Capítulo XI

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"Aprendi através da experiência amarga a suprema lição: controlar minha ira e torná-la como o calor que é convertido em energia. Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo." - Mahatma Gandhi

Alex Aguiar

Saio em disparada para a delegacia, a voz da mulher em meu ouvido me perturba, quem ela pensa que é para falar assim. Dou corda para sua falação, preciso chegar na delegacia o quanto antes, invado alguns sinais e em minutos chego deixando o carro ali mesmo, olho ao redor e não há sinal de ninguém, de onde ela me ver, observo os prontos principais e não há nada. Ela se despede e sinto meu sangue ferver. ESSA FILHA DA PUTA! Entro com tudo na delegacia e conto desesperadamente quantos agentes tem dentro e ela estava certa! Droga! Esmurro a porta e vejo todos os policiais me olhando sem entender nada.

- Chefe está tudo bem? (O policial Xavier, me questiona e percebo que ainda estou de moletom.)

- Sandro está aqui, preciso que analise meu celular. Os Vizzanos entraram em ação novamente, quero que vasculhem cada câmera de segurança, observem nos últimos dias se houve alguma movimentação. (Minha cabeça pesa, CRETINOS!)

- Sim senhor!

- Agente Silva, convoca a força tarefa imediatamente. Quero todos aqui imediatamente. (Passo minhas mãos pela cabeça. ÓDIO! Eles estão brincando comigo e eu não sou para brincadeiras. Vou para minha sala e pego minha roupa reserva, vestindo e pondo o colete, nem que eu precise ficar acordado durante meses eu vou prender essa máfia, agora é uma questão de honra, colocar uma vadiazinha para me seduzir e amedrontar? Eles eram feio se acharam que poderiam me levar assim tão fácil. Desço para a sala que está montada a força tarefa. Olho quadro transparente e ponho mais um nome no meio, ELLIE VIZZANO, você não deveria brincar comigo.)

A sala aos poucos vai ficando movimentada e apenas analiso meus próximos passos, eles não estão brincando Alex, estão vindo com tudo!

- Acharam alguma coisa nas câmeras de segurança?

- Não senhor!

- Algum retorno Sandro?

- A ligação foi codificada, não tem como rastrear e muito menos descobrir o número.

- Agente Paz e Sandro, quero uma investigação pesada sobre o deputado Aloísio, se possível até a cor da porra da cueca dele, quero que descubram tudo, revirem o que puder.

- Sim chefe! (Dizem juntos e começam a mexer no computador.)

- Preciso dos vídeos de segurança dos estabelecimentos ao redor da delegacia, Pedro e Victor ficarão responsável por isso amanhã. Façam trilhas que possam ser rotas até a delegacia e liste os estabelecimentos, precisamos descobrir quando começaram a se movimentar.

- Sim Senhor!

- Marcelo e Guilherme me acompanhem. Os demais, quero acompanhando as câmeras da delegacia. Observem desde o dia da prisão do Joalisson até hoje!

- SIM SENHOR! (Vou para minha sala junto com os dois.)

- Cara, o que houve exatamente? (Marcelo questiona)

- A filha do chefe da máfia me ligou, dizendo quantos policiais tínhamos no plantão e quantos estavam durante o dia, já chequei e ela soube a quantidade exata, ela ainda teve a audácia de flertar comigo pelo telefone e sábia exatamente como eu estava vestido.

- Caralho, eles são ousados e já sabíamos disso. Mas, o que eles estão querendo com isso? (Guilherme diz pensativo.)

- Não sei, mas a mulher sabe instigar e fazer trocadilhos, sua voz estava pausada, como se soubesse exatamente o que estava fazendo. Por que ninguém havia informado dela?

O delegado (degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora