Capítulo 7

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Will e Juliet chegaram a Londres na manhã seguinte. Juliet colocou a cabeça para fora do coche, feliz por estar de volta à cidade.

— Não é maravilhoso estar de volta? — Riu feliz, mas Will permaneceu sério e distante.

— Will? O que você tem? Está com essa cara fechada desde que nos encontramos!

Ele suspirou, desalentado.

— Não é nada, Juliet.

— Deve ficar feliz por termos nos livrado dos malfeitores! Você foi muito bravo e corajoso!

— Sim — ele respondeu distraído.

— Ah... Já sei por que está com essa cara! Está preocupado porque vai ver a Liliana!

— Não é nada disso! — Will desconversou. — Agora, por Deus, pare de me atormentar.

Juliet se calou e deu de ombros, ocupando-se em admirar a paisagem.

Will voltou a se fechar em pensamentos sombrios. Por mais que tentasse, não conseguia parar de pensar na bandoleira, mas tinha que parar com aquele desatino. Assim que deixasse Juliet em casa, iria ver Liliana. E assim, finalmente na presença tão almejada de sua saudosa noiva, esperava tirar de vez a bandoleira de seus pensamentos.

****

— Está quieta, Belle.

Belle olhou para Jack.

— Não tenho nada pra falar, por que perder meu tempo falando asneiras, igual você?

— Ei... que grosseria! Está esquentadinha assim desde que foi ludibriada pelo duque almofadinha.

— Eu não fui ludibriada por ninguém, entendeu?

— Mas você deveria tê-lo vencido e ao contrário, o duque a obrigou a perambular com ele pela floresta a noite toda!

— Eu poderia ter fugido quando bem entendesse!

— Sei... mas como culpá-la? O duque até que era bem esperto com a espada. Ainda bem que conseguiu fugir antes que ele a entregasse ao guarda!

Belle desviou o olhar. Quando encontrou os amigos, se furtou de dizer a eles que o duque permitiu sua fuga. Porque não queria que eles fizessem mais perguntas do que já estavam fazendo. Tinha medo que eles descobrissem que o duque a beijara. Era tolo este pensamento, mas não podia deixar de ter medo. Porque infelizmente não conseguia parar de pensar no beijo proibido.

— Agora me diz, Belle. Ainda não ficou muito esclarecida essa história de passar a noite com o duque...

— Passar a noite? Que passar a noite? Eu não passei a noite com ninguém!

— Não foi neste sentido que eu quis dizer, apesar de... deixa pra lá — ele desconversou.

— O que quer dizer, Jack?

— Quero dizer que você é bonita. E se eu fosse o duque com certeza aproveitaria o fato de ter você a minha mercê.

— Pois nada aconteceu!

Jack deu uma risadinha.

— Ele não te quis, é?

— Cala boca, Jack! Não me interessa se queria ou não! E se aquele duque de uma figa tentasse alguma coisa ele ia se ver comigo! Não sou nenhuma idiota!

— Eu sei. Pois venho tentando convencê-la a voltar a dormir comigo faz tempo.

— Eu já falei para desistir! Não vou voltar a ter nada com você e nem com homem algum!

Entre o crime e a nobrezaOnde histórias criam vida. Descubra agora