A Chegada (...E ela trará a morte...) - II

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(1638 palavras)

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O palco ocupou-se por cientistas, astrônomos, astrólogos e físicos. Eles iam de um lado para o outro mexendo em telas holográficas digitais. O silêncio abençoava todo o estádio — não seria exagero dizer que nem o barulho da respiração era possível ouvir.

Um jovenzinho que era assistente de um dos especialistas, foi mandado ir às pressas do centro do palco até a parte nordeste do estádio, onde o povo de Leins era acomodado. Igualmente às pressas, ele trouxe consigo alguns dos Inquisidores do Comum — vindo sempre apressados em suas túnicas metálicas de peso considerável, feitas com tipos de ligas de aço e platina, estrutura de suporte para ajudá-los na locomoção e uma coroa de aluminio-da-voz-consciente que permitia manipularem suas vestes como quisessem.

Trouxe também os Examinadores do Óbvio — que ousavam em um terno dourado-fogo de mangas longas, uma saia midi de renda preto-dourada, coroas de tafetá de vidro com madrepérolas, que dava a habilidade de controlar todo o tecido de sua vestimenta livremente.

Eles aproximaram-se dos cientistas. O clima ficava tenso ninguém conseguia suportar a ignorância; o não saber era irritante. Após várias horas, a espera deles foi recompensada. Um dos astrônomos mais experientes, foi escolhido para discursar para todos; em suas mãos enrugadas havia um visor digital — elas trepidavam — e em sua garganta havia um amplificador de voz (sua feição era de amargura e calma.) Após subir alguns degraus e ficar visível para todos, falou pausadamente com uma dicção impecável:

– Povo de Vale, que tudo vá bem! "A luz no céu..." – parou o discurso hesitantemente, ele voltou-se para seus colegas, encarando-os com angústia. No entanto, sua feição foi ignorada e foram incisivos com ele para que continuasse (ninguém queria estar em seu lugar.)

– "Povo de Vale..." sinceramente não sei como falar isso, mas não há como evitar ou fingir que não significa nada. A verdade é que a luz no céu que apareceu de repente... – parou novamente, sua língua embolava no céu de sua boca, sua saliva amargava, suas entranhas espremiam-se, respirou tão profundamente que se desequilibrou por um instante, porém, continuou reunindo coragem:

– Peço que me perdoem! Serei direto sem rodeios. A luz do céu, na verdade, é um asteroide – todo o povo deu de ombros, como se estivessem dizendo, e daí? O astrônomo continuou –, ele é um terço do tamanho da Terra – ele retirou seus óculos que já estavam nublados com seu suor –, e esse asteroide está alta velocidade... e estamos em seu caminho. Em rota de colisão! – Quem ouviu congelou, eles não esboçavam reação alguma.

Estavam estáticos como se seus mundos mentais houvessem explodido. Contudo, após lados (passagens curtas de tempo) de delírio, somente uma reação se alastrou após ouvirem isso. Todos, começaram a gritar, do novo ao velho, todos caiam ao chão clamando por redenção e salvação. O pânico percorria solto pelos corações de todos, estrangulando-os. Seus estômagos doíam forçando-os a vomitar seu terror. As crianças olhavam para seus pais, horrorizados, vendo-os arrancarem seus cabelos e rolarem pelo chão clamando em desespero.

O fim dos meiosOnde histórias criam vida. Descubra agora