Pen Drive

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        Laura Jackson Point Of View.

       Assim que chegamos no endereço de Kate, conclui que estávamos sendo seguida ao perceber que o carro preto parou á um quarteirão de onde estavamos, antes que Keana saísse do carro segurei o seu braço e ela me fitou confusa, olhei para o retrovisor olhando o veículo  estacionando à poucos metros de onde estávamos, ele nos seguia desde que entramos na cidade e isso não passou despercebido por mim.

- Estamos sendo seguidas. - Falei e Keana olhou pelo o retrovisor, as ruas estavam vazias e os dois carros que tinha eram o de Keana e o carro preto. - Acha que é a pessoa?

- Ou um mandante... - Ela murmurou. - Se ficarmos paradas por muito tempo eles vão saber que descobrimos e talvez tente algo.

- O que sugere? - Perguntei apreensiva. Estava com um mal pressentimento quanto a isso.

- Vamos fingir que não sabemos...entramos na casa e vamos esperar que venha até nós. - Ela retirou do porta luvas do seu carro uma pistola. - Você sabe usar uma arma? - Me olhou e eu encarei ela com uma das sobrancelhas arqueadas. Não fazia a mínima ideia de com usar aquela coisa e então neguei com a cabeça.

- Não tem segredo. - Falou normalmente e apontou a arma para o pequeno chaveiro em formato de estrela do seu parabrisa. - Destrava  e mira antes de atirar. - Ela me mostrou com fazia e eu não me imaginava fazendo isso.

- Espero não ter que fazer isso...- Disse assim que ela me entregou a arma.

- Hey, vai ficar tudo bem.- Ela colocou uma de suas mãos no meu colo tentando me tranquilizar e eu assenti.

        Soltei um longo suspiro, coloquei a arma suspensa na minha calça e escondi com a blusa por cima. Era estranho carregar aquela coisa e não pensar que aquilo poderia ser perigoso. Keana que agora saiu do carro assim como eu, não fez contato visual com o carro para não dar tanta bandeira. Segui seus passos e caminhamos até a porta da casa.

        Assim que uma mulher loira abriu a porta, Keana colocou sua mão na boca dela e então entramos. A loira ficou assustada quando a policial se afastou e mostrou seu distintivo e em seguida colocou o dedo indicador em seus próprios lábios em sinal para a mulher fazer silêncio.

- Kate Miller, certo? - Keana olhou para a loira que fez que sim com a cabeça. - Desculpa por ter feito isso...Mas formos seguidas até a sua casa e certamente você está em perigo, assim como a sua irmã também estava. - Kate nos olhava com apreensão e ficou assustada ao ouvir as palavras de Keana. - Tem mais alguém na casa?

- Não...eu moro sozinha. - Ela respondeu e observou Keana se posicionar atrás da porta em que minutos antes entramos. - Preciso que você ligue pra Polícia. - Ela alertou para Kate que assentiu diversas vezes e andou até a sala para pegar o telefone.

- Não podemos deixar que matem ela...ela é a nossa única pista. - Keana falou me olhando e com a arma na mão mas com a ponta para o chão. - Vai fazendo as perguntas a ela que eu fico de olho aqui...

        Fiquei receosa de deixá-la mas tinha que ser rápida em interrogar Kate. Quando cheguei na sala, a loira acabava de colocar o telefone no gancho.

- Falei com a Polícia...eles estão à caminho. - Ela me fitou. - O que sua amiga falou é verdade? Eles são os responsáveis por matar minha irmã?

- Sim...se não estivéssemos chegado antes, eles teriam matado você.

- Quem são essas pessoas? - Ela me perguntou com súplica. - Minha irmã era uma pessoa boa...até aquele maldito sequestro. - Lamentou.

- Sequestro? Ela te contou sobre ele? Precisamos saber disso pois tem ligação com o assassinato dela.

- Ela apareceu com um grana, e eu estranhei, muito suspeito sua irmã aparecer com tanto dinheiro se nem trabalhava. Logo pensei o pior e eu não estava errada. Quando vi o noticiário de que houve um sequestro e comecei a ligar os fatos, por que a vi muito estranha quando assistiu á notícia na TV. - Kate encarou o chão e seu olhar parecia longe da realidade. - Ela me pediu pra juntar as coisas por que tínhamos que ir embora e eu questionei, aliás nossas vidas eram ali, não havia por que sair tão derrepente sem ter acontecido algo...e então ela me falou que tinha feito algo horrível e que não conseguiria conviver com isso.

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