Capítulo 46: Poderio, a Palavra do Rei

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Os heróis estavam reunidos nos aposentos do falecido conde Oscar debatendo como salvariam o Francisco, foi quando Vitor teve uma ideia. Abraçado ao seu livro ele respirou fundo e disse:

—Eu sei como podemos salva-lo. Na verdade se tudo der certo podemos até mudar esse mundo sem derramar muito sangue.

—Parece bom de mais pra ser verdade —Comentou Ed.

—Bem, o quanto vocês acreditam que o Francisco realmente tem a palavra lendária?

—Cem por cento —Respondeu Phao —Uma palavra que é um símbolo? Mesmo de costas senti toda minha pele se arrepiando e...

—Uma vontade de se ajoelhar —Completou Bartolomeu.

—Exato —Concordou Phao —A palavra dele é de uma grandeza absurda. Qualquer Gemido deve ficar ciente disso.

—Então, podemos fazer o Clark tomar o lugar do conde Olavo e quando Francisco passar no grande teste será o Clark quem ditará as regras.

—Que ideia incrível!—Elogiou Win —Assim podemos acabar com o atual sistema de governo dos condes e sem guerra!

—Só tem um problema, deter o conde Olavo —Disse Xena —Ele é muito mais forte do que o Oscar que matamos. E ainda detê-lo sem sermos vistos? Acho que é quase impossível.

—Eu posso cuidar disso —Vitor se comprometeu abrindo seu livro e liberando um show de luzes que fez todos recuarem alertas —Não precisam ter medo. Esse é meu livro das sombras, com ele posso fazer magia em nome da minha mãe.

—E eu achando que era um livro de contos eróticos —Brincou Dylan.

Vitor desde que aparecera não largava aquele livro, algumas vezes comentou que sua mãe tinha previsto que ele seria um herói, mas o rapaz se sentia muito inseguro quanto aquilo. Mas dessa vez faria tudo que estivesse ao seu alcance para ajudar o grupo.

—Espera aí! Magia da sua mãe?—Dylan começou a juntar as peças —Seu nome é Vitor Dahomey! Dahomey! É isso! Você é um semideus! Eu conheci a sua mãe!

—Um semideus? Tipo o Percy Jackson?—Perguntou Shania.

—Você conheceu a minha mãe?—Vitor perguntou ficando de pé.

—Erzulie Dahomey, a deusa africana do amor! Ela foi uma dos cinco deuses que foram até a Terra 69 realizar meu teste para me tornar um deus do amor.

—Que mundo pequeno —Phao comentou.

—Eu diria que multiverso pequeno —Corrigiu Dylan sorrindo.

Vitor sentiu seu coração acelerar, tinha visto sua mãe poucas vezes na vida. Ele se sentia bem próximo do Dylan, seria por terem uma ligação até pouco tempo desconhecida?

—Vamos todos descansar um pouco, antes do amanhecer temos que colocar nosso plano em prática —Disse Phao.

Vitor se deitou, mas não conseguia desligar a mente, saber que aquele cara podia lhe dizer algo sobre sua mãe o deixava pilhado. Ele decidiu ir falar com ele e quando abriu a porta levou um susto ao ver Dylan prestes a pegar na maçaneta.

—Nossa, que prático. Nem precisei te chamar.

—Eu quero conversar com você!—Vitor disse determinado.

—Imaginei isso, vem comigo —Eles foram para um salão todo acolchoado com dezenas de almofadas, sofás e véus —Que sala exótica.

—Como é a minha mãe?! —Vitor foi direto —Eu a vi poucas vezes na vida e nunca foi um "encontro de família".

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