam para sempre ligados, era aquela linha vermelha do destino que os prendia. Eren concluiu isso, Levi era o destinado a viver sem sua vida para sempre mesmo se não quisesse, ele estava sem cada parte do corpo de Eren.
Imediatamente Eren correu para o banheiro, ele tomou um banho rápido e se vestiu com a mesma roupa do dia anterior, Gabriel havia colocado para lavar. Antes de sair deixou um bilhete no mesmo lugar onde Gabriel havia deixado o dele.
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Hurt
FanfictionUm milhão de pensamentos surgiram em minha mente naquele segundo. Nós não podíamos continuar fazendo isso, teria que continuar ou tinha que de acabar agora. Ele estava interferindo nos meus planos, no meu sono, na minha cabeça e principalmente na mi...