Troca de nomes (pt. 1)

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Timothée.

Aos poucos, vou abrindo os olhos e tentando reconhecer o lugar onde estava, minha cabeça não parava de girar, isso dificulta o processo. Quando, finalmente, consigo abri-los, percebo que estou sem camisa, levanto a coberta e vejo que, além dela, não há nada cobrindo o resto meu corpo. Por isso, arregalo os olhos, o que causa uma dor de cabeça insuportável, mas, ainda assim, tento me recordar de como fui parar ali.

Tudo o que tenho em minha mente são flashs, que passam com uma certa velocidade sob minha cabeça. Nesses flashs, noto o quanto eu bebi. Eu bebi muito. Mais do que o normal.

Estou vendo uma moça usando minha camisa, mas isso não é um flash, é a realidade. Consigo reconhecer Lucy, assim que ela se aproxima.

-Bom dia. Toma. -ela diz, me oferecendo um copo d'água.

-Bom dia. -respondo com um sorriso sem graça, e bebo a água em um só gole. -Não quero parecer indelicado, mas já parecendo, o que aconteceu? -eu digo com a vontade enfiar minha cabeça dentro de um buraco para sempre.

-Você não lembra de nada?

Nego com a cabeça, e digo:

-Só lembro do começo, onde eu bebi muito. Daí pra frente, não me vem nada à memória.

-Imaginei que isso fosse acontecer. -ela dá uma risadinha. -Bom, sim, você bebeu muito, sério. No começo, eu achei que você fosse ficar bem. Se eu soubesse que você teria amnésia alcoólica, eu teria insistido mais vezes para você tomar cuidado com a bebida. Aí quando a bebida começou a fazer efeito, você foi para a pista de dança, e começou a dançar como se não houvesse amanhã.

-Você tá falando sério? -eu pergunto, e Lucy afirma com a cabeça.

-Até aí, tudo bem, mas você não se contentou com a pista de dança, foi para o palco e fez uma performance iNcrÍvEl de Dancing Queen. -ela diz rindo.

-Ai. Meu. Deus. -eu cubro meu rosto com as mãos, só de imaginar a vergonha que eu passei.

-Fica tranquilo, todos amaram.

-E depois? O que aconteceu? -pergunto com medo da resposta.

-Bom, depois que desceu do palco, você começou a me beijar muito. E aí, decidimos pegar um táxi e vim para a minha casa. Daí, acredito eu, que você deva ter uma ideia do que rolou. -ela põe fim a história.

O jeito dela de falar não fazia com que eu me sentisse desconfortável, mas eu sei que errei.

-Olha, Lucy, me perdoa. Eu fui um babaca com você. Sério, não foi minha intenção. Me desculpa mesmo. Eu não queria te fazer passar vergonha. -eu digo levantando da cama, e cubro meu pau ao lembrar que estou pelado.

Começo a procurar minhas roupas.

-Não tem nada aí que eu não tenha visto. -ela diz com uma risada maliciosa.

Acho minha cueca, e a visto. Já é um avanço.

-Como eu estava dizendo, me desculpa, de verdade. -eu falo procurando minha calça.

-Está na sala. Sua calça. Sua calça está na sala. -eu vou em direção à sala, ela vem atrás.

Achei a bendita da calça.

-Agora só falta minha blusa. -eu digo apontando pra ela, que estava usando a mesma.

-Ah, claro. -ela responde e tira a blusa, deixando seus peitos à mostra.

Rapidamente, cubro meus olhos, porque eu estou morrendo de vergonha por tudo o que eu fiz, e, principalmente, por não lembrar de nada.

Ela ri mais uma vez.

Scorpion's LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora