Finais são difíceis. Qualquer idiota com um teclado pode escrever um começo, mas termina aquilo que você começou é complicado –assim como desenhar, costurar, falar ou reagir – Finais são impossíveis. Você tenta ligar todos os pontos e tenta deixar a história com um sentido no final. Os fãs sempre vão reclamar, sempre haverá buracos. E como é o final, deveria ter um bom desfecho, sem choro e apenas sorrisos. Não chorar, não é uma opção, talvez alguém não chore, mas oque eu posso fazer em relação à isso? As lágrimas serve para deixar os olhos mais brilhantes.
Lembre-se disso quando te der vontade de chorar por alguma coisa banal.
E oque iria acontecer nesse final? Como ficariam nossos heróis? Levi e Eren ficariam um bom tempo sem se ver. Talvez fosse possível deles se encontrarem nesse final e todas as coisas se resolveriam, mas não estamos na Disney com seus finais felizes e muito menos no universo de Game Of Thrones onde tudo termina em sangue. Estamos num poema de amor escrito por um bêbado que foi deixado pela esposa e filhos, ele era fã de Edgar Alan Poe e seu trabalho diário era assassinar charlatões e roubar seus pertences.
Chega de inspirações, motivos ou qualquer coisa que impeça de contar o final dessa história. Como eu havia dito, Levi e Eren ficariam um bom tempo sem se ver. E Levi tem o final de sua história, nesse curto período de tempo.
O hospital era branco e limpo. Era um prédio imponente, construído com requinte, com uma magnifica vista da capital. Levi o detestava. Havia começado a odiar aquele lugar, depois de se afastar. No interior, os pisos possuíam expressos carpetes e diferente do cotidiano normal, a conversa era em voz baixa. Estava odiando aquele silêncio controlado e o ruído abafado de passos.
Esperou na sofisticada sala de Erwin, decorado com papel de parede e estantes repletas de livros de Justin Karter. O clima do Sul invadia o recinto através de uma ampla janela. A luz solar da manhã derramava-se sobre diversas plantas verdes. Distraído, especulou sobre o motivo daquelas plantas estarem travando uma luta pela vida e normalmente perderem. Rindo, esfregou os dedos na testa, tentando acabar com a insistente dor de cabeça concentrada em um ponto no meio das sobrancelhas.
O cheiro de antisséptico lhe traziam conforto, misturado com aquele ar frio. Quando ouviu a porta se abrir, parou e se virou devagar. Smith entrou. Ele havia deixado a barba crescer e as bochechas estavam com um tom de rosa saudável. Seu semblante era sério.
- Parabéns. -estendeu-lhe a mão, num cumprimento breve.
-E então? -ele foi direto. Sua preocupação estava no ápice.
-Por favor, sente-se. Quer um pouco de café?
-Não, obrigado. Mais aceitaria um uísque. -ele engoliu. A garganta estava seca. -Gostaria de ver primeiro minha esposa.
-Há algumas coisas que eu gostaria de discutir com você.
Erwin o observou umedecer os lábios, seu único sinal de inquietação.
-Depois que eu a ver.
-Ok. -Smith o conduziu para fora da sala.
Ambos caminharam pelo tranquilo e acarpetado corredor que levava aos elevadores.
-Levi… -começou ele.
-O que foi?
-Não quero que fique chocado pela aparência, ou que me culpe por não ter feito mais por ela. -os dois entraram no elevador juntos. -Havia feito um grande progresso durante o parto, mas partiu prematuramente, como você sabe.
-Por favor -disse Levi aborrecido. -Não seja delicado. Sei muito bem do estado dela, sei muito bem, melhor do que você.
-Ela travou muito bem essa batalha contínua.
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Hurt
FanfictionUm milhão de pensamentos surgiram em minha mente naquele segundo. Nós não podíamos continuar fazendo isso, teria que continuar ou tinha que de acabar agora. Ele estava interferindo nos meus planos, no meu sono, na minha cabeça e principalmente na mi...