Prólogo

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A fanfic é Camren só mudei os nomes para ficar uma coisa mais diferente foda-se

Trailer no YouTube:
https://youtu.be/CFKLDM046PU


"Sua esposa teve complicações no parto e infelizmente ela e o bebê não resistiram..."

"Teve complicações..."

"Sua esposa..."

"E o bebê..."

Sabe a sensação de que tudo ao seu redor desaba? Sente que tudo está caindo em câmera lenta após você escutar algumas palavras vindo de uma pessoa totalmente desconhecida mas essa pessoa em que você acreditou salvar vidas...para mim isso não passava de uma pegadinha mal feita mas que ainda sim me fez cair nela. Olivia gostava de pegadinhas, mas me recusava acreditar que a mesma teria usado em vão sua morte e principalmente a morte de nossa filhinha. Talvez todos naquele hospital fossem atores, as câmeras deveriam está bem escondidas pois eu procurava com meus olhos em cada canto daquele hospital.

Minha irmã, Taylor parecia ter caído também na pegadinha de minha esposa pois ela chorava no ombro de Verônica minha melhor amiga, que também estava triste. Meus pais sequer me olhavam, Michael consolava Cara enquanto eu entrei em uma crise de risos. Olivia teria que está mais empenhada se quisesse me enganar.

-Ok chega de pegadinhas por hoje, você foi uma ótima atriz até...mas cadê minha esposa? Cadê a Olivia? Acabou a graça. - direcionei minha atenção a mulher loira de jaleco a minha frente.

-Laur...

Lucy minha amiga que até então não tinha visto, repousou uma de suas mãos em meu ombro eu olhei para seu rosto que estava em uma coloração avermelhada indicando o quanto havia chorado.

-Olivia não vai aparecer, ela...

Sua voz falhou impedindo a mesma de continuar com a frase, suas lágrimas desciam descontroladas pelo o rosto enquanto a mesma tentava cubrir com as mãos.

- sinto muito Sra Jackson... - A médica tentou falar mas eu a cortei.

- Ah, você sente? deve sentir mesmo...me poupe dessa porra. - Esbravejei irritada chamando a atenção de todos em minha volta pela a minha súbita mudança de humor. Eu não queria encarar ninguém ali, todos pareciam ter o mesmo olhar. De pena.

Então eu fiz a única coisa que minha mente pedia naquele momento, eu corri dali, sai daquele hospital e corri para bem longe dele. As lágrimas já se faziam presentes em meu rosto me fazendo soluçar, eu colocava toda a minha tristeza, raiva, angústia, sofrimento e saudade para fora.

Hoje era pra ser o dia mais feliz da minha vida, Olivia daria a luz a nossa filha, A nossa pequena Rebecca. Passamos nove meses planejando o seu nascimento, sua chegada, o seu rostinho lindo...me doía saber que eu nunca saberia como era...como seria a sua primeira palavra, o som da sua risada se seria parecida com a de Olivia. Porra. Eu não iria saber.

"SAI DO MEIO DA RUA MALUCA!"

Despertei dos meus pensamentos ao escutar uma buzina de carro e um farol de luz em meu rosto. Passei a caminhar de pressa atravessando para o outro lado da calçada evitando ser atropelada.

Estava em uma rua com pouco movimento a não ser os carros que passavam e um bar que nem clientes tinham, apenas uma plaquinha de led escrito "aberto" na porta. Encarei meus pés e me questionei o que faria sem minha Olivia e minha filha, eu nem sequer conseguia pensar em voltar pra casa e encarar o quartinho de Rebecca que havíamos arrumado hoje de manhã para as boas vindas dela. eu não conseguiria suportar isso sozinha.

Eu nem conseguia mais enxergar totalmente os meus conturnos preto enquanto andava , pois a minha visão estava embaçada com as lágrimas que insistiam em cair.

Enquanto passava por um beco totalmente deserto e que tinha apenas a iluminação de um poste que piscava diversas vezes, eu pensei escutar o choro de um bebê. Era baixo mas constante e que chamou minha atenção.

Poderia está louca pois não via ninguém naquele beco, muito menos um bebê. Só era eu e uma caçamba grande de lixo e me recusava pensar que teria um bebê ali, então eu voltei a andar.

"Isso é coisa da sua cabeça Laura."

O choro não cessou, me fazendo parar e olhar novamente para a caçamba de lixo que pareceu está mais distante. Olhei para os dois lados para ver se alguém aparecia. Então contrariando todo os resquícios de superego que eu tinha, eu caminhei até a caçamba. A pouca iluminação dificultava ver alguma coisa entre aquele lixo mas o choro aumentava cada vez mais que eu me aproximava foi então que eu o vi. Era um bebê.

Estava coberto de sangue, deveria ter nascido há poucas horas pois o seu cordão umbilical estava ali, a mesma tinha apenas uma manta rosa combrindo e percebi que era uma menina. Peguei a bebê trazendo para os meus braços e parece que contato entre nós fez a bebê parar de chorar,nem que fosse por alguns minutos. Tão frágil e me esforçava o bastante para segurá-la no braços com cuidado, deveria está sentindo frio, fome e medo.

Me cortou o coração saber que alguém jogou um bebê em uma caçamba de lixo. Isso era desumano, o que seria dela se eu não estivesse passado aqui e escutado seu choro? Não queria nem pensar.

-Está segura agora...vamos sair daqui.

Sussurrei caminhando em direção a saída do beco. Com a recém- nascida em meus braços, eu sorria ao observa-la e pensava que estava ganhando uma nova chance. eu faria de tudo por ela. Eu faria de tudo por minha Rebecca.

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