07 🥩 Chances

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O jovem mantém o olhar fixo no horizonte vazio, apenas a estrada escura e deserta pode ser vista, nenhum sinal de vida é visível por alí

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O jovem mantém o olhar fixo no horizonte vazio, apenas a estrada escura e deserta pode ser vista, nenhum sinal de vida é visível por alí. É uma noite fria e mórbida. O céu apresenta uma camada de nuvens escuras em sua extensão, as estrelas não eram visíveis, possívelmente, aquela seria uma noite tempestuosa. O vento cortante balança seus cabelos negros, causando-lhe uma sensação ainda mais pungente de tristeza, em meio a todas aquelas tão recentes lembranças.

Fazia frio e já se passava da meia noite quando sua melhor amiga desapareceu, ele lembrava-se bem como tudo havia se sucedido. Naquela noite, corria em toda velocidade com sua bicicleta, sentindo o vento frio golpear sua face e a adrenalina percorrer todo o seu corpo. Aquela era para ser mais uma noite de aventuras ao lado de sua melhor companhia, mas miseravelmente, não foi.

Daniel chegou ao local marcado, mas não a encontrou mais alí. Ao enviar inúmeras mensagens, o jovem percebeu que seu celular tocou próximo à estrada, e lá ele o encontrou, caído ao chão e com a tela quebrada. Ele lembrava-se muito bem daquele terrífico dia. Chegou em casa chorando, desesperado, como nunca em sua vida. Seus pais acordaram surpresos e desesperados, em seguida, ligaram para a polícia e fizeram uma ronda para tentar encontrar indícios de onde Ellie poderia estar, mas não encontraram nada naquela noite.

E nem nos dias que se seguiram após ela.

Agora, todos os dias ele vai até o mesmo lugar onde sua melhor amiga desapareceu. Já fazia exatos três dias que a polícia buscava pistas sobre seu paradeiro, sem sucesso. Nenhum indício, a não ser o celular da garota e sua bicicleta, foram deixados para trás.  Isso lhe tira completamente o sono desde então.

O jovem encontra-se sentado no meio fio onde Ellie estava no dia em que fora sequestrada, seu pranto é contido, mas cortante em seu coração. Daniel está ciente que é perigoso estar ali, mas não se importa mais. Só quer ter a chance de vê-la novamente, vislumbrar o sorriso doce, as conversas aleatórias e desconexas que tinham, o jeito engraçado e destemido de sua amiga. Ele só que que ela esteja viva. À todo instante, o jovem tenta pensar em algo que o ajude a encontrá-la, alguma pista, qualquer coisa, mas ela parece ter simplesmente evaporado. Onde estará  Ellie nesse momento? É o que ele mais questiona consigo mesmo.

O garoto mantém sua cabeça baixa, quando um carro vermelho aproxima-se, ele reconhece-o bem. Era sua mãe. Denize vem correndo em sua direção, suas feições preocupadas e cansadas fazem-se presentes, demosntrando todo o seu desespero. 

— Meu filho! Ah, meu Deus, filho!  — Diz, em seguida o abraça com força, como se fosse perdê-lo se não o envolvesse em seus braços com urgência. — Eu procurei você o dia inteiro, Daniel! Andei em todos os lugares possíveis  — ela para, desabando em prantos, passando a palma de suas mãos sobre os cabelos do garoto. — Eu não quero te perder, meu filho!

O jovem se mantém inerte, parecendo não se importar com o desespero da mãe, mas sim, ele se importava.
— Eu perdi a Ellie, mãe — diz, levantando o rosto, Denize encara os olhos tristes e cansados do filho, sentindo um profundo pesar por tudo que ele passava. — Eu a amo, mãe. E nunca tive a oportunidade de dizer que ela é o amor da minha vida.  — Conclui, então os dois se abraçam, um gesto de conforto em meio ao desespero. Denize sempre soube que chegaria o dia em que Daniel diria algo assim sobre sua então amiga de infância, ela sempre percebeu o amor que tinham um pelo outro e sentia-se profundamente triste com o relato do filho. Sabia que ele preza muito sua amizade com Ellie à ponto de jamais querer ameacá-la de qualquer maneira.

— Olha para mim.  — Diz, limpando as lágrimas do rosto do jovem com a manga de seu longo e pesado casaco, Daniel a encara com atenção, seus olhos ainda  revelam esperança. — Nós a encontraremos, tudo bem? Encontraremos a Ellie. Viva. Agora vamos sair daqui, querido.

Como amiga de longa data da família Mosmann, Denize Wiliams faz questão de acompanhar todas as buscas e investigações de perto, ajudando sua melhor amiga, Elena e o seu amigo Dylan, pais de Ellie. A jovem é muito mais que a melhor amiga de seu filho, Ellie é considerada como alguém de sua família. Os dois cresceram juntos e o carinho e amizade entre as duas famílias sempre esteve presente. Denize viu Ellie crescer assim como vira seu querido Daniel, entendia profundamente a dor da família Mosmann.

Já se passa das duas da manhã e Daniel está  sozinho em seu quarto, sem a companhia noturna via chamada de vídeo de sua melhor amiga, como sempre acontecia. O jovem pensa em todos os sentimentos que nutre pela garota e se culpa por nunca ter revelado-os pelo egoísmo de perdê-la. Sentia-se egoísta e imbecil, Ellie era bem mais que uma amiga para ele e agora não sabia se teria a chance de falar isso para ela. Desnorteado em seus pensamentos, constata que muitas vezes, a vida não nos dá uma segunda chance. E se você não tentar na primeira, poderá perder o direito de ter uma segunda também. As vezes, a primeira chance é a sua única.

E ele deseja com todas as suas forças que esteja enganado e que a primeira chance, não seja a última.

Oi, bixtecasss! Tudo bem com vocês?Estão gostando da história até aqui? Então, tenho algumas novidades para contar pra vocês! 1

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Oi, bixtecasss!
Tudo bem com vocês?
Estão gostando da história até aqui? Então, tenho algumas novidades para contar pra vocês!
1. O livro foi finalizado ontem, com 21 capítulos ao todo
2. Na próxima semana teremos dois capítulos na semana, um na sexta e outro no início da semana.
3. Tem nova história vindo por ai e eu já postei aqui no meu perfil uma breve apresentação!

No mais, é isso por enquanto! Me contem o que acharam desse capítulo narrado em terceira pessoa, teremos muitos capítulos dessa forma por aqui ainda. Não esqueçam da estrelinha e de indicarem esta história a algum amigo, ajuda muitoooo!

No mais, se quiserem acompanhar o livro no insta, é só seguir o @naotenhamedoellie
e meu insta de autora que é o
@annykalves.oficial

Beijão, até logo!😍

Não tenha medo, Ellie (COMPLETO) Onde histórias criam vida. Descubra agora