Phao levava uma vida pacata na Terra 24, bem, pelo menos até aquele dia quando tudo mudaria para sempre. Acordou com um estranho barulho, recebeu um telefonema de sua amiga Alisha lhe contando sobre uma mulher pelada que aparecera no meio de uma pal...
Palavras, tudo no mundo se resume à isso, neste em especial cada pessoa é definida por uma, mas poucos são aqueles que podem reconhece-las e menos ainda as que podem decifra-las. Como enxergar essas palavras? Alguns diriam que se tornando muito próximo de uma pessoa, entretanto é no momento de êxtase quando alguém se despe de suas armaduras e se desnuda para sua verdadeira essência que a palavra realmente brilha. Qual é a melhor forma para isso? Transando é claro. Quando dois, ou mais, corpos se unem, quando os hormônios e energia sexual são liberados, a palavra vem à tona.
Quando Phao desceu as escadas de sua casa naquela manhã, estranhando a grama e gravetos espalhados para todo lado, ele não podia imaginar o que iria encontrar lá embaixo, claro que ouvindo sua amiga gritando ao telefone sobre uma mulher pelada, que surgiu do nada no meio de uma palestra na escola, não o ajudava à prestar atenção. O garoto enfim viu a fonte do estrondo que acabara de ouvir.
–Meus... Deuses!
Vamos rebobinar um pouco e começar pelo início. Phao era um jovem tailandês de 17 anos, quase 18, estava no terceiro ano do ensino médio, morava no Brasil desde a oitava série, desde aquela época tinha que aturar trocadilhos com seu nome que era considerado fálico naquele país.
–Eu te desafio a pegar na cabeça do "Phao"! –E todos caíam na risada.
–Rola você pode me ajudar? Opa, desculpa, errei seu nome. Cacete? Piroca? Neca? Pau! É isso! Pau, espera! Eu estava brincando.
Tirando esses trocadilhos ridículos, a vida de Phao era bem pacata, mesmo a Terra 24 sendo bem caótica, sua melhor amiga se chamava Alisha e esbanjava empoderamento com seu cachos volumosos. Quanto sua vida amorosa... Ele já tinha dado uns pegas com algumas garotas, mas ainda era virgenzinho da Silva. Phao tinha uma invejável coleção de DVDs pornográficos e era um punheteiro de carteirinha, só assim para extravasar seus muitos desejos sexuais.
–Silêncio na sala! –Gritou o senhor Torres, o professor de matemática que odiava tudo e todos –Temos um aluno novo, odeio apresentações, então ele vai falar seu nome e se sentar caladinho em seu lugar, caso queiram saber alguma coisa, perguntem a ele depois!
Phao, assim como todos o outros, ergueu o olhar curioso, seria alguma garota? Talvez fosse a paixão de sua vida. Afinal, todas as comédias românticas colegiais começavam com um aluno novo chegando. Para sua surpresa um garoto asiático entrou, vale ressaltar que era do tipo bonitão. "Ótimo, já estou até vendo vou ser chamado de asiático feio e ele de asiático bonito".
–Bom dia, eu me chamo Win, sou tailandês, me mudei para o Brasil há pouco tempo...
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–Eu disse sem apresentações! –Gritou o senhor Torres. Phao demostrou interesse ao ouvir que ele também era tailandês. "Win?! Droga vão me chamar de Loser". Mas os comentários foram para outro lado.
–Outro tailandês? Por um segundo pensei que ele ia se chamar Vagina –Todos caíram na risada. Até sua amiga, Alisha, ria como se estivesse tendo uma convulsão, Phao a fuzilou e ela tentou conter o riso.
