Capítulo IV

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"As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras." -Friedrich Nietzsche

Larissia Vizzano

O que acabou de acontecer? Saio da cafeteria correndo até a rua combinada, quem era aquele homem? E que sensações foram essas? Vejo o carro preto à minha espera e ando devagar. Olho para trás e não tem ninguém me seguindo, entro no carro e o segurança me leva para casa. Chego em casa e já sou direcionada para o escritório de papai. Adentro e vejo mamãe sentada calculando alguma coisa e fazendo anotações e meu pai observa o notebook, eles me olham e param o que estão fazendo.

- E então filha, foi tudo bem? (Minha mãe pergunta, seus olhos me analisam.)

- Você observou tudo? As lojas tem câmeras, o fluxo de pessoas é muito? Os agentes costumam andar livremente? (Sinto que sou atacada)

- Calma Marcus! Sente-se filha. (Faço o que ela diz em silêncio, não é como se eu estivesse observado muita coisa, sorrio ao lembrar daquele Apolo [deus grego] em forma humano.) Filha? (Minha mãe me tira dos pensamentos, Droga Larissia, foca sua vida está complicada demais para pensar besteira agora.)

- Sim! Quero dizer... (me concentro) estou bem. (Fico séria) Não consegui observar muito, o local onde eu fico é bom, a cafeteria é um ótimo lugar, posso olhar sem que as pessoas de fora percebam. (Digo me lembrando das paredes de vidro, elas permitem que conseguimos ver tudo que acontece lá fora, mas o contrário é impossível.) Porém fiquei por pouco tempo! (Concluo, excluído a parte da minha falha na observação)

- Mas não deu para perceber nada? (Meu pai questiona desconfiado)

- Sim, local é movimentado pois é uma das rotas da universidade, (digo o que percebi antes de entrar no local.) não encontrei nenhum agente no café, como foi apenas o primeiro dia, não se se foi sorte, ou eles não costumam ir até lá. Sobre as câmeras dos outros estabelecimento, não consegui visualizar ainda, pois haviam pessoas sentadas no lugar onde dava para observar. (Falo a verdade, claro eu poderia ter dado um jeito.) Amanhã eu volto com mais informações, sai tarde da universidade hoje. Mais alguma pergunta?

- Não precisa ser tão arisca filha. (Minha mãe me repreende.)

- Não? Então ser obrigada a fazer algo aos 25 anos de idade, Não é grande coisa, não é mesmo? Ainda mais algo que pode por sua integridade a dúvida.

- Vai começar Larissia? (A voz cansa do meu pai ecoa na sala.) Você está parecendo uma garota mimada. Não tínhamos resolvidos isso.

- Resolvemos? (O questiono) eu disse que faria, não que me sentiria bem fazendo.

- Filha, seu pai teu o motivo dele. (Vejo novamente o olhar triste em seu rosto.) Ele já não disse que fará o tal documento que lhe inocenta.

- Então tenho que agradecer por obter um documento e não poder ter liberdade? Qual motivo humano faz querer tornar sua única filha em uma criminosa também?

- Larissia você não é uma criminosa, não juridicamente falando, pois a sociedade vai lhe apontar de qualquer maneira por ser nossa filha. Mas fora isso você não é e nunca vai ser, a não ser que escolha por isso.

- Não mãe? Então como vai ser essa ameaça? Eu não vou pôr a vida de alguém em risco?

- Larissia como eu já lhe disse antes, você não vai manchar suas mãos. (Meu pai se começa a falar enquanto levanta e pega um copo de uísque no seu bar.) Eu preciso que você entre na mente desse federal, apenas isso.

- Como assim?

- Filha, (Minha mãe chama a minha atenção.) a máfia está passando por uma situação difícil.

O delegado (degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora