Capítulo I

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"Qualquer um pode julgar um crime tão bem quanto eu, mas o que eu quero é corrigir os motivos que levaram esse crime a ser cometido." – Confúcio

Alex Aguiar

- Cerca tudo agora! (Digo para que todos escutem.)

- Eles tem criança senhor.

- Não entra, ninguém entra. (Preciso fazer uma abordagem Cautelosa, para que as crianças não sejam prejudicadas. São onze da noite e a casa está cercada, uma denúncia de contra bando nos trouxeram até a casa do chefe da quadrilha.) Armas apontadas?

- Sim senhor!

- Eu vou entrar no três, me acompanhem e não atirem até uma ordem. Entendido! (Digo grosso)

- Sim senhor! (Eles falam em uníssono, arrombo a porta e entramos, há cerca de seis homens na sala, eles se assustam e dou a voz.)

- Polícia Federal, vocês estão cercados, deitem no chão agora. (Grito) EU DISSE AGORA CARALHO! (Me exalto e eles deitam, pois não têm saída) Cadê as crianças. (Aponto a metralhadora para um dos homens deitado.) ONDE ESTÁ AS CRIANÇAS?

- No quar...to (Ele vacila)

- Procurem no quarto... Qualquer vacilo abram fogo. (Conheço esses esquemas de quarto.) Se elas não estiverem no quarto você está morto. (Engato a arma.)

- Não, não... Em cima... (Ele praticamente grita desesperado.) Estão no andar de cima. (Olho para dois dos policiais e mando subir.)

- Isso garotão você é esperto. (Digo debochado! Aponto para três policiais me seguirem, e mando os outros ficarem de olho, adentramos ao corredor da casa e vejo três portas, abro a primeira e não há ninguém.) LIMPO! (Parto para a segunda porta e há duas mulheres ajoelhadas, elas estão tremendos e tentam ligar para alguém.) AQUI! (Um dos policiais aponta a arma para elas e manda elas deitarem, ainda não acabou. Faço sinal e chamo mais dois para me acompanharem. Chego na última porta. É agora que os jogos começam, faço sinal para apontarem as armas. Empurro a porta e voalá dois homens armados começam a atirar.) VOCÊS ESTÃO CERCADOS SEJAM ESPERTO. (Digo aparecendo na linha de frente com a arma apontada para o meio dos dois.) Mais um tiro e abro fogo na casa inteira. (Dou um tiro no abajur e eles se assustam.) Eu vou dar uma chance para largar as armas, se não, podem atirar em mim, vocês escolhem. (Os policiais aparecem armados atrás de mim apontando as armas.) UM, DOIS, TRÊS... (Vendo que não há saída eles deixam as armas caírem e deitam no chão.) Prendam eles! (Saio e deixo com os outros policiais. Marcelo vem em minha direção.)

- As crianças já estão fora da casa.

- Ótimo, faça uma busca e apreensão de tudo que encontrar. Os levarei para a delegacia.

- Foi tranquilo?

- Nada de surpreendente. (Digo em tristeza, esses casos me dão um tédio, os chefes pegam de 2 a 5 anos de prisão, quando não pagam a fiança e saem no mesmo dia. Mas se depender de mim isso não vai acontecer. Olho o local devagar e vejo ser uma casa de luxo. Volto par a sala.) Mc. J, achou mesmo que ficaria tranquilamente na minha cidade. (Sorrio e pego o homem que é conhecido por ser o chefão da quadrilha. Esse eu conheço muito bem.) Há quanto tempo Joalisson, nos vemos novamente. (Já é a terceira vez que o prendo. Dessa vez ele foi além, antes era um membro do tráfico no Rio de janeiro, quando eu estava em treinamento.) Na minha cidade?

- Você de novo El diabo?

- Fico feliz por não esquecer de mim. (Gargalho, enquanto o levo para a viatura.) a que bons ventos lhe trazem a Belo horizonte?)

- O que você faz aqui?

- Você parece assustado, relaxe amigo, sabe que eu não vou fazer nada com você. (Sorrio debochado, você será um bom consolo dessa missão tediosa.)

O delegado (degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora