74. Abandonadas

151 14 0
                                    

Notas do autor:
Essas na capa do capítulo são duas personagens que serão apresentados nesse capítulo. Vocês saberão quem é quem de acordo com as descrições na narração :)

Boa Leitura!

~°~


Pov Heyoon

– Noah?! Você também viu a Sina entrar naquele barraco? – Pergunto olhando fixamente para o velho barraco, quase que idêntico ao que Sabina se escondeu quando fugiu do acampamento.

– Calma, talvez seja um lugar que ela usa pra pensar ou algo assim … – Noah diz mas até ele mesmo deve ter sentido a falta de convicção no que disse.

– E se não for? – Pergunto preocupada analisando bem a "casa". – E se esse for o motivo pelo qual ela nunca quis que eu ou qualquer outra pessoa à visitasse?

Não contive a curiosidade de entender o que estava acontecendo e se minhas teorias eram corretas.

Abandonei Noah na moita onde estávamos escondidos e fui em direção à casa.

– Ei, tá maluca? – Noah diz chamando minha atenção.

– Eu preciso fazer isso! – Digo o encarando. – Se não quiser mais me acompanhar, é só voltar. Já sabe o caminho de volta! – Finalizo e volto a caminhar.

Escuto o barulho na moita e ouço passos largos me acompanharem, até que ele já estava do meu lado. Olhei para Noah e ele acenou em positivo com a cabeça. Foi aí que eu percebi o que estava prestes a fazer.

Invadir a privacidade de Sina e usar Noah como cúmplice não me parecia uma boa ideia afinal. E logo eu já estava pensando em desistir, mas a porta da casa se abre no exato momento em que paramos lá.

– Sina, tem gente na porta! – A criança gritou da porta e logo posso ouvir os passos de Sina sobre o chão de madeira, e então ela surge bem na nossa frente.

Os olhos dela se arregalaram ao ver quem estava ali. Seu rosto mudou de cor. E ela pareceu paralisar.

Meu coração bateu acelerado. Eu estava nervosa. Não por mim, mas por ela.

– O-o que fazem aqui? – Sua voz falha.

Noah, assim como eu, não disse uma só palavra. O clima ficou bastante tenso. Ela nos encarava com uma cara chocada e ao mesmo tempo brava. E tudo que eu pude fazer foi encará-la de volta. Porque agora, estava envergonhada do que fiz.

– Vocês não deveriam ter feito isso! – Ela diz com a voz falha e entra correndo no local.

Sina nunca foi de pedir ajuda. Mas dava sinais sempre que precisava ou queria. E dessa vez não foi diferente. Pois ela entrou, mas deixou a porta aberta. Nem esperei convite para entrar e segui-la.

A casa era bem menor por dentro do que aparentava. Havia um único cômodo onde era dividido entre sala, cozinha e quarto.

No canto, bem na entrada ao lado da porta se encontrava uma cama de casal, e não tão distante um sofá pequeno onde uma garota de aparentemente 13 anos estava sentada.

A mesa com três cadeiras ficava ao lado da janelinha do outro lado do cômodo, com um fogão e uma geladeira lado a lado. Além disso, tinha uma Tv de tubo sobre uma cadeira. Que certamente era a cadeira que faltava na mesa.

A outra portinha dentro do local indicava ser o banheiro. E era onde Sina havia se "trancado".

Noah entrou trazendo a garotinha pra dentro também. Me aproximei da porta e percebi que a maçaneta estava quebrada.

What I've Been Wishin' For {Joaley & Beauany} Onde histórias criam vida. Descubra agora