Timothée.
Hoje é sexta-feira e eu acabei de pousar em Nova Iorque, e... Céus! Como eu amo esse lugar. Ao sair do aeroporto sinto a brisa quente do fim de tarde sobre meu rosto. O toque do meu celular me desperta dessa deliciosa sensação. Era Pauline, e o motivo do meu sorriso se alargar é a saudade que eu tenho dessa peste.
-Olá, querido irmão, como você está? Esqueceu que tem irmã? -ela diz do outro lado da linha.
-Infelizmente, não , meu anjo. -digo com um tom sarcástico.
-Eu também te amo. Enfim, por algum motivo, o qual eu desconheço, nossos pais estão com saudades de você. Por isso, estou te ligando para perguntar se, -ela faz uma pausa dar ênfase ao que diria. -você quer ir jantar com a gente?
-Claro. -respondo com obviedade. -Espera, mas você tem mesmo que ir?
-Óbvio, eu sou a filha favorita. -ela cantarola.
-Só nos seus sonhos. Mas, e aí? Onde vai ser?
-Naquele bistrô que a mamãe adora.
-Fechado. Vou só passar em casa para tomar um banho e encontro vocês lá.
-Desde quando você toma banho? -ela pergunta e cai na gargalhada.
-Vai a merda. Tchau. E vê se não se atrasa.
-Não prometo nada. Tchau.
Desliguei a ligação, peguei um táxi e fui para casa. Fiz exatamente o que disse que faria a Pauline. Tomei um banho e coloquei roupas limpas. Escolhi uma camisa branca de algodão, por cima um blazer simples, preto de linho, a calça seguia o mesmo padrão, e calcei um tênis branco. Não era nada demais, mas também nada de menos, um "simples arrumado", eu diria. Depois de me arrumar, fui para o bistrô, e chegando lá, encontrei meus pais.
-Oi, filho. Que saudade. -meu pai levantou e se inclinou para um abraço.
-Oi, pai. Também senti sua falta. -respondi ao abraçá-lo.
Meu pai tem o mesmo cheiro que minha mãe, cheiro de lar doce lar.
-Oi, mãe. Como você está? -me direcionei a ela, dei um beijo no topo de sua cabeça, e depois sentei.
-Oi, querido, estou bem. E você? Fez uma boa viagem?
-Eu estou bem. Sim, a viagem foi ótima. Conheci o Museu Britânico que você recomendou, pai.
-Sério? O que achou? -ele pergunta com entusiasmo.
Passei alguns segundos procurando a palavra certa.
-Estonteante. -respondi.
-É, sem dúvidas, um dos lugares mais bonitos que já visitei.
-Com certeza. Enfim, cadê a Pauline? -mudei de assunto.
-Atrasada, como sempre.
Assim que meu pai termina de revirar os olhos, minha irmã aparece.
-Oi, família linda, -ela diz e dá um beijo em meus pais. -e Timothée. -seu sorriso se desfaz.
-Nossa, também é um imenso prazer revê-la, querida irmã. -digo com deboche.
-Como você está, filha? -minha mãe pergunta a ela.
-Eu estou ótima, mamãe. -Pauline responde sorrindo.
-Tão bom estarmos reunidos. -meu pai acrescenta, também sorrindo.
Nós fizemos nossos pedidos, e as bebidas chegaram primeiro, graças a Deus, porque eu estava morrendo de sede.
-Então, Timmy, sua mãe me contou sobre um moça em seu apartamento. Deu em algo? -meu pai puxou assunto e eu arregalei os olhos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Scorpion's Love
FanficCatherine é uma escorpiana que faz jus ao signo. Ela gosta de ter seu próprio espaço, e a sua tão amada liberdade. E é bem conhecida pelo seu fogo na cama. Faz faculdade de Música em Nova Iorque, onde foi nascida e criada, trabalha em um bar pra se...