Capítulo 23 - As suspeitas de Ágata.

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Enquanto isto, Ágata contava algo que percebeu sobre Kaio a Daniele e Marina. Ela lembrou que num karaokê que foram todos juntos, Marin e Kaio estavam muitos animados cantando juntinho. Parecia que existia algo, um romance, e reforçou a fofoca com as colegas maldando o porquê daquela briga escandalosa.

—Vocês se lembram de quando fomos justos ao karaokê no sábado retrasado? —Ágata perguntou.

—Sim. — As duas disseram.

—Cantamos em duplas e revezamos. — Daniele disse.

―Foi muito bom! ―Marina disse.

—Sim. Eu cantei com o Denis, depois cantei com Kaio e ele depois com Marin.

—Sim!—Todas disseram concordando.

—Eu tentei beijá-lo naquela noite. — Ágata revelou sussurrando.

—Foi?— Daniele disse.

—Ele não deixou! Fugiu do meu beijo!— Ágata disse ressentida.

—Sério!?—Marina disse quase mangando.

—Virou o rosto e me deixou sozinha, olhando para o tempo.

—Eh!?—As duas disseram.

—Eu cantei aquela música toda derretida para ele, e ele nem ai para mim, foi mais gelado que picolé na Antártida.

—Foi?— As duas disseram.

—Sim! Mas percebi que quando ele cantou com a besta da Marin, eles cantavam diferentes. Sorridente! Juntinhos! Com olhares!

—Não notei. —Daniele disse.

—Acho que ele gosta dela, ficaram juntinho naquela música romântica. —Ágata disse lamentando.

—Eles cantaram roque, Ágata!— Daniele lembrou.

—Era rock?—Ágata perguntou.

—Sim!—As duas disseram.

—Bem que agora me lembro: você me vez perceber, sendo uma música tão agitada e forte; eles estavam noutro ritmo, porém com muito em sintonia física― Marina disse percebendo. ― Eles ficaram bem próximos, pensei que ia se beijar!

—Também notei. —Ágata concordou.

—Então seria por isso que ele não te quis, Ágata? — Daniele perguntou.

— Kaio está afim de Marin.— Marina concluiu. — Que babado!

—Isto é que é estranho, porque ele não demonstra. Parece tão frio com ela, tão distante! —Ágata disse desconfiada.

—Acho que é tímido, não quer revelar seus sentimentos, tem medo dela rejeitar por sempre ela destratá-lo. —Daniele supôs.

—Hoje não me pareceu. Eu vi firmeza nele. —Ágata disse. — Gostaria que fosse assim todo dia, para colocar Marin no seu lugar, lá embaixo do tapete.

—Não seja tão má com ela. —Marina pediu.

—Não tome as dores da sua amiguinha "Bigstar". Ela é fútil e safada, me roubou dois namorados.

—E era seus? Eram apenas paqueras. —Marina disse. — Nada sério!

Já na sala de Kaio, Marin entrou bufando para tirar satisfação com Kaio sobre seu texto rejeitado.

—Kaio! O que pensa que está fazendo, me humilhando na frente de todos!

—Eu?— Kaio perguntou sem olhar para ela.

—Sim! O que foi aquilo de rasgar meus textos na frente de todos. Que exibicionismos foi aquele, hein?

—Os textos estavam ruins demais!— Kaio disse sem olhar para ela.

—Ah é? Olhe para mim, seu sem futuro!

—Oh! O que?

—Eu te dei abrigo, deixei morar no meu apê, ajudei a te contratar, e agora só porque está um pouco melhor do que eu aqui. Tem uma posição melhor do que a minha fica me destratando. Assim não pode!— Marin reclamou.

—Eu? Eu não! Estou fazendo o meu papel, corrigindo os textos, traduzindo, editando seus vídeos são umas porcarias.

—O que?— Marin disse estranhando sua atitude e seu tom de voz.

―Sabe bem, só digo a verdade.― Kaio disse.

—Ah! Começou a soltar as garras, não é? Filho de Et! Mostrando a cara! Né?

—Tenho culpa se escreves tão mal, que somente saber falar besteira na Tevê?

— Me aguarde! Infeliz!―Marin ameaçou.

—Marin, aceite que erras demais.― Kaio pediu.

—Kaio, eu que fiz tanto por ti!— Marin disse ressentida. —Mal agradecido!

—O que? Humilha-me todo dia no seu apê, jogar na minha cara que moro de favor, que não tenho nada, mas você não faz nada em casa. Tudo sou eu, dar um tempo! — Kaio pediu irritado.

—Você não paga aluguel, não faz feira, não pagas nenhuma conta! Quer mais?—Marin disse o lembrando.

—Mas faço as coisas de casa, sou seu diarista particular, cozinho, passo e limpo tudo.

—Eh! Tem que fazer algo para merecer comer de graça. Bonito!

—Pois bem! Não se preocupe mais, vou procurar nestes dias um novo lugar, e não vai me ver em seu precioso apartamento de patricinha mimada.―Kaio avisou.

—Ótimo! —Marin disse despreocupada.

—Ótimo! —Kaio disse sem lhe dar mais atenção.

—Tomara que seja muito em breve. — Marin disse torcendo.

—Será sim, senhora. Agora, pode me deixar trabalhar em paz. —Kaio pediu.

—Claro! Excelência!―Marin disse bufando, saindo as pressas da sala dele.

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