- Outra vez! Precisa estar melhor. Por favor solistas tenham um pouco mais de empenho! - Bárbara e seu irmão olham para o ex dono do teatro já com insatisfação. Mas ele não se importou. Tinha que entregar a produção em perfeita ordem. Não via a hora de que tudo estive terminado. Não suportava mais tudo aquilo. A música recomeçou e todos começaram a fazer de acordo com seus papéis. Christine, como sempre, se apresentava no corpo de balé e cantava ao mesmo tempo. Erik já preparava seu próximo plano. Fizeram tudo outra vez.
Erik caminhou sobre as vigas do teto, onde estavam presos parte do cenário. Notou que os novos donos chegavam para ver os ensaios. Que maravilha!O antigo dono fez as devidas apresentações e sugeriu que Bárbara cantasse uma área. Era a hora perfeita. Esperou Bárbara ir para uma certa posição, enquanto ela cantava, fez o cenário cair. Ninguém se machucou como ele havia calculado, mas Bárbara estava pálida pelo susto e Meg logo estava gritando no meio de todos.
- O fantasma da ópera! - O contrarregra se apresentou para logo se isentar da culpa. Embora Erik soubesse que ele vivia cochilando. Às vezes vinha a calhar.
- Não olhem para mim cavalheiros, eu estava em minha posição. Isso é mais uma obra do fantasma.
Houve um alvoroço no palco. O corpo de balé falavam em cochichos enquanto Bárbara parecia cada vez mais aborrecida.
- Sabe do mais? Isso não é mais problema meu. Cavalheiros, façam bom proveito.- Mas... - Began falou já vendo Bejamin sumir pela porta de saída do palco. - Afinal... Que história é essa de...
- Não aturo mais essas coisas! Estou cansada de temer que coisas caiam sobre a minha cabeça. Enquanto essas coisas continuarem acontecendo. Isso aqui - Barbara apontou para si mesma, cheia de altivez. - Não vai mais acontecer. Vamos Antônio! - Seu imão a seguiu e deixou os novos donos boqueabertos, totalmente desorientado. Erik quase cai na gargalhada. Falou para si mesmo, parecendo querer passar ordens com a mente.
- Vamos madame. Entregue o bilhete. - Madame Giry cessou o alvoroço novamente e se aproximou dos cavalheiros que pareciam perdidos. O plano do Erik parecia dar certo. Estendeu o papel dobrado ao meio que tinha muitas instruções e exigências.
- Senhores, o fantasma nos deixou suas recomendações. - Began pegou o papel e caminhou para junto de Hoston. Hoston se adiantou para junto de Giry e perguntou intimamente.
- Que fantasma é esse que todos falam Madame? Não acredito em espiritos nem assombros.
- Esse fantasma ergueu esse teatro senhor. Lhe dê ouvidos e não vai se arrepender. A bem da verdade, não ouvi-lo será a maior tolice da sua vida. - Após ler os dois caíram na gargalhada.
- Espere até o Visconde ler isso. - O outro falou entre sorrisos.
- Não vão querer esse espectro contra vocês. - O contrarregra falou espantado. - Ele destruirá qualquer espetáculo que tentarem estrear. Já aconteceu antes.
- E pelo visto aconteceu agora. - Hoston falou sério novamente. - Como vamos estrear sem solista.
- Se me permite... - Giry foi até Christine e a trouxe para a frente. - Essa jovem conhece todo o espetáculo e fará os solos muito bem.
- E é agradavelmente melhor as vistas. - Hoston falou risonho. Erik se sentiu enciumado. - Então moça, qual o seu nome?
- Christine Daaé. - Ela parecia assustada. Erik temeu que ela não fosse conseguir.
- Daaé? Seu pai era um grande musico. Lastimo sua perda. - Ele falou realmente sentido.
- Obrigada.
- Ótimo, ótimo. Nome já tens. Agora mostre o que sabe. - Began falou impaciente, o outro o olhou incomodado.
- Maestro, música. - Giry falou séria.
Todos aplaudiram ao fim da sua apresentação. Erik exultou porque seu trabalho havia dado certo. Mas esperou pela resposta dos homens.
- Ótimo. Temos uma bela solista. Continuem os ensaios. Antônio tem um substituto?
- De certo que posso conseguir. - Giry falou risonha.
- Então bom ensaio a todos.
-Senhores posso dar uma palavra com os senhores?
- Sim madame. - Os três caminharam para junto da porta de saída e conversaram intimamente.
- O fantasma quem preparou essa moça para ocasiões assim. Ele sabe o que faz. Sigam suas ordens e tudo dará certo.
- É fácil remediar o mal que ele mesmo causou. Não temos intenção de nos tornamos reféns de um ser... Que para mim, madame, não passa de um homem engenhoso... Mas vamos conversar com o Visconde. Quem sabe não trazemos esse fantasma à luz. - Os dois partiram deixando Giry muito assustada. Aquilo era muito ruim. Erik conseguiu dois inimigos, e com toda certeza, o Visconde também não acreditará em fantasmas.
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Uma Vez Mais
FanfictionErik estava debruçado sobre o seu companheiro de solidão, seu piano era o seu único alento. - Ah Christine ! - Suspirou. - Tenho que sentir você uma vez mais, e me sentir vivo outra vez. Baseado na obra - O Fantasma da Ópera - Andrew Lloyd Webber