10🥩 Segredos

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Subo degrau por degrau com cuidado, Jonh segura-me pelo braço com firmeza e caminha a minha frente

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Subo degrau por degrau com cuidado, Jonh segura-me pelo braço com firmeza e caminha a minha frente. Quando finalmente chegamos à cozinha que é próxima  ao porão, ele me solta.

— Fique à vontade para conhecer a casa, Ellie. Mas preciso certificá-la sobre algumas regras. — Começa a dizer com uma naturalidade áspera, como se não estivesse utilizando sua prisioneira para serviços domésticos. — Por favor, não aproxime-se do meu quarto e nem da minha geladeira — ele aponta. — Ela tem cadeado, mas você está sendo avisada no caso de querer abrí-la. — Ele para e olha de um lado para o outro, como se procurasse alguma coisa. — E ah, você pode utilizar a biblioteca quando quiser, logo após o término de seus serviços. Eu sempre ficarei com as chaves de todos os cômodos, você não terá acesso à isso. E ficarei responsável por te dar uma lista de tarefas diárias da casa. Há muito eu a limpo sozinho, aqui e alí, então tem muito o que ser feito.

Movimento a cabeça afirmativamente.
— Ah! — Ele retoma, me inspecionando lentamente, seus olhos estão fixos nos meus como se pudesse reaver minha alma. — Sinta-se à vontade, Ellie. Essa casa sempre foi sua.

Eu sorrio em concordância, mas se ele pudesse analisar-me perfeitamente, saberia que essa expressão não passa de uma farsa. Fito o homem à minha frente, os olhos claros me encaram com uma expressão indecifrável, percebo que sua barba branca parece maior que nós dias anteriores e que ele parece levemente corado. Ele permanece parado, à minha frente,  com o corpo encostado no balcão da pia da cozinha, fitando-me minuciosamente, seus olhos estão levemente comprimidos e uma linha fina desponta em seus lábios. São minutos angustiantes, minha visão começa a trair minha percepção, então ele quebra o longo silêncio.

— Acho que você precisa comer algo, Ellie. — Diz, então se encaminha até uma das geladeiras, a que não está trancada por cadeados e retira de lá algumas frutas e leite, pondo em cima do imenso balcão de granizo. — Deixarei você à vontade. — Então ele finalmente sai, deixando-me sozinha.

Puxo o ar dos meus pulmões e o solto, aliviada. Se tem uma coisa que eu preciso descobrir, é o motivo de ainda estar viva. E também o motivo desse homem maluco me manter viva por tanto tempo e escolher ir atrás de outras "presas". Olho a comida que me foi posta no balcão e pego depressa, meu estômago está roncando e mesmo que eu queria ignorar essa sensação, a fome é maior. Então resolvo comer as uvas, a maçã e as bananas que estão sob à mesa, levando o leite de volta a geladeira, guardando-o. Observo o ambiente ao meu redor. A cozinha parece normal, se não fosse por uma das geladeiras fechada por cadeados e tranças. Seja o que for que Jonh guarde nessa geladeira, algo me diz que é melhor que eu nunca veja. A cozinha é modesta, comparando-se com as outras partes da casa, até parece comum. Miro a pia e vejo que há alguns pratos sobre ela, então apresso-me em lavá-los. Após lavar e secar os pratos, procuro pela vassoura, que encontro próxima à cozinha, na área de serviço. Varro todo o ambiente e começo a passar um pano desgastado, o qual encontrei em uma das gavetas da cozinha. O ambiente está imundo. A cor escura do pano revela esse fato. Lavo o pano novamente e recomeço a passar sob o piso, até que fique totalmente limpo. Coloco o pano e os utensílios de volta a área de serviço e percebo marcas de sangue no chão, perto da lavanderia. Engulo em seco e utilizo o pano que seguro para limpá-las. Em seguida, saio do ambiente.

Caminho devagar pelos corredores da mansão, examinando cada detalhe daquela elegante propriedade. Alguns candelabros iluminam os corredores escuros e quadros artísticos dão  elegância aos mesmos. Continuo caminhando pelo longo corredor de mais ou menos 5 portas, mas não ouso abri-las. O corredor é longo e começo a achar estranho a cozinha ser tão distante dos outros cômodos que integram a casa. Continuo caminhando até que o corredor se encerra, deixando-me confusa. Onde é a saída, afinal? Pelo que me lembro, existem escadas nessa casa mas neste momento, tudo que eu vejo é uma cozinha há alguns metros e um corredor com portas, além do porão,  um cômodo abaixo, próximo a grande despensa. Giro meu corpo de um lado para o outro, toco a parede final do corredor e inclino-me, aproximando meus ouvidos da mesma, mas não posso escutar nada. Então resolvo caminhar em direção as portas. Uma a uma vou abrindo-as, mas as três primeiras estão fechadas. Quando abro a quarta porta, percebo que é uma biblioteca, então eu entro e fecho a porta com cuidado.

O lugar é amplo e está empoeirado, o que quer dizer que teria um grande trabalho pela frente. A biblioteca tem diversas prateleiras e eu percebo que os livros estão organizados por categorias: ficção científica, ficção histórica, sobrenatural, espiritismo, romance, Suspense. São as categorias onde mais se tem livros. Percebo que há uma prateleira em específico com vários livros da mesma cor, instigando minha curiosidade. Pego um deles e miro seu título: Destrutivo. A sinopse do livro relata a história de uma garota que vivia um relacionamento familiar problemático e abusivo e que acaba matando os pais para se ver livre. Na prisão, ela acaba apaixonando-se por um homem o qual, por motivos desconhecidos, começa a visitá-la frequentemente. Meddelin Wright é o nome da autora. Miro sua pequena foto na orelha do livro, é uma garota muito jovem e também muito bonita. Por algum motivo, esse nome soa-me familiar. E há inúmeros exemplares iguais a esses espalhados pela prateleira. Ponho o livro de volta e observo a sala ao meu redor, duas poltronas grandes estão do lado direito da mesma, próximo à uma mesa. Continuo a vasculhar os livros em busca de alguma pista sobre o meu misterioso e estranho sequestrador, Jonh Jones. Algo me diz que ele tem muito a esconder.

Oi, bixtecas! Não ando muito bem, tenho enfrentado uma crise de ansiedade com sintomas bem ruins, então peço perdão por não ter trago o capítulo ontem, como prometido, viu? Mas antes tarde do que nunca, né? Peço que orem por mim e que tudo venha a...

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Oi, bixtecas! Não ando muito bem, tenho enfrentado uma crise de ansiedade com sintomas bem ruins, então peço perdão por não ter trago o capítulo ontem, como prometido, viu?
Mas antes tarde do que nunca, né? Peço que orem por mim e que tudo venha a passar logo, pois não vejo a hora de tudo melhorar.

Um beijo!
Com amor, Anny

Não tenha medo, Ellie (COMPLETO) Onde histórias criam vida. Descubra agora