05 🥩 Não tenha medo

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         Desperto mais uma vez, sem fazer a mínima ideia de como adormeci

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         Desperto mais uma vez, sem fazer a mínima ideia de como adormeci. Minha perna ainda doí, mas a dor é suportável, embora ainda ande com dificuldade. Analiso a luminosidade do quarto e estreito meus olhos com a luz que irradia no ambiente, definitivamente, perdi a noção do tempo.

Quando meus olhos habituam-se com a luz do ambiente, olho para o lado, levando um susto.

— Oi! — Uma garotinha fofa e sorridente sorri para mim. Analiso-a, sem proferir palavra alguma.

— O meu nome é Sarah — Continua a menina, antes mesmo que eu responda qualquer coisa.  Uma garotinha de cabelos encaracolados e pele cor de canela, parecia ter não mais que onze anos. Um sorriso infantil e gentil desponta de seus lábios.

— O que você tá fazendo aqui, Sarah? — Pergunto, dizendo seu nome. Vejo que ela sorri em resposta.

— Já estou aqui há muito tempo, você que não me viu — diz, então levanto da cama, devagar.

Ao analisar a garota por inteiro, dou um passo para trás,  desequilibrado-me com o peso do meu próprio corpo, caindo novamente na cama.

Ela está flutuando.

O que porra está acontecendo?

— O que aconteceu com você? — Pergunto, assustada. Embora eu já tivesse pesadelos estranhos e frequentes, nada se comparava a ter um fantasma na sua frente, conversando com você. Talvez aquilo não passasse de uma alucinação, mas naquele momento, parecia extremamente real. — O que é você?

— É uma longa história. — Profere, flutuando pelo quarto e parando bem próximo da cama onde estou, estática.

— Acho que não deveria ter medo de mim e muito menos... dele — ela apontou para a porta, o sorriso havia sumido completamente de seu rosto. — Você não pode ter medo dele, Ellie. Jamais.

— Por que diz isso? — questiono, sentindo um calafrio repentino apossar-se do meu corpo.

— Apenas ouça o que te digo — ela concluí, séria.

Alguns minutos de silêncio se instauram entre nós, até que eu resolvo cortá-lo com a mesma pergunta.

— O que houve com você?

— Acho que não quero falar disso — os primeiros resquícios de lágrimas caem em seu rosto angelical.  — Mas eu preciso que você nos ajude, Ellie. Por favor!

— Como eu posso ajudar?

Então, ela desaparece. Simplesmente evapora na minha frente. Abro e fecho os olhos para me certificar de que não está ali, talvez tenha sido mesmo uma alucinação. Inúmeros questionamentos se fazem em minha mente e tudo que eu quero é desvendá-los. Há algo de intrigante e terrível nessa elegante casa, eu posso sentir. Preciso descobrir o porquê de estar aqui, ainda viva,  mas minha mente parece não raciocinar.

Não tenha medo, Ellie (COMPLETO) Onde histórias criam vida. Descubra agora