Capítulo 24

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POV Joalin 

Estou toda suada quando chego à biblioteca e o ar frio é um choque. Não sei o que tem aqui para interessar a Shivani, então não faço a menor ideia de onde posso encontrá-la. Disparo pelo piso acarpetado e vou examinando os corredores de ficção. Nada de Shivani. Ela não está na parte de revistas nem na sala infantil. Finalmente, vou até o balcão de referência. O homem que trabalha lá está olhando fixo para uma tela de computador. 

— Com licença? — interrompo. — Passou por aqui uma menina, provavelmente há pouco tempo? Ela devia estar interessada em... alguma coisa. 

— Você vai ter que ser mais específica. — O homem tira um lápis de trás da orelha. — Como ela é? 

— Ela é um pouco mais baixa do que eu — respondo. — Ela é bonitinha. O cabelo dela é onduldo e bate por aqui. — Coloco a mão no meio das costas. 

O homem escreve algo em um bloco de anotações amarelo e então faz que sim com a cabeça. 

— Eu ia perguntar a ela se vai fazer faculdade em Chico, porque tem um...  Merda! 

— Por que você queria falar com ela sobre Chico? — pergunto. 

Os olhos dele reparam em algo atrás de mim, então ele joga as mãos para cima, exasperado. 

— Eu já disse para os estagiários não deixarem carrinhos vazios perto das máquinas de fotocópia. As pessoas largam os livros neles e não guardam de volta nas prateleiras. 

— Por que Chico? — pergunto de novo. 

O homem sai de trás do balcão, e eu o sigo até a copiadora. 

— A última vez que eu a vi — diz ele, ao mesmo tempo que tira uma lista telefônica do carrinho —, a sua amiga estava aqui tirando cópias. 

Ele tem nas mãos uma lista telefônica da Califórnia. Shivani, o que você está aprontando? 

Dou uma olhada no cesto azul de reciclagem próximo à copiadora e reparo em uma única folha de papel dentro dele. Pego a folha. A cópia está escura, mas dá para distinguir o bastante. Alguém copiou uma página dupla de números de telefones de pessoas com o sobrenome Urrea. 

— Sua amiga está pensando em ir para a Califórnia para fazer faculdade? — o homem pergunta. — Porque minha filha... 

— Duvido muito — respondo, dobro o papel e enfio no bolso de trás. — Mas obrigada. 

Eu me apresso até a porta de saída da biblioteca. Quando estou do lado de fora, subo no skate e volto para casa o mais rápido possível.

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