Linhas traçadas (...Ele olhou e viu... viu, que era bom...) - VIII

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(2000 palavras)

Era quase manhã quando chegaram, mas ainda assim, Em'zo conseguiu reunir todo o povo na cúpula central. Pedindo permissão à suprema-juíza, ele subiu na tribuna e discursou:

– Povo de Drim – ele olhou em volta e o rosto familiar daquele rapaz, mais confiança –, os céus sorriram e a terra nos abençoou com um bem. Esse bem nos presenteou com tudo o que precisávamos para a nossa salvação. Vejam! – Nessa hora, os empregados começaram a entrar pela porta principal.

– Esse bem nos deu pessoas para que nos ajudassem, além de todo o material necessário. Sua generosidade e amor nunca serão esquecidas. Que os céus abençoem este homem! – Ele acenou para onde o rapaz estava, por osmose, todos se viraram para ver quem seria esta pessoa de bom coração, mas não sabiam para onde olhar. Não viram ninguém, mas não cessaram de aplaudir.

Ele os levou para a entrada da cidade, todos estavam nervosos na expectativas do que seria dito.

– Esse é o nosso futuro! – Clamou ele. Em'zo,  tomou a bolha e rolo-a no chão para longe dele, apontou a luv que ainda estava em sua mão, mas que como das outras vezes nem ele nem ninguem percebeu. A luz roxa novamente invadiu o ambiente, lutando para se sobressair às luzes da cidade. A bolha comecou a se alongar, tomando todo o terreno da entrada da cidade.

Diante dos olhos de todos, um galpão com tudo o que o futuro lhes reservava lhes foi apresentado. Todos ficaram boquiabertos, maravilhados, gritavam, aplaudiam e o celebravam. Alguns perderam as forças e caiam no chão pem assombro. Porém dessa vez, Em'zo nao relutou, parecia mais naturalizado àqueles eventos.

A luz roxa ainda escapava das luvas, ele ergueu as mãos aos céus e o roxo consumiu a luva, deixando apenas pó.  Depois daquelas demonstrações de poder e habilidade, não havia dúvidas de que tinham escolhido o seu salvador. Em'zo foi aclamado a madrugada inteira, o sol já rasgava o meio do céu da manha seguinte e eles ainda festejavam.

Aproveitando a disposição deles, Em'zo interrompeu o festival e pediu para todos aqueles que tivessem vigor, ajudassem os trabalhadores, enquanto os outros ajudavam a evacuar o povo. Não falou novamente, no mesmo instante, o povo começou a ajudar e em menos de um dia toda a cidade foi evacuada e restabelecida em barracas. A reforma da cidade começou logo a seguir, o mais rápido possível!

Em um dia a cidade foi demolida, em um mês, as casas mais simples foram reconstruídas. Em três meses, o englobador foi colocado tendo todo o território em seu interior, torres de informação foram postas e configuradas, a floresta refeita e antes do ciclo terminar, a Cerbeva — nome dado em homenagem à família Cerbeva, a maior de todas as famílias totalizando duzentas pessoas consanguíneas, que ajudou ativamente na construção da barreira — já estava ativa e toda a cidade dentro dela.

Eles conseguiram fazer em tão pouco tempo algo surreal e incrível. A barreira por si só já seria sinônimo de um avanço extraordinário, auge da ciência moderna e sinônimo de imaginação e sobrevivência.

O fim dos meiosOnde histórias criam vida. Descubra agora