A Chegada (Quando ninguém está vendo) - III

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(1891 palavras)

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(1891 palavras)

No dia seguinte, astrônomos, astrólogos, diplomatas, pacificadores, empatas e muitos outros, embarcaram em um trem de altíssima velocidade (chamado de Via-trem) que reduziria a viagem deles de dois dias, para apenas algumas horas.

O via-trem atravessou o mar leste por cima d'água, à toda! Após um tempo percorrendo o mar, de repente, os freios de emergência se ativaram forçando uma aterrissagem no mar.

– Mas o que houve, o que significa isso, por que paramos?! – O líder dos diplomatas alterou-se. Ele era um homem baixo, roliço, desprovido de cabelo e um gosto péssimo para roupas, tombando horrivelmente em um terno branco com calças amarelas e um par de sapatos carmesins.

– Calma, por favor! Foi um problema nas trilhas, só isso pode pará-lo. Não há nada de mais, nada que mereça sua alteração – falou o comissário — Em contraste, o comissário exibia um belo terno arranjado num arsenal de cinzas, casados com belos tons de preto e branco.

Nesse momento, o maquinista cortou o clima tenso chamando os Ifusians e os Leins para uma cabine repleta de botões, painéis e máquinas complexas demais para se definir, mas que impediam toda aquela estrutura de colapsar e se abrir em bandas.

– Me desculpem irmãos – disse o maquinista –, tivemos um problema com as trilhas, vejam! – Ele elevou horizontalmente uma das mãos abrindo um mapa virtual bem diante dos olhos deles – O sistema do via-trem insiste em dizer que não existe trilha para seguir nessa área nem em nenhuma outra próxima. Além disso, olhem isso... – abaixou a mão fazendo o mapa desaparecer e as persianas de aço começaram a se desdobrar, guardando-se –, estamos a cerca de duzentas e cinquenta medidas de estela (um quilômetro aproximado) do Reino de Orvirras e já daria para vê-los, porém, não há nada em nenhuma direção, só água! O via-trem diz que já chegamos na primeira estação de acoplagem, mas obviamente, não estamos. Me perdoem, mas não temos como continuar sem trilha, só podemos voltar.

– Ele tem razão, já era para estarmos vendo a entrada de Virra, mas não tem nada. Vendo também esses dados, não podemos seguir, pelo menos, não de via-trem – disse o chefe do núcleo de cientista — um homem interessante, tão alto quanto um jogador, mas ainda assim se preocupava com os mínimos detalhes. As rugas sutis em seu rosto acendiam seus olhos castanhos e davam um charme para seu cabelo ralo, contrastado com seu jeito jovial.

– Será que não erramos a direção ou pelo menos pegamos um caminho errado? – Questionou hesitante um jovem pensador.

– Não! – Respondeu o maquinista quase que imediatamente. – Não temos como ter errado o caminho. Só existe esse! E além disso, vejam a ampússola, ela está nos guiando diretamente à frente, direto ao leste! – E apontou para a ampússola.

Uma pausa se sucedeu, os pensadores e intelectuais se juntaram aos outros e começaram a pensar em maneiras de como resolver isso.

– Tivemos uma ideia – falou um dos astrônomos com sangue Leins, bem entusiasmado –, o que acham do seguinte. Utilizamos os hidro-balas para andar livremente pela água, assim teremos mais mobilidade e quanto aos outros restantes, eles poderiam refazer o caminho e explorar outras rotas possíveis que poderiam existir fora do nosso conhecimento. É uma possibilidade que não podemos descartar. Não esquecendo que cada um dos grupos terá de levar três ampússolas consigo. O que acham dessa ideia? – Sem muitos rodeios, eles começaram de imediato a fazer preparativos.

O fim dos meiosOnde histórias criam vida. Descubra agora