Meeting becca

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          Camille Clawford Point Of View.


     Me sentia totalmente sem graça, eu não a conhecia mas quando vi aquela garotinha na minha frente, ela me pareceu tão familiar, tão minha...que cogitei ser minha filha. Eu quis tanto que a garotinha fosse Holly que nem parei para pensar que ela ficaria com medo de mim, aliás, eu era uma total desconhecida para ela. A mesma se afastou de mim e com a cabeça baixa ela ficou atrás da mulher que estava ao seu lado, deduzi ser sua mãe, pois a mesma com um instinto protetor se pôs a frente da garotinha  me olhando como se eu fosse uma alienígena. Seu olhar era curioso talvez se perguntando o por que de uma desconhecida louca está chamando sua filha de Holly. Imediatamente me desculpei,  Eu nunca havia feito uma coisa daquele tipo, no máximo eu ficava olhando por um bom tempo algumas bebês nas ruas que me lembrava Holly e pensava como ela estaria atualmente. Era difícil imaginar as coisas que poderia acontecer, por exemplo, saber qual comida favorita da minha filha, saber suas manias, sua risada e tudo que se assemelhava a mim.  Olhei para a garotinha que estava encolhida e parecia bem triste, ela segurava o seu cachorrinho que tremia bastante. Esse semblante não combinava com você.

- Oque ele tem? - me aproxinei dos dois para ver o cachorinho, mas a garota se afastou de mim, me causando um triste sentimento e eu estranhei aquilo, era como se a conhecia a tanto tempo que qualquer coisa que fizesse iria me afetar diretamente, como agora.
- Desculpa se eu te assustei...mas posso ajudar seu amiguinho, sou veterinária. - Falei calmamente enquanto observava ela olhar para a mulher ao seu lado que assentiu para a mesma, talvez fosse uma permissão da garotinha pois a mesma deu um passo a frente me fazendo sorrir, ela era tão linda.

      Abri a manta que cobria o cachorrinho e passei minha mão sobre o mesmo avaliando sua respiração que estava um pouco acelerada, havia diversas causas que levaria um cachorro a essa repentina tremedeira, precisaria de um diagnóstico mais preciso.

- Não posso saber sem os meus equipamentos mas podemos ver na minha clínica, posso? - Perguntei enquanto indicava que iria pegar o cachorrinho, a mesma balançou a cabeça em um sinal positivo e me entregou o pequeno, eu adorava filhotinhos da raça lhasa Apso, eram tão fofos.

- Para fazer o bem nunca é demais, Karev, não se preocupe eu irei atender elas... - Respondi ao segurança do prédio que questionou sobre meu possível cansaço. Até estava mas confesso que só sairia tranquila daquele prédio ao ver um sorrisinho feliz daquela menina e algo me dizia que eu só conseguiria isso, tratando do seu cachorrinho e deixando ele saudável. Olhei para a mãe da garotinha, que era dona de um par de olhos verdes, ela não demostrava sequer alguma reação ou expressões.  - E vocês me acompanhem. - avisei antes de caminhar em direção a minha clínica, o cachorrinho tremia em meus braços ele deveria está sofrendo mas eu cuidaria bem dele.

     Assim que entrei no consultório, deixei o filhote sobre a maca e me certifiquei de que a temperatura no consultório estaria adequado para o pequeno, vesti o avental por cima do meu vestido preto com mangas longas. Coloquei as minhas luvas e olhe para a garotinha encantada com os desenhos na parede, ela estava curiosa e atenta a cada detalhe.

- vejo que você gosta de animais... - Falei chamando a atenção não só dela mas a de sua mãe, que estava próxima a porta que havíamos acabado de entrar.
Me aproxinei do cachorro e peguei o estetoscópio que estava dentro do bolso do jaleco, direcionei até as minhas orelhas e começei a escutar os batimentos do coração dele, assim como a respiração também estava acelerado. Então apliquei uma injeção para diminuir essa aceleração repentina, o cachorro aos poucos foi voltando a sua respiração normal, ele ficaria alguns minutos desacordado para a injeção fazer efeito, Oque indicava a súbita tremedeira e os batimentos acelerados deveria ser psicológico, assim como os humanos os cachorros tendem a ter emoções afloradas como uma ansiedade, complexo de abandono o que não era o caso do cachorrinho de Becca. Percebo que ele jamais seria abandonado por ela. Joguei a agulha no lixo junto com as luvas e olhei para a garotinha na qual nem sabia o nome.

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