Amor de mãe

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Christine estava em seu quarto treinando a música. Estava cada vez mais apaixonada por aquela música. Erik com certeza falava deles ali. Falava dela. Falava de uma vida que ambos não tiveram ainda a oportunidade de viver, mas que o sentimento que ambos nutriam continuava cada vez mais forte. Gustavo lhe ouvia encantado. Ele aplaudia todas as vezes em que ela terminava. Mesmo ainda havendo erros ali. Estavam se divertindo.

Já era o fim da tarde, como de costume, Raul já não estava. E ambos nem se quer podiam dizer que sentiam a sua falta. Mas repentinamente alguém bateu na porta. Gustavo foi atender, Christine continuou no piano, mas observava a porta, a fim de saber quem era.

- Senhoras! Podem entrar. - Gustavo reverênciou Meg e Giry que acharam sua ação uma graça. Christine se levantou e caminhou até elas sorridente.

- Que bom vê-las. Imagino que veio ouvir o andamento dos meus ensaios, madame. Devo advertir que não está perfeito, pois comecei hoje. Acho que não passou nem 3hrs que nos vimos.

- Não vim para isso, querida. Esteja tranquila. Apesar de ser apenas uma música, imagino que esteja quase pronta. Lembro do seu potencial muito bem. - Christine sentiu um pouco de ironia nas palavras de Giry.

- Sim. De fato, o que fez com que viessem até nós então? - Ela estava estranhando tudo aquilo.

- Meu assunto é com o pequeno cavalheiro. - Meg falou risonha. - Vim convidá-lo para um passeio. Conhecer um parque maravilhoso que temos aqui perto.

- Isso seria ótimo. Podemos ir mamãe?

- Você irá com Meg, querido. - Giry fala em tom de ordem. Christine não gostou nada daquilo. Ela não era tola, pelo jeito Giry queria conversar à sós com ela. E Meg estava desiguinada a tirar o seu filho de perto. Decidiu não relutar. Tinha certeza que Meg não faria mal a Gustavo.

- É querido, mamãe tem que continuar a trabalhar. Mas pode ir com Meg, tenho certeza que será divertido.

- Sendo assim, vamos senhorita. Vou buscar o meu casaco.

- Está na cadeira perto da sua cama. - Ele correu para buscar. Christine se virou para Meg e falou com seriedade na face.

- Por favor, tenha cuidado com ele. Sei que sua mãe quer ter um particular comigo, confio no bom senso de ambas.

As duas se olharam transparecendo desconfiança. Não esperavam que Christine estivesse tão direta em suas colocações. Nada disseram, Mag apenas positivou. Quando Gustavo retornou, ela lhe abriu um sorriso e lhe ofereceu a mão. Ele aceitou. Beijando sua mãe em despedida, saiu em seguida.

Giry se ergueu, ficando ainda mais esguia. Christine a achou ameaçadora. Mas nada disse. Ficou em silêncio esperando que ela começasse. E assim ela o fez.

- Christine... Não sei se imagina o que me trouxe aqui, mas eu vim falar do Erik.

- E o que deseja falar sobre ele, minha senhora?

- Eu serei muito direta, pois vou apelar para o pouco de dignidade que ainda resta em você mocinha... - Christine levou a mão a boca devido o susto que tomou. Por que ela estava sendo tão agressiva com ela.

- Por que me toma madame? O que lhe fiz?

- A mim? Nada. Mas ao Erik fez, e muito. - Ela se precipitou para cima de Christine com o dedo erguido tentado ser ainda mais assustadora e impositiva. - Eu os vi. Você não tem vergonha? Traiu o seu marido em pleno palco sem receio ou pudor de ser vista. - Christine abaixou os olhos e andou alguns passos nervosa. Giry a seguiu. - Ainda está tentando envolver Erik nas suas mentiras!

- Do que fala? - Ela falou tão medrosa que a voz mal saiu.

- Dizer que aquele bastardo é filho do meu Erik. Isso é o cúmulo da canalhice.

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