18 🥩 Minha missão

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Quando abro os olhos, tudo que consigo enxergar é a escuridão, mas consigo enxergar restas de mobílias ao meu redor. Tateio o lugar onde me encontro e vejo que aparentemente, estou no quarto, certamente fui colocada aqui em algum momento. Ergo meu corpo devagar, notando que estou, para minha sorte, em perfeito estado. Respiro fundo e solto o ar suavemente. Nem tudo está perdido, ainda estou viva, não estou?

Caminho lentamente em direção ao interruptor, tocando os objetos com cuidado, demorando para achá-lo. Quando finalmente acho, acendo a luz e percebo que o quarto está vazio. Giro a maçaneta da porta com cautela, mirando o ambiente a minha volta ao sair, para minha sorte, está aberta. Meus pés descalços tocam o assoalho frio, desço o primeiro lance de escadas, procurando por algum sinal da existência dele.

E então, eu me recordo de tudo. Das visões estranhas, ps lapsos de memórias que venho presenciando durante anos, os sonhos... tudo parece reunir-se em perfeita harmonia nesse momento. Mas porquê ele me chamou de Meddelin? Será que me sequestrou para talvez, suprir a falta dela? Seria esse o motivo de ainda estar viva? De uma coisa eu tenho profunda certeza: Jones tem um passado macabro, cruel e terrivelmente triste. E por mais que todas as peças se encaixassem, algo parecia não estar fazendo sentido no meio de tudo isso.

Desço mais um lance de escadas. O silêncio dá lugar a um barulho estranho e extremamente nojento. É então que visualizo toda a cena. James está dilacerando o corpo inofensivo da garotinha que há pouco tempo, estava viva, implorando por socorro. Ele rasga sua carne com os dentes como se saboreasse cada centímetro, sem culpa alguma. Fecho meus olhos, sem conseguir presenciar tudo aquilo, mas em seguida volto a abri-los. O sangue que há na sala se estar se estende por todo o assoalho, assim como suas mãos e roupas. Sua boca está banhada de sangue e ele parece sentir o prazer apoderando-se dele a cada pedaço que saboreia daquela pobre garota.

E, para meu azar, ele percebe minha presença. Jones me fita com atenção, em seus olhos não consigo identificar expressão alguma.

— Oi, querida... perdoe-me, mas eu não resisti a fome, entende? — Ele diz, então lança um sorriso gentil, como se aquilo fosse completamente normal.

— Por que você faz isso, John? — Pergunto, ele apenas me fita por longos segundos, sem responder uma única palavra.

— É o que sou, Meddelin. — Diz, simplesmente.

— Por que está me chamando assim?

Ele se ergue, soltando um dos braços destroçados da garota e senta-se sobre o assoalho, próximo ao corpo.

— Tive a certeza disso quando uma cartomante, a melhor que já conheci, me revelou. Ela fazia um bom trabalho, querida... pena que dessa vez, não quis manter o sigilo de suas consultas.

— Eu não estou entendendo! Você está dizendo que sou algum tipo de reencarnação?

— Sempre soube que você voltaria para mim, querida.

Não tenha medo, Ellie (COMPLETO) Onde histórias criam vida. Descubra agora