Na sua ou na minha?

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Catherine.

Percebi que ele estava vindo em minha direção, até que mais um infeliz apareceu querendo saber se "a gatinha estava disponível", eu ri e respondi com um seco e sincero NÃO. Ele me xingou em um tom inaudível e foi embora. Procurei por Timothée e o vi conversando com uma menina. Pensei que era melhor deixar para lá a chance de ir dar "oi" e tirar uma selfie para pentelhar minha irmã. Pedi mais uma caipirinha para o Sr. Williams, que disse que essa era a última, aquela devia ser a minha quarta ou quinta dose. Senti que meu lado escorpiana estava chegando após aquela última dose.

***
Timothée.

Quando eu estava caminhando até a morena bonita dos olhos cor de mel, um homem sentou ao seu lado, fazendo com que eu parasse e começasse a me perguntar se era namorado dela ou se eu podia continuar caminhando, meus pensamentos foram interrompidos por uma fã, que me puxou para sentar com ela.

Bom, o papo estava legal, sabe? Mas eu não conseguia tirar os olhos da garota que vi assim que entrei no bar. Ela parecia estar se divertindo, enquanto conversava com o atendente. Mas, logo fechava a cara ao ver que algum homem se aproximava.

De vez em quando, nós trocávamos olhares, e ela dava um sorriso que me deixava em êxtase. E aí, DO NADA, meu olho lançou uma piscada. What the fuck? Será que eu não conseguia controlar meu próprio corpo? Logo parei de pensar, porque ela retribuiu a piscada, e QUE piscada. Fui interrompido pela moça que me chamou pra sentar com ela, dizendo:

-Ei, ei, ei. -estalou os dedos em meu rosto.- Chamando Timothée pra terra.

Ela riu. E eu dei um riso meio sem graça.

-Não sei se você ouviu o que eu disse, mas eu preciso ir.

Eu queria dizer que era uma pena, mas não era o que eu estava sentindo.

-Tudo bem. Boa... - eu não fazia ideia do que estava dizendo, já que boa parte da conversa minha cabeça estava em outro lugar.- volta pra casa?

Ela sorriu. Me deu um beijo na bochecha. E disse:

-Obrigada, Timothée.

Ela foi embora.

E eu já estava um pouco alterado depois de algumas doses de um drink lá.

Finalmente, ia poder chegar na garota que eu queria. Quando cheguei perto dela, ela lançou um olhar intimidador e eu disse:

-Oi. - e estendi minha mão.

Estender a mão, Timothée? Sério? Você só pode estar de sacanagem consigo mesmo. -me xinguei mentalmente.

Ela apertou minha mão dando uma leve risada, e respondeu:

-Oi.

-É, prazer meu nome é... - antes que eu terminasse ela me interrompeu.

-Timothée Chalamet. Eu te conheço, do enorme pôster que tem no quarto da minha irmã. E de um filme que eu vi.

-Sério? Qual filme? -perguntei.

Meu Deus, pelo olhar, com certeza era Call Me By Your Name.

-Beautiful Boy. -foi sua resposta.

Respirei aliviado e me perguntei o por que do olhar tão tentador. Porém, era o olhar que eu estava querendo, então, não tinha nada o que questionar.

-E o que você achou?

-Que você é um ator de altíssima qualidade, além de bem gato. -ela deu outra piscada.

Mais uma piscada daquela e eu beijaria sua boca, sem mais, nem menos.

-Obrigada, por ambos elogios. Nada do que eu te fale, poderia transmitir o que eu to pensando. Mas, me fala, o que você gosta de fazer? - falei olhando para a boca dela, que me respondeu de uma forma inesperada.

-A gente pode pular esse papinho, e ir para o que realmente interessa.- ela riu e lançou-me outro olhar tentador, que eu respondi com um sorriso malicioso. -Vai ser na sua casa ou na minha?

Meu Deus, eu poderia morrer naquele instante. Eu nem sabia o nome dessa garota e já queria que ela estivesse com a boca encostada na minha.

Ei, espera aí. -minha mente alertou-me. Eu ainda nem sabia o nome dela.

***
Catherine.

Bom, quando ele chegou mais perto, eu só conseguia notar o quão lindos eram seus olhos. Meus planos de estressar minha irmã foram por água a baixo quando eu percebi que queria beija-lo como se não houvesse amanhã. E, como eu havia pensado, meu lado escorpiana estava chegando, a essa altura acredito ele já estava socando a porta da minha mente, e eu só percebi quando disse :

-A gente pode pular esse papinho e ir pro que realmente interessa. - ele me olhou confuso.- Vai ser na sua casa ou na minha? - eu vi o sorriso malicioso que ele deu, e aí ele voltou à cara confusa e disse:

-Espera um minuto, eu nem sei seu nome.

Com toda certeza, eu já estava escorpiana demais ao ter a brilhante ideia de brincar com o psicológico dele. Cheguei perto do seu ouvido e sussurrei com uma voz sexy:

-Vamos fazer assim, eu sou a pessoa que vai te proporcionar a melhor foda da sua vida, e em troca eu deixo meu nome em segredo. Fechado?

***
Timothée.

Eu me arrepiei ao senti-la tão perto. Depois de alguns drinks, eu nem tava mais racionando por completo. E, para falar a verdade, mesmo que eu estivesse raciocinando completamente, seria muita estupidez da uma resposta diferente de:

-Fechado.

Ela me olhou com o olhar de vitória, e perguntou:

-E aí? Na sua ou na minha?

-Você que sabe. - eu respondi dando de ombros.

-Melhor na sua, porque se eu te matar, lá vai ter câmera de segurança e vai ajudar sua família a descobrir quem foi.

Eu ri. Mas pareceu de nervoso. Ela riu. Eu juro, eu não senti minhas pernas quando ela, mais uma vez, sussurrou em meu ouvido:

-Relaxa, Timothée, eu vou te matar de outra forma. -e então se afastou, sorrindo.- Vou só pegar minhas coisas e a gente pode ir.

-Tudo bem, te espero no estacionamento. -pisquei e fui para o meu carro.

***
Catherine

Eu pisquei de volta e sorri. Fui conferir se estava tudo certo por ali e vi que sim. Perguntei ao Sr. Williams se podia ir, ele disse que sim. O bar já estava esvaziando, então, sabia que ele dava conta.

Peguei minhas coisas e fui encontrar Timothée no estacionamento. Entramos no carro, e no curto caminho que era do bar até a casa dele, a gente conversou sobre coisas aleatórias. Mas, o que mais teve ali foram olhares e sorrisos maliciosos. E, caramba, o sorriso dele era bonito mesmo.

Quando vi, já tínhamos chegado no apartamento dele. Ele abriu a porta, e fala:

-Pode entrar, e ficar totalmente à vontade.

-Hum, muito obrigada, Timothée. - nós dois rimos pela forma que eu falei.

Eu entrei e tirei o casaco e o tênis, colocando-os junto com a minha bolsa em cima de uma mesinha que tinha bem na entrada. O apartamento era um espetáculo.

-Quer alguma coisa? Uma água? Um suco? Um vinho? -Timothée perguntou.

-Quero.

Bom, eu fiz o que vinha querendo fazer desde que ele chegou tão perto.

Eu o beijei.

Afinal, ele perguntou se eu queria algo.

***

Scorpion's LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora